COACHING DE EMAGRECIMENTO: benefícios, vantagens e desafios

COACHING DE EMAGRECIMENTO: benefícios, vantagens e desafios

Todo fim de ano, encontramos muitas pessoas engajadas no chamado “projeto verão”, buscando resultados de emagrecimento e definição muscular num curtíssimo intervalo de tempo. Mas aí vem a pergunta: até que ponto este resultado é sustentável. Pensando em ampliar nossa conversa sobre coaching de emagrecimento, hoje vamos falar sobre benefícios, vantagens e desafios deste processo.

BENEFÍCIOS

Como abordei noutro artigo aqui no blog, o coaching de emagrecimento é um dos tipos de health coaching, ou seja, processo de coaching voltado a mudança de estilo de vida e promoção de saúde integral.

Como principais benefícios deste processo de transformação temos:

  • Mudança de hábitos alimentares;
  • Eliminação de sedentarismo;
  • Inclusão de atividade física na rotina semanal;
  • Promoção de autocompromisso, disciplina, limites realistas;
  • Aumento de autoestima;
  • Aumento da autoconfiança, segurança;
  • Promoção de inteligência emocional x hábitos alimentares;
  • Viver com maior bem estar e qualidade de vida

VANTAGENS

Como vantagens do processo de coaching de emagrecimento, temos:

  • Orientação profissional para sua mudança de mentalidade e comportamental;
  • Apoio e fortalecimento constante da sua motivação
  • Identificação gatilhos de maus hábitos e compulsões;
  • Promover mudanças saudáveis e positivas na relação autoimagem x comida x emoções x autossabotagem;
  • Auxílio no planejamento de rotina alimentar, de treinos e de enfrentamento de situações desafiantes (festas, viagens, confraternizações, etc);
  • Promover mudança sustentável em estilo de vida;
  • Promoção de saúde integral;
  • Mudança na relação consigo mesmo e com a comida;Maior foco e direção para sua mudança e como colocar em prática seu poder de ação x emagrecimento.

DESAFIOS

No coaching de emagrecimento, temos como foco principal metas ligadas a emagrecimento, perda de peso. Mas para que isso aconteça de forma saudável, sustentável e integral, é fundamental que iniciemos o trabalho com a mudança de mentalidade, ou mudança de mindset.

Sempre falo sobre a importância do ciclo da realidade, porque ele nada mais é do que uma metáfora dos nossos esquemas emocionais, incluindo nossa tríade cognitiva. Ou seja, o ciclo da realidade revela como nossa visão de nós mesmos, dos outros, do mundo, nossas “lentes emocionais”, assim como estabelecemos relacionamento nestes 3 níveis (eu x eu; eu x outro; eu x mundo).

O principal desafio do coaching de emagrecimento é exatamente trabalhar a mudança de mentalidade. Como muitas pessoas querem resultados o quanto antes, de forma acelerada, elas esquecem ou mesmo não estão conscientes de que nosso comportamento é reflexo do que pensamos e sentimos.

Outro desafio recorrente no processo de coaching de emagrecimento, também relacionado a mentalidade, é o processo de autossabotagem. Ele pode acontecer de diferentes formas, seja fazendo você sair da sua rota de emagrecimento (burlando cardápio, deixando de fazer os treinos, cometer exageros), seja fazendo você não dar continuidade as ações de melhorias implementadas na sua rota de ação, ou fazendo você não retomar sua rota de ação (cardápio da dieta, treinos) após uma “escorregada”.

Mas eles têm 2 pontos em comum: falta de autocompromisso e falta de confiança em si. Observe, todo processo de sabotagem em processos de emagrecimento envolve estes 2 pontos, seja porque a pessoa não acredita em em si mesma e que tem poder de tornar realidade seu resultado desejado, seja porque ela espera que outro faça as mudanças nela, na sua vida, nos seus resultados, isto é, ela delega a terceiros a responsabilidade pela sua mudança. Isto simplesmente inviabiliza o processo.

Outros desafios que costumam aparecer no processo de coaching de emagrecimento são:

  • Baixa disposição física e cansaço recorrente que dificultam a motivação e iniciativa de iniciar a jornada;
  • Falta ou pouca prática no dia a dia de ações de autocuidado;
  • Recaídas x “fome emocional”: associando comida a alívio de situações estressoras, frustrações, compensações por resultados alcançados, busca de completude de vazios existenciais, etc.
  • Oscilações de humor, ansiedade ou mesmo humor deprimido por falta de nutrientes necessários a produção de hormônios ligados ao bem estar psicoemocional que terminam potencializando a falta de engajamento, desmotivação e autossabotagem.

Daí que, para termos resultados sustentáveis de emagrecimento, o ponto de partida está em tornar consciente esta mentalidade, este estado atual de como você pensa sobre você mesmo, sobre a comida, sobre sua autoimagem, seu peso, seu corpo, sua autoestima, quais emoções, estes pensamentos provocam, o quanto você se incomoda com a visão e opinião dos outros sobre você e quais comportamentos associados a ele você executa no dia a dia. Isto quer dizer tornar consciente o estado atual de sua mentalidade e comportamentos associados para que possa identificar quais pontos de ajustes a serem trabalhados durante o processo.

COACHING E NEUROLINGUÍSTICA

COACHING E NEUROLINGUÍSTICA

O Coaching é uma metodologia de ação e resultado, que leva a pessoa a uma mudança de mentalidade e colocar-se em ação para promover melhoras resultados e transformação de forma assertiva. Isto significa dizer que, ao longo de um processo de coaching, o cliente é convidado a vivenciar continuamente e de forma estruturada:

REFLEXÃO (conexão e receptividade)

TOMADA DE CONSCIÊNCIA (estado atual e estado desejado)

ALAVANCAGEM (o que e como colocar-se em ação, plano de ação)

APRENDIZADOS (o que aprendeu, o que ressignificou, o que levará, o que fará diferente)

A neurolinguística (PNL) se faz presente no processo de coaching como referencial teórico e ferramenta técnica do coach exatamente por ensinar o coachee a trabalhar a sua mente, mudar sua mentalidade para influenciar assertivamente seu comportamento e conseguir melhores resultados.

Sendo assim, a programação neurolinguística desenvolve no coachee este olhar com foco em melhoria contínua e tomar consciência do quanto a forma que ele mentaliza as situações impactam no como ele vivencia elas. Ou seja, o coachee é convidado a todo momento a identificar fatores limitantes do seu poder de ação, de modo a ter clareza de incômodos, como internalizou momentos críticos de vida e buscar ressignificá-los.

A ideia é ajudar o coachee a entender que a forma como ele enxerga a realidade é apenas 1 ponto de vista, estruturado a partir das suas experiências e de como internalizou elas. Convida-o a perceber que seu passado já foi e que ficar preso em algumas situações específicas contribuem para potencializar o medo, paralisia e redução do poder de ação. Mas que é possível identificar aspectos de aprendizado, ressignificar a relação com estes eventos e abrir espaço na sua vida (a partir da sua receptividade mental/emocional) para novas oportunidades, novas possibilidades e entrar em ação.

Ela também ajuda diretamente a entender e modificar os processos cognitivos por meio da identificação dos padrões de linguagem que se estabelecem de forma verbal (falada) e extraverbal (corporal), responsáveis pelas nossas reações nos mais diversos contextos.

Contribui diretamente na melhoria da comunicação intrapessoal e interpessoal, fazendo melhorias no como transmitir mensagem para o seu cérebro para entrar em ação. Isto é feito a partir de prática de uma comunicação no presente, com uso de verbos que impulsionem a ação, estruturação de pensamentos fortalecedores e automotivadores. A consequência disso é uma melhor comunicação também com os outros, com o mundo, mas assertividade e mais resultados.

Transtornos Alimentares: 8 sintomas mais comuns e influências

Transtornos Alimentares: 8 sintomas mais comuns e influências

Falar dos transtornos alimentares é cada vez mais importante. Cada vez mais cedo ouvimos pessoas trazendo histórias de relação entre corpo, autoestima e alimentação com distorções significativas e provocando alto grau de sofrimento emocional, alto impacto para saúde geral, convívio social e relacionamentos.

Com o objetivo de esclarecer, prevenir e ampliar o olhar sobre os transtornos alimentares, resolvi escrever este artigo para falar de alguns sintomas mais comuns no nosso dia a dia, mas que por influências multifatoriais (cultural, social, psicológica, e fatores biológicos transgeracionais) terminam sendo “normalizados” como comportamentos desejados a serem praticados em busca de autoestima, afeto, aprovação, aceitação e reconhecimento social.

Os transtornos alimentares usualmente se expressam por uma insatisfação com a imagem corporal (magreza ou obesidade), mas também podem estar associados a outros comportamentos, por exemplo, como estratégias protetivas, de defesa, frente a medos conscientes ou inconscientes.

Os transtornos mais conhecidos ao público em geral são a Anorexia e a Bulimia Nervosa. Ambos envolvem uma distorção da imagem corporal que leva a comportamentos compulsivos compensatórios de uma insatisfação com esta imagem ou medos revelados ou não.

A anorexia se configura como um quadro de preocupação excessiva com o peso (a perda dele o medo de ganhá-lo) a partir de uma imagem corporal distorcida (superestimada), ou seja, supervaloriza e dá importância fixadamente à aparência e imagem corporal. Ao olhar-se no espelho, ainda que magra, a pessoa se reconhece como obesa e passa praticar comportamentos compulsivos (ex. dietas extremamente severas, excesso de atividades físicas, uso excessivo de laxantes, vômitos induzidos).

Já a bulimia se configura por quadro com episódios recorrentes de ingestão em 2h de grandes quantidades de alimentos que normalmente a maioria das pessoas não comeria ou não suportariam comer em condições saudáveis ( grandes quantidades de alimentos gordurosos, carboidratos, doces e outras “junky food”). Nestes casos, a preocupação com a imagem corporal, com a aparência é subestimada e a pessoa passa a não apresentar maiores preocupação (ou nenhuma) com a qualidade da sua alimentação, saúde em geral, cuidados físicos, estéticos, entre outros fatores de autocuidado e autoestima.

O fato é que estes quadros de transtornos alimentares, ainda que diferentes, apresentam pontos de conexão. Saber o que influencia na expressão destes quadros e sintomas mais recorrentes ajudará você ficar mais atento e buscar ajuda profissional (médico, nutricionista, psicólogo, psiquiátricas, entre outros), assim como a prestar atenção a pessoas que você ama à sua volta e que de repente estejam precisando desta ajuda.

Sintomas mais comuns no nível cognitivo, comportamental e emocional são:

  1. Perfeccionismo excessivo
  2. Baixa autoestima
  3. Ansiedade elevada,
  4. Pensamento dicotômico (tudo x nada, certo x errado, feio x bonito, “serve” x “não serve”, sucesso x fracasso, etc)
  5. Incapacidade de encontrar satisfação
  6. Medo mórbido de engordar e ideias fixas sobre emagrecimento e saúde
  7. Impulsividade e baixa tolerância à frustração
  8. Comportamento compensatório através da comida (restringir ou comer em excesso, evitar ou aliviar sofrimento).

Existem fatores que extrapolam o indivíduo e sinalizam como o contexto sociocultural influencia no estimular de um ou mais comportamentos relacionados aos transtornos alimentares. Aspectos reforçados pela sociedade como:

  • Família: agente de socialização, transmissão de mensagens sobre aparência da criança (comparações, críticas, foco no peso)
  • Pares: comentários na escola sobre o corpo da criança, brincadeiras de mal gosto
  • Cultura: imagens veiculadas na mídia, incentivo do culto ao corpo, a prática de atividade física em excesso, uso de hormônios, diuréticos, suplementos, medicamentos e dietas restritivas

Existem muitos outros fatores relacionados aos transtornos alimentares, sintomatologias específicas, comorbidades com outros quadros clínicos e outros aspectos. Este texto não pretende esgotar o assunto, mas sim chamar atenção ao que mais comumente observamos na prática clínica e nas interações sociais, comportamentos muitas vezes bem aceitos, estimulados ou “normalizadas” como exemplo seja de sucesso, bem estar, e prazer no viver. Procure informar-se com critério e não tenha receio de buscar ajuda profissional. Você pode sim construir uma nova jornada de vida e relação entre você x você, você x os outros e você x o mundo.

O desafio da Comunicação Interpessoal

O desafio da Comunicação Interpessoal

A comunicação interpessoal envolve troca de informações entre pelos menos 2 pessoas, sendo uma a emissora (quem emite a informação) e a outra a receptora (quem recebe a informação). Parece simples o processo à primeira vista, porém se lembrarmos que cada um destes participantes pode ser de culturas, línguas e localidades completamente distintas, a comunicação em alguns casos pode se tornar extremamente limitada ou mesmo não acontecer.

Isso porque o maior desafio da comunicação interpessoal é gerar o entendimento, ou seja, fazer com que o receptor entenda a mensagem exatamente como ela foi emitida pelo emissor, com todos os sentidos preservados. Isto se torna de fato um desafio, uma vez que este entendimento passa tanto pelos filtros de quem emite a mensagem (o como fala, como informa) como do receptor (se ouve, como ouve).

Disponibilidade Emocional

Falo muito em sessões de terapia e coaching sobre disponibilidade emocional, sempre perguntando o quanto cada cliente está de fato disposto a encarar a realidade, a se deparar com as evidências do que foi feito e do que não foi feito. E isto é importante ser trazido para este diálogo sobre comunicação interpessoal, uma vez que esta (in)disponibilidade emocional interfere totalmente, seja no falar (ou não falar) como no ouvir (ou não ouvir) uma informação.

Isto é rapidamente confirmado se lembramos exemplos de conflitos familiares, de relacionamento, entre colegas de time e com chefia em que muitas destas situações de conflitos eram eclodidas seja por conta do como se falou (agressivo, desqualificador, desrespeitoso, indiferente, opressor, etc) seja por conta de como se ouviu (sem atenção, sem interesse, com interrupções, etc).

Filtros culturais e ideológicos

Muitas destas indisponibilidades (emocionais ou não) para a comunicação passam também por questões culturais, ideológicas, de valores, intolerâncias (religiosa, de opinião, crenças, sexo, grupos, etc).

Isso podemos totalmente vivenciar em grande intensidade nas últimas eleições para presidente, verificando a “olho nu” o quanto pessoas se digladiavam online ou offline para emitir suas opiniões, sem necessariamente estarem abertas a ouvir e acolher a do outro, muito menos as diferenças de posicionamento, chegando a muitos casos de agressividade física, separações e distanciamentos familiares, episódios de espancamento e mesmo assassinato. Uma triste realidade que exacerbou quem somos enquanto sociedade e evidenciou a nossa indisponibilidade para efetivar de forma assertiva uma comunicação interpessoal.

Muitos dos que opinavam se colocavam em verdadeiro “campo de guerra”, cada um com suas “armas” e defesas. E muitos que não opinavam calavam-se para evitar conflitos, evitar explodir com quem tanto gosta e respeita, evitar se expor e outros tantos comportamentos evitativos.

Este exemplo serve para ilustrar o quanto a comunicação interpessoal pode ser prejudicada por conta dos filtros ideológicos, culturais e emocionais. E nos chama a atenção para como é importante termos cuidado e sermos empáticos na hora de estabelecer uma comunicação com nosso interlocutor.

Como podemos melhorar

Se exercitamos a empatia, se pelo menos nos colocamos no lugar do outro mentalmente considerando quem é esta pessoa com a qual conversamos, como ela gostaria de ser tratada, como ela receberia com maior abertura nossa informação, isto nos permite não só ajustar o nosso como emitimos, mas especialmente o como ouvimos o outro a partir do que falamos. Não significa falar o que o outro quer ouvir, mas sim falar com respeito a si e ao outro. Consequentemente, a comunicação, ao invés de se tornar ponto de mais um conflito, ela se torna espaço de conexão, esclarecimento, entendimento, amor, paz.

Sendo assim, uma comunicação interpessoal de sucesso acontece quando emissor e receptor se colocam interessados e disponíveis emocionalmente, ideologicamente e culturalmente para falar e ouvir respeitando e incluindo o outro no processo, entendendo que ela só é real de fato quando este circuito emissão >> recepção >> retroalimentação acontece com abertura e respeito.