RELACIONAMENTO ABUSIVO: como reconhecer

RELACIONAMENTO ABUSIVO: como reconhecer

Você sabe o que é um relacionamento abusivo? Quais características que ele apresenta e que evidencia que é hora de buscar ajuda? É sobre este tema que hoje vamos abordar aqui no blog do MAMTRA.

Muitas vezes, nos envolvemos com pessoas e, por gostar muito, amar, acreditar ser normal, validar intensidades como sinal de afeto, ou mesmo negar as disfuncionalidades, temos dificuldades de entender o quão abusiva é aquela relação.

Uma relação amorosa saudável promove amor, respeito, bem estar, crescimento mútuo, apoio, validação, escuta ativa, estando presente a admiração um pelo outro, o cuidar de si e o cuidar do outro, bem como o sexo com liberdade e expressão recíproca da sexualidade dos parceiros envolvidos.

Mas existem relacionamentos que de fato se estabelecem de forma abusiva, psicologicamente ou fisicamente ou mesmo as 2 coisas. E quando isso acontece é preciso denunciar e buscar ajuda para desvencilhar-se dele. Confira abaixo os principais sinais de um relacionamento abusivo:

  1. CONTROLE: quando um dos parceiros ou ambos assumem um comportamento de controle. São frequentes os comportamentos de vigilância constante, exigir que o outro se comporte, fale, vista-se, aja de determinado jeito, ler e-mails, mensagens de celular e redes sociais, exigir que o outro não se relacione com determinadas pessoas ou se afaste de relações significativas (familiares, amigos, colegas). Outra forma de controle muito frequente é o controle total das finanças do casal, de modo que o outro fique refém, privando a liberdade de escolha, o ir e vir sem comunicação prévia e “empréstimo” do dinheiro sob condições específicas. O abusador pode ainda usar as reservas sem acordo e comunicação prévia ao parceiro, colocando ambos ou família em situação difícil (dívidas e necessidades);
  2. MANIPULAÇÃO: quando há uma distorção de fatos, levando o outro a perda do senso de realidade. O manipulador terceiriza a responsabilidade para o outro que passa a assumir a responsabilidade integral por tudo de errado ou difícil que acontece no dia a dia e na relação.
  3. DESTRUIÇÃO DA AUTOESTIMA: Faz a pessoa duvidar da própria memória, percepção, qualidades, capacidades e sanidade, minando a autoestima e autoconfiança de quem sofre o abuso, sentido-se ela cada vez mais refém da relação. Muito recorrente comportamentos de invalidação de sentimentos, comportamentos, emoções, gerando ainda mais confusão mental na vítima;
  4. CIÚME EXCESSIVO: o ciúme se apresenta de forma patológica, mas que distorcidamente é visto e validado como sinal de expressão de amor e interesse. Este comportamento termina privando a liberdade do(a) parceiro(a) que evita situações que gerem ataques de ciúme do outro;
  5. COMPENSAÇÕES: normalmente acontecem com pedidos de desculpas, promessas de que nunca mais vai se repetir a situação de abuso, presentes, para camuflar os maus-tratos e manter-se no controle, levando à vítima a acreditar na perspectiva de mudança e alimentar o ciclo do abuso com “pausas” de alívio das tensões;
  6. DESQUALIFICAÇÃO: humilhar, desqualificar, rebaixar, criticar excessivamente, colocar o(a) parceiro(a) em situação de constrangimento, frente à outras pessoas ou no espaço privado do casal. Muito recorrente relatos de que “em casa é uma coisa e na frente dos outros é outra pessoa”;
  7. CHANTAGENS E AMEAÇAS: que podem acontecer de forma direta como “se você não fizer___, eu vou” ou sutil como “eu te amo, mas…”, assujeitando o tempo todo a vítima a se sentir obrigada a acatar as condições do(a) parceiro(a) e ficar refém do controle do abusador;
  8. EXIGIR RELAÇÕES SEXUAIS: cobrar e forçar o(a) parceiro(a) a fazer sexo sem consentimento, cometendo, assim violência física sexual.

Para denunciar e buscar ajuda, segue abaixo alguns contatos importantes:

  • DISQUE 180 – Central de Atendimento à Mulher: funciona 24 horas, recebe ligações de qualquer lugar do país, para fornecer informações e encaminhar denúncias. A ligação é gratuita de telefone fixo ou celular;
  • DELEGACIA DA MULHER: confira neste link endereços e contatos http://uspmulheres.usp.br/rede-sp-ddms/
  • DISQUE 190 – você pode procurar a polícia militar em situações de violência e risco, especialmente em locais onde não existam delegacias da mulher;
  • “METE A COLHER” – app criado pela empresa Casa Comunicação, de Recife, que permite fazer denúncias de maus tratos e buscar ajuda, unindo vítimas a pessoas dispostas a ajudar vencer e sair do relacionamento abusivo

Para saber mais, confira os links abaixo:

http://www.justificando.com/2018/06/08/violencia-domestica-saiba-onde-e-como-denunciar/

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/04/02/veja-quais-sao-as-delegacias-da-mulher-que-funcionam-24-horas-em-sao-paulo.ghtml