Quanto tempo dura o processo de coaching?

Quanto tempo dura o processo de coaching?

Muitas pessoas perguntam com frequência se há um número de sessões fixas e pré-estabelecidas para um processo de coaching. Por isso resolvi hoje falar um pouco da minha experiência como coaching para esclarecer esta dúvida.

Os processos de coaching são focados em alcançar um objetivo, um resultado e/ou transformação específica por vez. E para este objetivo é dimensionado pelo coach um número de sessões de acordo com a experiência com clientes anteriores e metodologia por ele estruturada.O programa MAMTRA trabalha com pacotes de 8, 10 ou 12 sessões em que eu, a coach, direciono cada um deles de acordo com a demanda específica de cada cliente. Com isto o tempo mínimo de processo é de 8 semanas. Mas em média clientes permanecem até 6 meses quando realizam sessões quinzenais.

Há clientes que alcançam resultados antes do fim do número de sessões previstas. Quando isto acontece, as sessões seguintes restantes são direcionadas para uso como acompanhamento de continuidade.

Há outros clientes que estruturam objetivos a serem alcançados num prazo que extrapola o número de sessão. Nestes caso, o processo de coaching é voltado para instrumentalizar ele para estruturar sua rota de ação com o que precisa ser feito para alcançar seu resultado, fortalecer novos hábitos  e comportamentos que o coloquem nesta rota e especialmente o da continuidade, para que ele se sinta capaz de andar com autonomia pernas após seu processo de coaching

A primeira vez a gente nunca esquece

A primeira vez a gente nunca esquece

Hoje resolvi falar um poquinho sobre minha história e como iniciei meus primeiros atendimentos como coach. O primeiro desafio que me deparei era ter um espaço para realizar meus atendimentos. Isto envolvia custo e como ainda não tinha uma agenda lotada de clientes, precisava levar em conta até onde poderia dar o meu passo naquele momento, final de 2014 e início de 2015.

Ainda que eu já tivesse até ali 10 anos de experiência como psicóloga atuante no mundo corporativo, com seleção, gestão de pessoas, treinamento e desenvolvimento, atuar como autônoma foi algo que se mostrou desafiante, porque não foi algo que planejei para minha carreira. Foi algo que me deparei na jornada, lá em 2008, após ser demitida juntamente com outros colegas, em plena crise da bolha dos EUA. Na ocasião eu tinha como clientes somente empresas americanas, e elas, em virtude da crise, reduziram drasticamente os contratos com a multinacional que eu prestava serviços como consultora de RH. Resultado: caí no mercado.

Cheguei a prospectar vagas CLT, porém o que foi surgindo a partir dali, daquele momento totalmente fora do meu controle, foram oportunidades para atuar como prestadora de serviço, temporário ou não, mas como autônoma. Abracei estas oportunidades por ser com algo que sempre gostei de fazer: treinar e desenvolver pessoas.

A minha formação em coaching foi uma consequência deste momento de virada na minha carreira como psicóloga, assim como minha atuação como psicóloga clínica. Encarei e aceitei a realidade como ela se apresentava e foquei no que estava ao meu alcance para seguir. E não é que deu certo!?

Esta é uma imagem que mostra como foi o início dos meus atendimentos. Atendendo em cafés, coworkings, salas sublocadas de acordo com a demanda de novos clientes, dando um passo por vez, assim como você. Não era a melhor condição, os melhores recursos, o espaço perfeito, mas era o que eu tinha ao alcance naquele momento.

Por isso convido você a FOCAR NO QUE ESTÁ AO SEU ALCANCE, USAR OS RECURSOS DISPONÍVEIS NESTE MOMENTO E NÃO ESPERE AS CONDIÇÕES PERFEITAS PARA ENTRAR EM AÇÃO. Acredito que cada passo da nossa jornada importa e a junção de todos eles é a maior evidência de sucesso, de realização e do seu potencial em ação. BOA SEMANA e COMECE AGORA MESMO A VIABILIZAR AQUILO QUE DESEJA NA SUA JORNADA.

COACHING ASSESSMENT:  o que é?

COACHING ASSESSMENT: o que é?

Coaching Assessment uma avaliação comportamental que visa identificar qual o perfil predominante atitudinal do coachee. Além disso, é uma ferramenta que realiza um mapeamento de 21 competências  e como elas se expressam no seu atual momento de vida e carreira.

Trata-se de um software (sistema) com validação científica de mapeamento de tendências comportamentais com referencial teórico na metodologia DISC. É uma excelente ferramenta de autoconhecimento que permite verificar qual expressão predominante do coachee, se mais executor, comunicador, analítico ou planejador, ou mesmo se uma combinação de 2 ou mais destes estilos.

A partir desse mapeamento é possível detectar os pontos fortes e os pontos de desenvolvimento do cliente, bem como estilo de liderança e seu processo de adaptação às demandas do meio. Para fazer esta avaliação, o coachee é convidado a responder um questionário atitudinal, que poderá ser respondido online ou offline de uma forma prática e objetiva.

A avaliação leva em torno de 07 a 10 minutos para ser feita, sendo o ele orientado a dar respostas sinceras sobre seu comportamento e atitudes. A partir de suas respostas, o sistema fornece instantaneamente um relatório de Perfil Comportamental, com dados qualitativos e quantitativos.

Fazer o Coaching Assessment , como ferramenta parte do processo de coaching ,certamente ajuda você a potencializar  suas perspectivas de vida e carreira, ao conhecer melhor seu comportamento, seu perfil predominante, pontos fortes e de melhoria.  Ela permitirá você traçar estratégias a serem implementadas visando otimizar seu poder de ação, melhorar seus relacionamentos, lidar com demandas sob pressão, bem como seu posicionamento no meio para atingir mais e melhores resultados.

O Coaching Assessment somente é aplicado por Analistas de Perfis Comportamentais devidamente certificados pelo do Instituto Brasileiro de Coaching. Ele também pode ser feito extra processo de coaching, ao menos 1 vez por ano, como uma estratégia de autoconhecimento, desenvolvimento e monitoramento, para promover ajustes eventuais de atitudes e competências necessários em diferentes momentos da sua vida e carreira, assim como para desenvolver líderes e equipes .

Dicas para organizar sua Agenda

Dicas para organizar sua Agenda

Agenda é algo que dinamiza e muito o nosso dia a dia, exatamente por ela nos ajudar a direcionar ação para o que precisamos fazer. Segue algumas dicas pra facilitar ainda hoje a organização da sua:

Programe número de dias para sua Agenda de 1 semana

1 semana é um ciclo que se não todo mundo, a maioria das pessoas se baseia para organizar rotinas de trabalho, familiar e mesmo outras atividades, como atividade física, dieta, etc. Por ser um ciclo com início, meio e fim de curta direção, fica fácil para distribuir as tarefas que realmente importam. A 1ª dica tenha clareza se você quer uma agenda integral, de segunda à domingo, que inclui todas as suas atividades, trabalho, lazer, família, saúde, ou se você quer estruturar uma agenda temática, por exemplo, uma agenda de trabalho, de cardápio para a família, agenda de atividade física, de segunda à sexta ou com número de dias que faça sentido para esta agenda temática.

Liste atividades e tarefas proporcionais ao número de dias da sua agenda

Liste todas as atividades e tarefas a serem compridas, que sejam realmente importantes serem feitas naquela semana, tanto em termos profissionais, como pessoais. Não insira coisas que só servirão para deixar você mais estressado por saber que não vai conseguir realizar. Minha dica aqui é listar de 3 a 5 coisas a serem feitas no máximo por dia. Por exemplo, uma semana de segunda à domingo, com 5 coisas a fazer realmente importante por dia, terá um total de 35 coisas a serem realizadas. Lembre-se: melhor listar o que de fato você fará do que encher de tarefas todos os dias e gerar um sentimento de frustração e mesmo de incapacidade de cumprir o que se propõe. Neste caso, menos é sempre mais!

Tenha 1 a 2 objetivos semanais

Pense em 2 temas ou objetivos que você queira direcionar seus esforços durante os dias, especialmente no que diz a atividades produtivas. Por exemplo, digamos que esta semana eu escolha para meu foco no trabalho o tema “prospecção de novos clientes. Isso fará eu direcionar atividades e tarefas para realizar este objetivo, como “fazer anúncio do meu site no Google adwords, entrar em contato com os clientes que me enviaram email ou whtsapp, criar posts para me conectar e tirar dúvidas do meu público/clientes. Isto ajuda você ter um norte e conexão das ações a serem feitas com o que deseja realizar num espaço de 1 semana.

Faça blocos

Se por acaso você não tiver clareza do que fazer para sua semana inteira, por exemplo, em momentos que você não está 100% bem de saúde ou mesmo com muitas demandas familiares ou pessoais para dar conta, a sugestão é você planejar e fazer blocos de 3 dias seguidos. O resultado pode ser surpreendente e você sentirá o gostinho de ter realizado bastante coisas num curto espaço de 3 dias.

Tenha intervalos

Deixar um intervalo entre uma atividade e outra, por exemplo, eu deixo o intervalo de 30 minutos entre um cliente e outro que eu atendo de coaching. Isso faz com que você neste tempo possa fazer tarefas rápidas como um lanche, se hidratar, retornar alguma solicitação importante, enviar retorno imediato ao seu cliente que você acabou de atender e não deixar nada para depois, etc. Acha 30 min muito, faça, 20, 15, ou mesmo 10 minutos. O importante é que faça sentido e você gere estas pausas para um café e qualquer outra ação que te ajude a oxigenar seu cérebro e corpo, se preparar minimamente para a próxima demanda.

Delegue

Tudo aquilo que outras pessoas possam fazer por você, no seu lugar, e que proporcionará o mesmo resultado, delegue e tire da sua agenda. Isso fará você se dedicar somente às coisas que só você poderá fazer para atingir o resultado que deseja. Isso além de otimizar sua produtividade fará você ter mais tempo livre

Espero que goste e experimente estas dicas ainda hoje para tornar sua agenda mais organizada e mais produtiva no seu trabalho e na sua vida.

TRANSTORNO DO PÂNICO: como lidar

TRANSTORNO DO PÂNICO: como lidar

O transtorno do pânico (TP) é um dos tipos de transtornos de ansiedade caracterizado por crises de ansiedade intensa e repentina que provoca alto grau de angústia, medo, mal estar, com sintomas físicos, cognitivos e comportamentais associados. São crises que podem acontecer em qualquer lugar, com duração média de 15 a 30 minutos de duração, acarretando a pessoa intenso sofrimento psíquico e emocional.

Estimativas da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam para a ocorrência de transtornos relacionados à ansiedade em 9,3% da população brasileira e que acomete 33% da população mundial. Números mais que expressivos e que, em agosto de 2021, evidenciou que os brasileiros pesquisaram sobre ansiedade no google 48 milhões de vezes, superando marcas de buscas de países como Alemanha, Reino Unido, Espanha, ficando apenas atrás dos Estados Unidos. Além destes números, pesquisa recente realizada pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP revelou que 4 milhões de brasileiros sofrem de ansiedade, representando percentual de 12% do total da população nacional, estimando ainda que 23% dos brasileiros podem sofrer de algum distúrbio relacionado à ansiedade ao longo da vida.

Pessoas que sofrem de ansiedade têm suas vidas impactadas seriamente quanto à qualidade de vida, nas suas relações, escolhas e realizações. Quem sofre do transtorno de pânico pode ter maior agravamento deste impacto, especialmente quando a pessoa passa a viver em função das crises, tentando evitá-las ou evitar situações de medos irreais, imaginários ou desproporcionais à realidade, deixando de viver plenamente e impactando fortemente na sua saúde integral.

os principais sintomas do transtorno do pânico são:

  • Taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos);
  • Falta de ar;
  • Pressão e/ou dor intensa no peito;
  • Sudorese;
  • Sensação de desmaio;
  • Alteração da pressão sanguínea;
  • Tontura;
  • Náusea;
  • Formigamento;
  • Tremores;
  • Calafrios ou ondas de calor;
  • Medo de intenso de morrer, de enlouquecer, de perder o controle, de perder alguém importante, medo de que algo de pior aconteça (ex: ser atropelado, levar um tiro de bala perdida, adoecimento grave, etc.);
  • Desmaios, vômitos no pico da crise.

*os sintomas podem variar de pessoa para pessoa em quantidade, intensidade e cognições

É possível vivenciar uma crise de pânico fruto de uma experiência estressante (perdas de pessoa querida, separação, conflitos, momentos de mudança de estágio de vida, violência urbana, etc). Mas quando as crises se tornam recorrentes e sem causas aparentes relacionadas, podem estar sinalizando a presença do transtorno do pânico. Outro aspecto importante a ser considerado é o histórico familiar, ou seja, pessoas com parentes que apresentem transtornos de ansiedade, ou outras doenças psiquiátricas relacionadas à depressão e ansiedade, mostram-se mais suscetíves a desenvolver este quadro. Mas é fundamental observar o histórico de desenvolvimento do próprio indivíduo e como se encontra seu contexto atual, se há presença de fatores que sirvam de gatilhos para suas crises contribuindo para a expressão do quadro.

Com o extender do tempo de isolamento social, trabalho em home-office, aumento de sobrecarga de tarefas, medo frequente de contágio do coronavírus, números assustadores de mortes por COVID-19, que no Brasil já ultrapassaram 584mil, que assolaram milhares de famílias, o nível de estresse elevou-se significativamente neste período de pandemia, impactando diretamente no aumento de casos de ansiedade, depressão e outros transtornos psiquiátricos, bem como o debate sobre a importância do cuidado com a saúde mental.

A boa notícia é que existe tratamento para o transtorno do pânico, sendo considerado como tratamento de primeira linha a associação de psicoterapia cognitivo comportamental com medicação sob orientação do psiquiatra. Mas é importante ressaltar que, tanto para que sofre de transtorno do pânico, como de outros quadros de ansiedade, depressão, a mudança de hábitos e de estilo de vida são chave para remissão de sintomas, recuperação das crises, assim como na prevenção de recaídas. Seguem algumas dicas importantíssimas de como lidar com este transtorno:

  • Pratique atividade física: ela faz você sentir liberar neurotransmissores de prazer que auxiliam na regulação cerebral, acelera frequência cardio-respiratória promovendo bem estar, sensação de prazer e relaxamento.
  • Evite uso de álcool e outras substâncias lícitas ou ilícitas para alívio da ansiedade, eles podem potencializar os sintomas e crises.
  • Yoga, Meditação, Mindfullness, Pilates: são atividades que fazem você exercitar a atenção plena, desacelerar a respiração, focar em cada movimento feito, relaxar corpo e mente, agindo diretamente na redução da ansiedade e promovendo bem estar.
  • Exercícios respiratórios: de modo a desacelerar progressivamente sua respiração, ampliar sua capacidade respiratório com o aprendizado da respiração diafragmática, promovendo bem estar e contribuindo para sair da crise.
  • Aromaterapia, acupuntura, massagem e outras práticas intergrativas de autocuidado.
  • Atividades manuais, artesanato, atividades artísticas, teatro, canto, arteterapia, musicoterapia, etc.
  • Alimentação saudável, com presença e alimentos relaxantes, redução ou exclusão dos excitantes, com equilíbrio de nutrientes.

Se você se identificou com alguns dos sintomas presentes neste artigo, procure suporte profissional agora mesmo de um(a) psicólogo(a), psiquiatra e coloque em prática as dicas acima.

Para saber mais sobre o transtorno do pânico, confira os links abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=ptesl_1Ly0g

https://www.youtube.com/watch?v=bQ6YoWtjgAg

https://www.youtube.com/watch?v=EphcMchveNA

Transtorno do pânico

https://oglobo.globo.com/saude/pesquisas-no-google-relacionadas-ansiedade-panico-nunca-foram-tao-altas-25187071

https://www.senado.gov.br/noticias/jornal/cidadania/Transtornodopanico/not01.htm

https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/o-que-e-transtorno-do-panico-e-como-tratar/

https://www.purebreak.com.br/noticias/sindrome-do-panico-o-que-e-como-identificar-e-tratamentos/100473

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2018/03/19/qual-e-a-diferenca-entre-sindrome-do-panico-e-crise-de-ansiedade.htm

https://www.tuasaude.com/tratamento-natural-para-sindrome-do-panico/

TENDÊNCIAS SUICIDAS: quais os sinais e como lidar com a crise

TENDÊNCIAS SUICIDAS: quais os sinais e como lidar com a crise

Hoje vamos falar de um assunto de extrema importância e que ainda é um grande tabu na nossa sociedade: o suicídio. Costuma-se abordar este tema relevante durante o mês de setembro, onde acontece a campanha anual de prevenção contra o suicídio “Setembro Amarelo”. Mas isso não significa que não existam casos o tempo todo, apenas não são noticiados.

É muito importante falarmos sobre as tendências suicidas, quais sinais, como reconhecê-los e lidar com a crise, pois o número de casos vem aumentando neste contexto da pandemia, com o confinamento, aumento de quadros de ansiedade, depressão, conflitos familiares, violência doméstica, perdas afetivas, materiais e subjetivas. É uma questão prevenção urgente.

SUICÍDIO NO BRASIL

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde, o Brasil é o oitavo país no ranking  mundial de casos de suicídio. Nos últimos 28 anos, a taxa brasileira subiu para 30% de casos considerando a população nacional, um índice mais do que preocupante e que agora tem chamado ainda maior atenção por conta do contexto estressor provocado pela pandemia do coronavírus.

A rápida propagação do COVID-19 desde o último trimestre de 2019 afetou a população mundial promovendo grande medo por conta do risco real de contágio, adoecimento grave e morte por conta deste novo vírus. Fatores como isolamento social prolongado, convívio com familiares 24 horas, mudança radical de rotina, têm contribuído para o aumento dos sentimentos de angústia, tristeza, raiva, insegurança, incertezas, perda de sentido de vida, descrença, além de comportamentos de agressividade, violência, uso de substâncias psicoativas (drogas, álcool, tabagismo, etc).

TENDÊNCIAS SUICIDAS

Tendências suicidas são comportamentos sinalizadores de ideação, planejamento e risco iminente de execução de tentativa de suicídio. Infelizmente muitas pessoas ainda têm a crença de que o suicídio é “frescura”, que é coisa de quem quer chamar a atenção de outras pessoas, ou mesmo de pessoas fracas, egoístas. Mas todos estes mitos dizem respeito à falta de informação sobre o que é, bem como o julgamento das pessoas sobre aquelas que sofrem com este comportamento.

Considerar “frescura” o fato de, a cada 40 segundos no mundo, uma pessoa tira a própria vida é no mínimo falta de empatia e compaixão, sem falar na falta de informação. Sendo assim, a proposta deste artigo é exatamente levantar quais sinais de tendências suicidas mais frequentes para que possa contribuir na prevenção de novos casos. São eles:

  • Falar sobre vontade de morrer com pessoas à volta e nas redes sociais;
  • Falta de sentido de vida, falta propósito para continuar vivendo;
  • Sentir-se um peso na vida de outras pessoas, especialmente a de familiares e amigos;
  • Sentir angústia emocional insuportável a ponto de ter a estratégia do suicídio como meio de livrar-se ou aliviar este sofrimento;
  • Uso abusivo de substância psicoativas como estratégia de aliviar ou livrar-se do sofrimento (álcool, drogas em geral);
  • Pesquisar formas de se matar;
  • Agir de modo irresponsável;
  • Agitação, ansiedade, insônia;
  • Afastamento de pessoas queridas (familiares e amigos);
  • Demonstrar raiva ou vontade de vingança;
  • Apresentar alterações extremas de humor e com frequência;
  • Mudanças súbitas e marcantes no comportamento;
  • Pessimismo, negativismo, sentimento de desesperança em relação ao futuro;
  • Perda de interesse por atividades anteriormente prazerosas;
  • Doação de pertences de valor pessoal;
  • Quitação de dívidas;
  • Pesquisar e ou contratar advogado(a) para confecção de testamento, especialmente em casos sem idade avançada ou ocorrência de doenças terminais;
  • Falar sobre sentir-se pronto para morrer e diálogos com cunho de despedida.

O suicídio pode estar associado a diversos quadros como depressão, transtornos de ansiedade, casos de relacionamento abusivos, violência doméstica, uso de drogas, alcoolismo, transtorno de personalidade borderline, transtorno bipolar, esquizofrenia e muitos outros quadros psiquiátricos. Todavia é fundamental sinalizar que não é um determinante, ou seja, não necessariamente é preciso ter um transtorno psiquiátrico para apresentar comportamentos suicidas.

Algumas pessoas podem apresentá-los diante de contextos estressores prolongados e de alto impacto, que é o caso do contexto atual, diante de perdas significativas afetiva e/ou matérias, isolamento social prolongado, convívio frequente com familiares abusivos e violentos, perda de sentido e propósito, adoecimento grave ou debilitante, traumas, rejeições recorrentes, bullying, abuso sexual, entre outros.

COMO LIDAR E BUSCAR AJUDA

Estes são os sinais mais frequentes e que ao perceber em você ou identificar em algum familiar ou amigo algumas destas falas e comportamentos, é fundamental oferecer escuta ativa, acolhimento, apoio e procurar ajuda profissional.

Se identificar sinalizações via redes sociais e se tratar de alguém próximo, procure conversar em particular, sem que a pessoa se sinta exposta, e ofereça escuta, demonstre interesse pelo que o outro está passando. Se for o caso de alguém desconhecido e que você não tenha acesso direto, você pode utilizar as próprias ferramentas da rede social para denunciar o publicação de modo que a plataforma seja avisada e possa entrar em contato com o perfil e alertá-lo.

Outras estratégias para lidar com tendências suicidas é buscar ajuda profissional de um(a) psiquiatra e um(a) psicólogo(a) para fazer acompanhamento com medicação e psicoterapia de modo a sair da crise e, através da terapia, encontrar novas saídas, estratégias de enfrentamento, novos sentidos, ressignificação de experiências, resolução de problemas, assim como estratégias de prevenção de recaída.

Existe ainda o CVV (Centro de Valorização da Vida) que promove atendimento 24 horas por telefone, email, chat para receber apoio emocional através do número 188 ou  pelo site https://www.cvv.org.br/ .

Não tenha receio de buscar ajuda. Pedir ajuda é um grande gesto de coragem e o primeiro passo para sua superação.

Para saber mais sobre o tema, confira:

https://www.cvv.org.br/

https://pebmed.com.br/covid-19-e-o-risco-de-suicidio/

https://repositorio.unb.br/handle/10482/23494

https://noticias.uol.com.br/colunas/leonardo-sakamoto/2020/05/31/atendimento-de-urgencia-relacionado-a-suicidio-cresce-durante-a-pandemia.htm

https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/07/crescem-publicacoes-sobre-suicidio-no-brasil-durante-a-pandemia-veja-como-buscar-ajuda.shtml

https://www.brasildefato.com.br/2020/06/14/ansiedade-abuso-de-alcool-suicidios-pandemia-agrava-crise-global-de-saude-mental

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/04/veja-como-detectar-e-prevenir-o-suicidio-alem-de-mitos-sobre-o-tema.shtml

https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/04/psicanalistas-oferecem-atendimento-gratuito-online-saiba-onde-encontrar.shtml

https://novaescola.org.br/conteudo/18355/8-mitos-sobre-o-suicidio-que-pais-e-educadores-precisam-conhecer

PADRÃO DE VIDA X REALIDADE FINANCEIRA

PADRÃO DE VIDA X REALIDADE FINANCEIRA

Você sabe o que é padrão de vida? Sabe como anda o seu? Ele está de acordo com a sua realidade financeira? Vamos refletir um pouco a respeito destes 2 conceitos, como eles impactam na sua saúde mental e como você pode encontrar o equilíbrio.

PADRÃO DE VIDA

Padrão de vida, enquanto indicador econômico, diz respeito à quantidade de serviços e produtos disponíveis per capita numa população. Mas quando falamos do padrão de vida de uma pessoa, consideramos, em verdade, que se trata do conjunto que envolve todos os gastos e custos que ela tem relacionados às suas necessidades (objetivas e subjetivas).

Estipular e ter clareza a respeito do seu padrão de vida é importante para você saber quais são suas prioridades e gerenciar suas finanças de acordo com as necessidades. Sendo assim, entendemos que uma pessoa que tem saúde financeira, equilíbrio nas finanças, é alguém que consome produtos e serviços de acordo com o que de fato necessita, com suas prioridades, dentro da sua realidade financeira, incluindo, como parte desta gestão, uma reserva de emergência e investimentos.

De modo mais genérico, temos como referência os seguintes tipos de padrão de vida:

  • Padrão de vida baixo:é o padrão mínimo para viver de forma digna. Envolve somente atender as necessidades básicas como moradia de baixo custo, vestuário básico, saneamento, energia, internet de baixo custo ou wi-fi gratuito, acesso à educação, transporte e saúde públicas, eletrodomésticos básicos e somente os necessários, alimentação e opções de lazer (gratuitas ou de baixo custo);
  • Padrão de vida médio:é entendido como o padrão mediano. Além de atender as necessidades do padrão mínimo, já inclui outros itens de maior valor como carro popular, casa/ap próprio ou de aluguel confortável, internet e TV a cabo, acesso a escolas, cursos e universidades, plano de saúde, roupas e eletrodomésticos de qualidade, condições de pagar por serviços não prioritários, viajar periodicamente (e se possível ter reserva financeira e investimentos);
  • Padrão de vida alto:é entendido como padrão mais luxuoso e dispendioso, que inclui acesso a todos os bens e serviços da classe média em uma categoria superior, como carros e casas de alto padrão, roupas de grife, serviços exclusivos, viagens internacionais frequentes e os gastos compatíveis com uma renda bem acima da média da população

Mas e como é possível ter clareza do seu padrão de vida? Existem diversas ferramentas, apps, plataformas e consultores financeiros que podem ajudar você com isto de forma peresonalizada e detalhada. Mas de cara e de forma rápida, você precisa listar e ter clareza dos seguintes pontos:

  • Custos fixos: aqueles valores que você paga de forma recorrente sejam falores pré-fixados ou que sofram pequenas flutuações (ex: aluguel, luz, gás, condomínio, iptu, internet, telefone, etc);
  • Custos variáveis: aqueles valores que você paga de forma variável, seja porque não consome com regularidade, seja porque pode envolver variações maiores de valores (ex: transporte, alimentação, lazer, vestuário, parcelamentos, etc);
  • Custos anuais: aqui entram os impostos (ex: IRPF, IPVA, IRPJ, etc)
  • Reserva financeira: todo valor que você guarde com foco em prevenção de riscos e emergências, planos futuros, independência e tranquilidade financeira.

REALIDADE FINANCEIRA

Realidade financeira diz respeito exatamente ao que você recebe, mês a mês, de redimento, de dinheiro disponível para você, isto é, valor total do que você tem a disposição para cobrir suas necessidades.

Entende-se que uma pessoa tem equilíbrio nas finanças quando seu padrão de vida é compatível com sua realidade financeira, ou seja, o que ela recebe de salário / rendimentos é suficiente para ela cobrir todas as suas necessidades, pagar todas as suas contas fixas e variáveis e, de preferência, guardar um pouco todos os meses na sua reserva financeira.

Se alguém gasta mais do que recebe, a conta não fecha, e aí é que mora o perigo. Quando você tem um padrão de vida acima da sua realidade financeira significa que o que você ganha não custeia todas as suas necessidades (ou o que você imagina ser necessidade), sobram contas em aberto e o risco de endividamento se transformar numa bola de neve é grande.

IMPACTOS

Muitas pessoas que vivem com dívidas, contas em aberto, inadimplentes, por viverem num padrão acima da realidade de suas remunerações costumam vivenciar grandes preocupações, alto grau de ansiedade, tensão, angústia, que impacta diretamente na sua saúde integral. Muitas relatam sofrer de insônia, dores musculares, perda de ânimo, desesperança, depressão, crises de ansiedade entre outros quadros de enfermidades físicas e emocionais. Sendo assim, de cara é possível notar como o desequilíbrio financeiro impacta negativamente na sua saúde, qualidade de vida e bem-estar.

Outro ponto importante é que, quando se tem dívidas, parcelamentos a perder de vista ou que comprometam muitos meses ou anos da sua vida, você pode começar a se sentir refém, trabalhar unicamente para pagar contas e boletos, comprometendo sua liberdade de escolhas e de promover mudanças em momentos que você não esteja mais feliz com sua carreira ou que o trabalho que você faz perde o sentido. E pior se torna a situação quando se perde o trabalho, em situações de crise, como esta que vivenciamos ao longo da pandemia.

Por outro lado, se você se propõe estipular um padrão de vida de acordo com a sua remuneração, isto certamente impactará positivamente em maior tranquilidade no seu dia a dia. O fato de você saber que está com suas contas pagas e/ou programadas, de guardar uma reserva mensal, independente do valor, impacta na sensação de segurança, estabilidade, bem-estar, satisfação, conforto e poder de ação para realizar o que você necessita e deseja, no curto, médio, longo prazo. Como consequência, você simplesmente reduz ou deixa de ter estas preocupações. Ou, se em algum momento imprevistos acontecem, você consegue dar solução, superar, pelo fato de anteriormente ter se organizado, planejado e se proposto a viver de forma congruente com sua realidade financeira. Impacta positivamente na sua saúde, promoção de bem-estar, qualidade de vida, liberdade, autonomia, independência, empoderamento e senso de realização.

Esta reflexão que trago hoje tem o objetivo de provocar você a perceber como tem cuidadado da sua saúde financeira. E que este cuidado é uma ESTRATÉGIA DE AUTOCUIDADO. Se você cuida das suas finanças, faz uma reserva, paga suas contas em dia, vive de acordo com sua realidade, você dificilmente terá um sofrimento intensificado a partir destas questões.

Mas se você ignora ou nega este aspecto, não se planeja, não faz qualquer reserva, não tem ideia de como andam seus custos fixos e variáveis, e gasta como se não houvesse amanhã, certamente em algum momento esta “bomba-relógio” irá explodir, com impactos terríveis na sua saúde mental e levar você a experienciar consequências bastante desagradáveis.

EM BUSCA DO EQUILÍBRIO

Você deve ter notado até aqui que, em nenhum momento, falei de números ou fórmulas ou scripts ideias. Isto foi proposital. A ideia é que você perceba que vai muito além de números e planilhas. Provoco você a perceber que promover sua saúde financeira envolve escolhas, estratégias de enfrentamento saudáveis, pensar em vantagens x desvantagens, autorresponsabilidade, organização, planejamento e disciplina.

Você pode começar a cuidar da sua saúde financeira a qualquer momento. Proponho que você comece hoje mesmo fazendo esta reflexão. Comece pequeno, sem pressa, primeiro entrando em contato com seu estado atual, com o como anda o seu padrão de vida, suas escolhas de consumo e gastos e confrontando com sua realidade financeira. O primeiro passo é perceber o COMO você está vivendo e direcionando seus rendimentos no dia a dia.

A partir desta tomada de consciência, procure listar qual ou quais gastos hoje são desnecessários, os chamados “ralos”. Aqueles gastos que você consegue cortar e que não necessariamente impactará em viver em absoluta restrição ou sofritmento. Experimente e veja você mesmo que é possível.

Avalie o que hoje você tem de realidade financeira, qual seu rendimento individual e/ou da sua família e como andam os gastos em relação a esta realidade. Especialistas recomendam que você tenha um padrão de vida até 70% dos seus ganhos, mas se conseguir ser ainda menor, mais você conseguirá guardar e assegurar maior segurança e liberdade de escolhas.

A grande solução está na educação financeira, que infelizmente até hoje não aprendemos na escola. Mas a boa notícia é que os canais de informação se multiplicaram infinitamente pelo universo online, além de que você pode buscar ajuda profissional de consultores financeiros especializados.

Não tenha receio de buscar ajuda. É um gesto de coragem e de autocuidado que você estará fazendo para você mesmo e pela sua família. Comece hoje mesmo e evite problemas maiores futuros.

Para saber mais sobre o assunto, deixo estes links aqui para você:

https://www.instagram.com/danielfunabashi.ihub/

https://noticias.r7.com/economia/economize/veja-5-sinais-de-que-voce-mantem-um-padrao-de-vida-acima-da-renda-04082020

https://www.onze.com.br/blog/padrao-de-vida/

https://empreenderdinheiro.com.br/blog/padrao-de-vida/

https://www.foregon.com/blog/padrao-de-vida-como-se-readequar-a-sua-realidade-financeira/

SAÚDE MENTAL E BEM-ESTAR: as contribuições da Terapia dos Esquemas

SAÚDE MENTAL E BEM-ESTAR: as contribuições da Terapia dos Esquemas

O que você tem feito por você ultimamente? Como tem cuidado da sua saúde mental e bem-estar? Sabia que a terapia dos esquemas é uma abordagem que oferece múltiplas ferramentas de autoconhecimento, autocuidado, promoção de saúde e qualidade de vida? Pois bem, vamos falar sobre as contribuições da terapia dos esquemas para uma vida mais saúdável, com mais bem-estar e sentido.

Como você já deve ter lido noutros artigos aqui do blog a respeito da terapia dos esquemas, esta é uma abordagem integrativa em psicoterapia, ou seja, que foi estruturada reunindo referenciais teóricos de diferentes linhas da psicologia, a saber:

  • Psicodinâmica (Psicanálise)
  • Teoria do Apego
  • Gestalt
  • Terapia Cognitivo Comportamental
  • Terapia focada na Emoção
  • Psicologia Positiva
  • Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT)

Dentre as contribuições que a TE oferece, a partir deste conjunto de abordagens terapêuticas que a integram, temos as seguintes técnicas e estratégias na promoção de saúde e bem estar:

  • NECESSIDADES EMOCIONAIS BÁSICAS: aprender a reconhecer quais necessidades emocionais básicas foram e/ou estão ausentes ou pouco nutridas a partir da nossa história de vida e relações. Como é possível buscar atender nossas necessidades emocionais de forma saudável e assertiva;
  • RELAÇÃO TERAPÊUTICA: que é a relação entre paciente e terapeuta. Esta relação está à serviço do processo de cura e mudança do indivíduo, uma vez que nela são reproduzidos comportamentos e padrões disfuncionais que ele realiza nas suas outras relações, sendo esta relação espaço de aprendizado, reparação, mudança e treino de novos padrões saudáveis a serem levados para a vida;
  • ESQUEMAS EMOCIONAIS: aprender a reconhecer qual ou quais esquemas se mostram ativados nos diferentes momentos de vida e situações, tendo consciência de como eles interferem na percepção de si mesmo, dos outros, do mundo, emoções, cognições e comportamentos. Quanto maior o autoconhecimento a respeito dos seus esquemas, mais o indvíduo passa a reconhecer quando seus padrões disfuncionais entram em ação, a partir de qual ou quais gatilhos, e promover ações diferentes buscando estratégias de enfrentamento mais saudáveis e assertivas;
  • TÉCNICAS VIVENCIAIS: elas contribuem diretamente na mudança de padrões emocionais, ou seja, promovendo transformação na relação do paciente com eventos traumáticos, entendimento de suas necessidades emocionais faltantes, expressão de emoções e falas reprimidas, bem como ressignificação de relações e momentos críticos de vida a partir do sentir;
  • TÉCNICAS COGNITIVAS: auxiliam na identificação de distorções cognitivas, o impacto delas nas emoções e comportamentos, avaliar vantagens e desvantagens das crenças, o quanto elas limitam ou impulsionam para ação. Elas também contribuem na mudança de mindset trabalhando a flexibilização e ressignicação cognitiva para ampliar o repertório com pensamentos mais assertivos e saudáveis;
  • TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS: convidam o indivíduo a entrar em ação, entendendo que com ações diferentes ele terá novos fatos, novas experiências, que impactarão no sentir e na reflexão a seu próprio respeito e dos outros. As técnicas comportamentais geram espaço de desenvolvimento de novos estilos de enfrentamento, aprendizado de comportamentos mais funcionais, adaptativos e saudáveis e também ampliar o repertório emocional e comportamental para viver com maior bem estar e qualidade de vida;
  • PSICOLOGIA POSITIVA: trás o olhar para a salutogênese, ou seja, para que a pessoa foque na sua promoção de saúde integral, bem estar, qualidade de vida, viver com sentido e priorizando colocar em prática suas forças pessoais e valores como norteadores de escolhas e ações;
  • ACEITAÇÃO E COMPROMISSO: técnicas que provocam o paciente a avaliar o quanto vale a pena resistir à mudança, ou fixar-se em alguns padrões emocionais, relacionais e comportamentais disfuncionais. São técnicas que convidam o indivíduo a olhar para si, para os outros, relações e situações buscando aceitar como de fato se apresentam. Ao aceitar a si mesmo, as coisas e pessoas como de fato são e se mostram, com virtudes e vulnerabilidades, incertezas e imprevistos, ajuda na tomada de consciência do que faz bem, do que não faz, do que gera sofrimento e assumir o compromisso do que está disposto a fazer dali para frente para viver melhor, com sentido, em paz, com equilíbrio, harmonia, saúde, bem-estar, agindo naquilo que de fato está ao seu alcance e poder de ação de transformar.

Como você pode pôde rapidamente nesta leitura ver, são múltiplas as estratégias e contribuições que a terapia do esquema apresenta para promover saúde mental, qualidade nas relações, regulação emocional, aprendizado de habilidades, fazer melhores escolhas, resolução de problemas, tomada de decisão e mudanças em padrões emocionais, relacionais e comportamentais de longas datas.

Por se tratar de uma abordagem integrativa, o objetivo maior é que a pessoa viva plenamente a sua vida, de forma autêntica, seja quem de fato ela é, esteja bem com suas escolhas, assuma responsabilidades, viva com autonomia, independência, construa e nutra relacionamentos saudáveis consigo mesmo, com os outros, trabalhos, diferentes grupos e contextos. Enfim, que ela viva com sentido, colocando em prática seus valores, suas forças pessoais e desenvolva a capacidade de autorregular-se diante dos desafios, mas também de buscar ajuda quando sentir que sozinha não consegue superá-los. A terapia do esquema convida o indíviduo a tomar consciência de que mais importante do que o que aconteceu e fizeram com ele é o que ele escolhe fazer com tudo isso e daqui por diante para viver com sentido, saúde integral, qualidade e vida e bem estar.

Para saber mais a respeito da Terapia dos Esquemas, confira os links abaixo:

TERAPIA DO ESQUEMA: o que é?

O que são ESQUEMAS?

A RELAÇÃO TERAPÊUTICA NA TERAPIA DO ESQUEMA

AVALIAÇÃO DOS ESQUEMAS: como acontece?

TERAPIA DA ACEITAÇÃO E COMPROMISSO

TIPOS DE APEGO

 

 

VOCÊ ATUALIZA SEU PASSADO? Como andam suas escolhas

VOCÊ ATUALIZA SEU PASSADO? Como andam suas escolhas

A proposta do artigo de hoje é convidar você a refletir: em que tempo você está neste exato momento? Você atualiza seu passado? Vive preocupado com o futuro? Que tal hoje refletir a respeito do tempo e como você se relaciona com ele?

Conhece alguém que costuma estar sempre se referindo a experiências passadas, atualizando-as, seja de forma parecida ou repetindo situações? Pessoas assim costumam se apresentar apegadas a experiências do passadas, sejam elas positivas ou negativas. Se positivas, costumam ser saudosistas e isto termina direcionando seu foco para o passado, para o que já viveu e não é possível voltar, e deixam de enxergar oportunidades no aqui e agora a serem vividas, descobertas a serem aproveitadas. Se negativas, como no caso de a pessoa ter vivenciado um trauma, ela pode assumir um padrão constante evitativo com medo de repetir aquela experiência traumática, também deixando de se abrir para novas oportunidades e experiências no presente. Ou seja, ela vive presa ou em função de um tempo em que já passou, o passado, e que não pode mudar o que houve, gerando sofrimento ou dificuldade para seguir em frente.

Exemplos de falas e/ou sentimentos que pessoas presas ao passado, ou reatualizam ele com frequência, costumam trazer no seu repertório são:

  • “Naquele tempo, era tão diferente, tão bom…” – expressando saudosismo
  • “Eu deveria ter… (feito/dito/sido/realizado/me permitido)” – expressando algum arrependimento
  • “Me sinto culpado(a) por…” – expressando culpa por algo que tenha acontecido, algum erro ou falha que tenha cometido e não consegue se perdoar ou se permitir ir em frente sem este peso
  • “Sinto muita raiva / mágoa por…(você mesmo(a) ou por outra pessoa que tenha feito algo que não tenha gostado e restou raiva, rancor ou mágoa)
  • “E se eu tivess (feito/dito/sido/realizado/me permitido), será que seria diferente?” (presa a hipóteses que não poderão ser confirmadas, pois simplesmente não é possível mudar o passado, somente o aqui e agora).

Consegue perceber que nenhuma destas possibilidades é possível mexer lá atrás? Não temos o poder de mudar o passado. Mas é possível sim olhar para ele e se conectar com aprendizados a partir do que fez ou não, permitiu-se ou não, falou ou não.

Agora imagine ou lembre-se de uma pessoa que vive sempre preocupada com o que está por acontecer, com o futuro. Vejamos alguns exemplos de falas :

  • “Será que se eu (fizer, disser, permitir, deixar…), vai dar certo?”- pensamentos que revelam hipóteses de como pode agir, buscando acertar, mas apenas se tratam de possibilidades, não há ação;
  • “E se eu (fizer, disser, for, permitir, deixar…), o que acontecerá?”- expressando uma necessidade de previsibilidade, segurança, estabilidade, mas que não temos como controlar ou garantir eventos futuros;
  • “Mas se eu (fizer, disser, for, permitir, deixar…), vai acontecer tal coisa / fulano(a) vai ficar decepcionado(a) comigo / vou fracassar.” – expressando previsão negativa de futuro, esperando algo de pior a partir das hipóteses pensadas, e que algo necessariamente ruim acontecerá.

Percebe que se tratam de pensamentos hipotéticos que paralisam esta pessoa ao invés de ativá-las a entrar em ação? Estar no futuro gera grande ansiedade física e mental, e também se trata de um tempo que não se tem como mexer, mudar, controlar, garantir.

O fato é que o único tempo a ser vivido é o PRESENTE. E este tem sido um grande desafio para muitas pessoas. O presente é o único tempo que podemos ser / fazer / agir / mudar . E é a partir dele, do que nos permitimos viver, sentir, realizar, transformar, que construímos nossa história e que teremos o futuro como consequência do nosso hoje.

Sempre estamos escolhendo, tomando decisões a todo momento, desde a hora que acordamos até quando vamos dormir. E algumas destas escolhas podem ser assertivas outras não. Mas é fato que com todas elas podemos aprender, gerar resultados, sejam os mesmos e já conhecidos, sejam diferentes a partir de novas ações e novas escolhas.

A cada escolha que fazemos teremos consequências e isto nos convida a autorresponsabilidade, ou seja, assumir as consequências positivas ou negativas das escolhas feitas. Escolher tornar mais leve a jornada aprendendo a agradecer pelos momentos e escolhas bem vividos e a se perdoar e perdoar outros frente àqueles com conseguências desagradáveis. Escolher seguir em frente apesar do que vivenciou de experiência, fazer diferente a partir de hoje.

A culpa, a mágoa, a raiva, o ódio, o rancor costumam prender a pessoa ao passado, a uma situação, tornando mais pesada a experiência emocional e deixando de se abrir para novas oportunidades no presente. É preciso fechar ciclos para iniciar novos, morrer para (re)nascer, é preciso errar para acertar, agir diferente para alcançar novos resultados, mudanças e transformações, e entender o quão importante é estar no presente, no aqui e agora. As estratégias de mindfullness e meditação, esportes, atividades artísticas, autocuidado, aceitação e compromisso, compaixão são chaves para desenvolver esta presença e desfrute do único tempo a ser vivido: o presente.