O QUE SUSTENTA AS CRENÇAS

O QUE SUSTENTA AS CRENÇAS

Crenças são pensamentos absolutistas, ou seja, pensamentos que têm peso de verdade e que norteiam nossa percepção de nós mesmos, dos outros, da realidade, do mundo. Também são norteadoras de escolhas, decisões, ações, realizações, senso de felicidade e sentido de vida.

Desenvolvemos crenças por diferentes caminhos de aprendizado:

  • CRENÇAS FAMILIARES: aquelas falas e pensamentos parte do nosso contexto familiar, que aprendemos valores e comportamentos a partir da modelagem de nossos pais, cuidadores, familiares;
  • CRENÇAS SOCIAIS ou CULTURAIS: são aquelas falas, pensamentos que norteiam comportamentos de grupo cultural, que ouvimos e aprendemos nas interações sociais;
  • CRENÇAS PESSOAIS: são aquelas que estruturamos a partir da nossa experiência individual.

Ou seja, desenvolvemos crenças a partir do que ouvimos, observamos, percebemos, sentimos, experienciamos na nossa jornada pessoal e social, ao longo de toda a nossa vida.

CRENÇAS LIMITANTES

Quando falamos de crenças limitantes, estamos nos referindo a pensamentos absolutistas que nos limitam, nos desqualificam, nos paralisam diante do que nos propomos ser, fazer, realizar. Aprendemos elas em ambientes invalidantes, parcial ou integralmente, e que não nos respeitam em nossas necessidades emocionais e direitos.

Estas verdades orientadoras dos nossos comportamentos de forma negativa costumam ter uma sustentação irracional, fantasiosa, ou mesmo se tratar de vozes, falas, pensamentos de outras pessoas que ouvimos e incorporamos. Exemplos de crenças limitantes:

  • “Eu sou incompetente”
  • “Eu sou infeliz”
  • “Você nunca consegue nada”
  • “Sou muito velho para começar uma coisa nova”
  • “Você é um fracasso”
  • “Ninguém me ama”
  • “Sempre tem alguém que me engana e quer se aproveitar de mim”
  • “Não sou suficientemente bom para essa posição, não vou dar conta dele”

Enfim, a lista seria enorme de pensamentos para exemplificar as crenças limitantes. O fato é que as crenças limitantes, como o nome já diz, limitam o nosso poder de ação, minam nossa autoestima nos desqualificando, e nos paralisam ou mesmo nos fazem esquivar de objetivos, metas que desejamos, porém alimentam nossos processos de autossabotagem.

CRENÇAS FORTALECEDORAS

Por outro lado, crenças fortalecedoras se tratam de pensamentos que potencializam a nossa autoestima, fortalecem nossa auto aceitação, autorrespeito, promovem  poder de ação, e nos fazem entrar em ação.

Normalmente aprendemos elas em contextos familiares e sociais validantes, estimulantes em que nos sentimos amados, aceitos, acolhidos, respeitados, orientados, aceitos do jeito que somos.

Quando trabalhamos em coaching ou em psicoterapia a mudança de mentalidade, ou seja a construção de repertório de pensamentos e comportamentos saudáveis, procuramos provocar o cliente a entrar em contato com suas evidências de realidade para que possa estruturar pensamentos realistas saudáveis. Alguns exemplos de crenças fortalecedoras:

  • “Eu consigo, é uma questão de treino”
  • “Tudo bem não estar bem”
  • “Desconectar para reconectar. Após descanso e diversão, retorno às atividades produtivas de forma muito mais criativa.”
  • “Tempo é valioso, é prioridade”
  • “Eu mereço”
  • “Eu sou digno(a)”
  • “Eu sou capaz”

E para fechar esta reflexão hoje, vou deixar uma dica para você colocar em prática e reconhecer suas crenças:

  1. Observe-se no seu dia a dia e comece a registrar os seus pensamentos e o que eles falam de você e como interferem no seu comportamento;
  2. Quais emoções eles ativam em você?
  3. Como você age a partir destes pensamentos e emoções?
  4. Estes pensamentos são seus ou você incorporou de outras pessoas?
  5. Quais experiências podem ter contribuído para estas crenças limitantes que reconheceu?
  6. Quais evidências você encontra na realidade de que são realistas estas crenças?
  7. Quais pensamentos alternativos saudáveis e realistas você consegue estruturar para despotencializar suas crenças limitantes.

Pratique e sentira você mesmo os resultados que este pequeno exercício proporcionará na sua mudança de mentalidade sobre você, as outras pessoas, sobre o contexto e sobre seu poder de ação.

COEFICIENTE DE EMAGRECIMENTO: o que é?

COEFICIENTE DE EMAGRECIMENTO: o que é?

Para que seja realidade um emagrecimento sustentável é fundamental que você vá além de cumprir à risca a dieta da sua nutricionista e o treino do seu personal trainer / academia. Emagrecimento sustentável envolve mudança de mentalidade, mudança de hábitos e de estilo de vida de forma duradoura, com consistência e continuidade. Pensando neste sentido, hoje resolvi escrever para você sobre o coeficiente de emagrecimento.

O coeficiente de emagrecimento é um indicador que faz você entrar em contato com seu estado atual, gerando um “retrato” do seu mindset. Ou seja, mapear o seu modelo mental relacionado à autoimagem, emagrecimento e estilo de vida. Isto porque ele faz você entrar em contato com seu estado atual de autoimagem (peso, medidas, visual), de pensamentos (crenças sabotadoras), emoções e comportamentos sabotadores, deixando claro para você qual seu estilo atual de vida (saudável ou não), assim como funciona sua mentalidade referente emagrecimento.

É um indicador gerado a partir da ferramenta de coaching de mapeamento de estado atual e estado desejado, que faz você tomar consciência de como está no momento, sensibilizar você de que precisa entrar em ação para tornar real sua transformação, reconhecer o que precisa ser feito, estruturar sua meta de emagrecimento e rota de ação, autocompromisso, autorresponsabilidade pelo seu processo, mobilizando em você motivação e justificativas reais para você direcionar seu poder de ação, tempo, energia, dedicação e colocar em prática tudo o que precisa ser feito para alcançar sua meta de emagrecimento.

E como é possível medir ele? Fazendo um antes X depois das suas crenças, comportamentos e resultados alcançados no seu processo de emagrecimento. Você pode fazer o seu mapeamento utilizando os seguintes passos:

    1. Identifique seu Estado Atual: tire uma foto sua no seu atual estado, antes de iniciar o seu emagrecimento. Coloque ela numa folha e ao lado dela escreva seu peso atual, suas atuais medidas, seu estado emocional e de (in)satisfação com você mesma hoje;
    2. Reconheça sua Meta de Emagrecimento: no mesmo papel da sua foto, escreva qual sua meta de emagrecimento (quantos kg a emagrecer, em quanto tempo, até qual data), colocando também os motivos que justificam seu empenho de tempo, esforço, dedicação, autocompromisso com seu processo;
    3. Identifique suas Crenças Sabotadoras: escreva no verso do mesmo papel de mapeamento do seu estado atual, todas as suas crenças (falas, pensamentos, frases que você diz para você mesma com verdade) a respeito de você e do que impede você de tornar realidade seu emagrecimento até aqui. Anote também os seus comportamentos autorssabotadores nesta sessão;
    4. Declaração de Autocompromisso: Abaixo das suas crenças sabotadoras agora identificadas, faça a sua declaração de autocompromisso, seguendo o seguinte modelo: “Eu, (nome completo), assumo o compromisso comigo mesmo(a) a partir de hoje de dedicar tempo, esforço, energia, comprometimento com o meu processo de emagrecimento. Assumo 100% de autorresponsabilidade sobre cada etapa dele, entendendo que ele é um processo, e não um lugar no podium. Assumo que acolherei minhas vulnerabilidades nos momentos difíceis, mas sempre direcionando meu poder de ação com coragem para fazer melhores escolhas em cada momento, pensando no meu objetivo de processo a ser alcançado. Assumo que farei o que preciso for para tornar este resultado de forma saudável, com equilíbrio e mudança efetiva de mentalidade e estilo de vida.” Coloque a cidade, data/mês/ano e assine. Este é o seu contrato de emagrecimento e mudança de mentalidade.

A ideia é você repetir este mesmo mapeamento de coeficiente de emagrecimento ao final do seu processo, de modo a tornar clara sua transformação e resultado alcançado para seu cérebro reconhecer racionalmente e emocionalmente a sua mudança sustentável a ser dada continuidade.