PLANO DE VIDA X PLANO DE CARREIRA: como conciliar

PLANO DE VIDA X PLANO DE CARREIRA: como conciliar

Cada vez mais ouvimos as pessoas e empresas falando sobre a importância do trabalho com significado, do propósito, de gerar impactos e contribuições através do trabalho, projetos que fazemos parte. Mas o que isso de fato quer nos chamar a reflexão? Vamos falar sobre isto e especialmente sobre como conciliar plano de vida e plano de carreira.

TRABALHO FAZ PARTE DA VIDA

Um primeiro ponto que é fundamental lembrarmos é que o trabalho é uma dimensão da nossa vida. Vida e trabalho não são coisas separadas. Você não é mais de uma pessoa. Você é um ser único, que vive dimensões de vida e existência de forma integrada, sendo o trabalho uma destas dimensões.

Porém vivemos numa sociedade que supervaloriza o foco no trabalho, na performance, nos resultados através do trabalho, de que pessoas de sucesso necessariamente trabalho 12h ou mais horas por dia e que focam somente nesta esfera de vida.

Mas isto é uma distorção, totalmente disfuncional, que vem adoecendo física e psicoemocionalmente milhares de pessoas, já que somos seres que temos múltiplas dimensões e necessidades.

Veja nesta imagem que mostra as 5 dimensões do ser que precisamos promover e fazer florescer na nossa jornada:

 

“QUANDO EU …AÍ EU PODEREI…”

Se o trabalho é uma dimensão da nossa vida, então, como podemos estruturar um plano de carreira conciliando com o plano de vida? Esta pergunta surge exatamente porque não estamos habituados a pensar nossa vida como um todo, e para muitas pessoas simplesmente parece estranho pensar nesta pergunta. Porque estão automatizadas a focar no trabalho, a priorizar o trabalho e aquele velho pensamento “quando eu me aposentar”, ou “quando eu conseguir meu primeiro milhão”, ou mesmo “quando eu for reconhecido profissionalmente” ou “quando eu comprar meu apartamento e meu carro…, aí eu poderei focar na vida pessoal”.

Como podemos ver, estes pensamentos simplesmente fazem a gente viver focado numa perspectiva de trabalhar, direcionar esforços, para algo que está no nível das idéias, de hipóteses futuras que poderão se concretizar ou não, afinal, é simplesmente irreal a ideia de que podemos controlar todas as variáveis da nossa vida e que os planos sempre podem sair como os imaginamos.

Este movimento seriamente contribui para os altos índices de pessoas com sérias dificuldades de lidar com frustrações, dificuldades de regulação emocional, índices cada vez mais alarmantes de quadros de depressão, burnout, ansiedade e suicídio. Isto porque tal mentalidade estimula a criação de muitas expectativas, que poderão ou não serem concretizadas (o famoso meme “expectativa x realidade” representa bem isto) e dificulta o experienciar do presente, do aqui e agora, do como a vida real se mostra a cada instante.

CICLO DA REALIDADE

O fato é que é preciso lembrar do conceito de ciclo da realidade. Este conceito nos faz refletir que, antes de fazermos, de entrarmos em ação, é preciso termos clareza de quem queremos SER. Veja a imagem abaixo sobre como se estrutura o ciclo da realidade:

Quando primeiro pensamos o que queremos SER, estamos direcionando o nosso mental a pensar num senso de IDENTIDADE e numa VIDA COM SENTIDO. E naturalmente começamos a estruturar pensamentos que geram motivos para estruturarmos objetivos, metas, para entrarmos em ação, ou seja, uma congruência cognitiva e comportamental, isto é, pensamento congruente com atitude direcionado ao que se estruturou de mentalidade, de sentido de vida. Isto faz toda a diferença na estruturação de um plano de vida e de carreira bem alinhados, conciliados, contribuindo fortemente para melhor lidar com eventuais mudanças de rotas e frustrações.

CLAREZA PARA SER>>FAZER>>TER>>REALIZAR

Em suma, é preciso termos clareza do que queremos SER, para podermos FAZER ações congruentes com este sentido de existência, de viver. Daí ao entrarmos em ação, ao fazer o que precisa ser feito, nós chegamos no TER, ou seja, nos retornos e resultados das ações que fizemos e por fim alcançamos o REALIZAR, que é o senso de realização com o que desejamos ser, com o que fizemos ao longo da jornada, com as conquistas e resultados, tudo isso alinhado, congruente, contribuindo para a sensação de felicidade, plenitude, vida com sentido.

PROPÓSITO E CONTRIBUIÇÃO

E a história de que começamos falando sobre trabalho com sentido, propósito, contribuição?  Exatamente entra nesta mesma lógica. Quando falamos sobre trabalho com sentido estamos trazendo esta lógica de criar uma congruência entre o trabalho, o negócio e quem faz ele acontecer. Naturalmente o propósito vem como o sentido que se espera deste trabalho, o por quê trabalhar e para quê trabalhar, o por quê e o para quê de um negócio existir, gerar serviços, produtos. E a contribuição por trás de tudo isso se conectar com o incluir as pessoas, a comunidade, o meio ambiente, ou seja, qual impacto positivo e responsabilidade social se deseja gerar para construir um mundo melhor para se viver, preservar os recursos que hoje e contribuir com inovações para as gerações futuras.

E para concluir nossa reflexão de hoje, convido você a pensar o que você quer ser neste novo ano que está chegando. Procure visualizar a pessoa que você quer ser, como estará, quais sensações, emoções quer sentir, quais relações quer viver, construir, fortalecer, seja com você com outras pessoas, com os grupos e comunidades que você faz parte. Visualize o que você fará para estar alinhado com quem você quer ser, em todas as esferas de vida, incluindo seu trabalho, seu negócio.

A partir daí construa e/ou atualize o seu plano de carreira a partir desta ótica de quem você quer ser. E vá construindo uma rota do que você precisa fazer nos próximos 12 meses, 2 anos, 5 anos, 10 anos, 15 anos, 20 anos na sua jornada profissional para ser quem você quer ser e gerar as contribuições e impactos positivos no seu raio de ação a partir do seu trabalho. Fazendo isso você construirá um plano de carreira alinhado com sua vida, seu sendo de identidade, seus valores, seu propósito. Experimente fazer diferente neste novo ano que está se aproximando.

 

PS: Se precisar de ajuda, é só entrar em contato que fazemos esta rota de ação juntos em sessão.

GRATIDÃO: motivos para exercitar

GRATIDÃO: motivos para exercitar

Muito tem-se falado sobre a importância de exercitar a Gratidão no dia a dia. Mas afinal, para que exatamente?

Significado

Semanticamente, entendemos que gratidão significa ser grato por algo que recebemos, vivemos, reconhecimento a alguém por um feito que nos beneficiou, agradecimento a Deus ou ser, entidade superior de luz, energia, no sentido de devolver ao universo a energia/benção que nos foi doada de forma a retroalimentar o sistema de abundância e prosperidade. Mas existe uma importância no exercício da gratidão  que se soma e ultrapassa este significado.

Mindset e Ciclo da Realidade

Quando decidimos agradecer, no exato momento que intencionamos nossa gratidão, fazemos uma escolha muito importante: optamos por enxergar o que de bom recebemos e aprendemos com nosso dia, a partir de nossas experiências.

Ao tomar esta decisão, enviamos um comando para o nosso cérebro enxergar os aprendizados a partir de cada situação em que vivemos e, como consequência, deixamos para trás um padrão reativo mental para assumir um mindset ativo e focado no aprendizado. Informamos também ao nosso “hardware” quais conexões desejamos fazer a partir do que vivemos e recebemos, e qual realidade decidimos ver e estruturar.

Tomada esta decisão, todo o nosso ciclo de realidade é estruturado. Ou seja, dos 400 bilhões de bites que recebemos e processamos por segundo, segundo os cientistas Joe Dispenza e John Hagelin, selecionamos 2.000 bites para processar de forma consciente e configurar nossa realidade, e, como consequência, o que decidimos ver faz com que direcionemos esforços e energias para criar o mundo que visualizamos, ser quem nele nos enxergamos, fazer o que precisa ser feito para ter e realizar o que vemos e estruturamos como realidade. Esta analise sintetiza as contribuições da Psicologia Positiva, Neurociência, Neuropsicologia, Medicina e Física Quântica para entendermos mais o que acontece conosco ao exercitar a gratidão, como enxergamos e estruturamos nossa realidade.

Motivos

Como este texto surgiu a partir do “para que devemos exercitar a gratidão?”, nada melhor, após entender o mecanismo, do que deixar os motivos para praticar. Confira:

  • Fortalecer o Mindset Ativo e voltado a aprendizados positivos.
  • Direcionar seu olhar para as coisas, situações e pessoas que surgem e que lhe proporcionam experiências de alegria, bem estar, felicidade, aprendizados positivos, exercício da compaixão.
  • Quebrar o padrão do vitimismo, deixando de se colocar como vítima de tudo que acontece à sua volta e conectado com o que há de ruim e negativo nas situações.
  • Quebrar o padrão persecutório e o julgamento dos outros e do mundo como vilões que o tempo todo dedicam tempo e energia para prejudicar você.
  • Potencializar seu poder de ação, de forma que você concentre seu olhar, esforços, tempo e energia naquilo que de fato está ao seu alcance para fazer, mudar e transformar.
  • Gerar conexões neuronais e ativação de bombas de neurotransmissores que proporcionam sensação de bem estar, equilibram o sistema imunológico, combatem e previnem a depressão, ansiedade crônica, assim como outros quadros de enfermidade física e mental.

E para concluir, deixo este vídeo com uma estratégia fácil de colocar em prática diariamente para exercitar a gratidão e você mesmo desfrutar dos benefícios por trás desta ferramenta de auto-cuidado: