ORIENTAÇÃO VOCACIONAL: como ajuda jovens a escolher melhor

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL: como ajuda jovens a escolher melhor

A orientação vocacional é um processo de autoconhecimento  focado em estruturar uma tomada de decisão profissional a partir do levantamento de informações sobre perfil comportamental, preferências, habilidades e interesses, assim como de critérios de escolha profissional. O termo correto é orientação profissional e, ao contrário do que muitos acreditam, ela pode acontecer diversas vezes ao longo da vida, em diferentes momentos e contextos pessoais e profissionais da jornada. Mas hoje neste artigo vamos nos ater a como a orientação vocacional ajuda jovens a escolher melhor.

O MITO DO VESTIBULAR

O vestibular, para muitos jovens, é motivo de grande medo, pânico, pavor, repulsa, enfim, emoções, sensações e sentimentos muito confusos e desagradáveis. Mas isto acontece não porque o problema é o vestibular em si. O vestibular nada mais é do que uma prova, que acontece ao final do nível médio, que se propõe avaliar conhecimentos gerais e específicos dos candidatos inscritos, gerar uma pontuação de acordo com o desempenho de cada um e , por consequência, gerar um ranking dos aprovados considerando da maior nota para a menor nota X número de vagas em cada área de conhecimento.Este é o fato.

Mas por trás disso, nossos jovens e seus familiares vivenciam uma avalanche de emoções, pensamentos, expectativas, que revelam muito mais sobre cada um deles do que sobre o vestibular em si. Revelam muito mais o quanto eles percebem esta experiência de preparação para a prova e execução dela em si.

A preparação para o vestibular exige bastante horas de estudo, concentração, foco, preparação física e psico-emocional. E esta experiência envolve bastante energia e dedicação por conta destes fatores de preparo. Mas certamente ela é negativamente potencializada pelos jovens e familiares quando eles acreditam ser o vestibular “o divisor de águas” da jornada profissional, ou seja, quando eles acreditam ser o vestibular, ao final do nível médio, o único momento de escolha profissional, e que a vida só permite “errar ou acertar” nesta “única oportunidade”. Isto é um mito, que vem ao longo de muitas gerações sendo propagado. O vestibular é, em verdade, um momento de escolha profissional, o 1°, mas não o único de decisão profissional.

A ORIENTAÇÃO VOCACIONAL / PROFISSIONAL

A orientação profissional, com foco vocacional, é um processo super rico de autoconhecimento que permite o(a) jovem conhecer mais sobre si, seu perfil comportamental, suas habilidades já conscientes e aplicadas e outras não tão conscientes ou potenciais. Conhecer seus interesses e como tudo isso se conecta com as diversas áreas de conhecimentos e profissões. Mas é importante dizer que o processo de orientação profissional vai muito além da aplicação de testes vocacionais e avaliação de perfil. Estes fazem apenas parte das sessões iniciais, mas o processo vai muito além disso, com atividades exploratórias, entrevistas à profissionais, de modo que o(a) jovem possa entrar em contato com as diferentes realidades profissionais, desconstruindo, assim, mitos sobre áreas, profissões e mercado de trabalho.

Resumidamente, o processo de orientação profissional, com este enfoque vocacional, apresenta as seguintes etapas:

  • AUTOCONHECIMENTO: investigação do perfil comportamental, habilidades e competências
  • INTERESSES: pesquisa de interesses e conexão entre eles, habilidades X áreas de conhecimento e profissões
  • ANÁLISE: reconhecimento de critérios de escolhas profissionais no contexto atual de vida
  • EXPLORATÓRIA: entrevistando profissionais e visitando as diferentes realidades profissionais
  • COMPARAÇÃO: avaliação de vantagens e desvantagens x áreas e realidades profissionais pesquisadas a partir da pesquisa de campo e entrevistas
  • INTEGRAÇÃO: momento em que o(a) jovem irá integrar as informações de todo o processo
  • HIERARQUIZAÇÃO: a partir da integração de dados do processo, gerar um ranking de profissões x critérios de escolha x perfil x vantagens/desvantagens
  • TOMADA DE DECISÃO: a partir do ranking, o(a) jovem poderá direcionar sua escolha profissional, decidindo ali e já estruturando sua rota de ação para próximos passos a serem trilhados, ou elegendo um “melhor de 3” como um ranking mais enxuto norteador para a continuidade de suas pesquisas de campo, entrevistas e amadurecimento da sua decisão profissional mais adiante.

O PROCESSO DE OP

Normalmente um processo de orientação profissional (OP) dura em torno de 10 a 12 sessões. Mas isso depende muito de cada cliente, podendo haver necessidade de acréscimos de sessões. Em cada sessão é trabalhado um tema e ferramenta, direcionado o(a) jovem ao final a conectar os pontos e identificar o que ficou de aprendizados da sessão, bem como próximas ações que ele deverá dar sequência em casa para ampliar sua reflexão.

É bem interessante ressaltar que o processo extrapola as sessões e que exige uma participação ativa do cliente. Também o tempo de processo depende da periodicidade entre as sessões. Por exemplo: um processo de 10 sessões semanais (1x por semana), sem faltas, é concluído em 2 meses e meio (10 semanas). Mas se houver remarcações esse tempo pode se prolongar. Já num processo quinzenal (1x a cada 2 semanas), 10 encontros sem ausências e remanejamentos levarão em torno de 5 meses (20 semanas).

As sessões costumam durar 1h, mas a depender da ferramenta aplicada no dia, pode se extender até 1h30, sendo importante completar o ciclo de reflexão do tema do dia.

BENEFÍCIOS DA OP

Vivenciar o processo de orientação profissional é uma rica experiência de autoconhecimento e de estruturação de processo decisório quanto a questões profissionais. O(a) jovem que vivencia este processo tem a oportunidade de:

  • Conhecer-se melhor, o que ele tem de habilidades que já utiliza, o que ele tem de habilidades em potencial;
  • Saber o que ele está disposto ou não a aprender e/ou desenvolver/aprimorar;
  • Compreender o que do seu contexto interfere no seu processo de decisão profissional (questões familiares, recursos financeiros, expectativas suas x dos outros, localização, deslocamento, etc);
  • Estruturar quais critérios de escolha que hoje fazem sentido em sua vida e como se conectam com seu perfil comportamental, habilidades X áreas profissionais.
  • Desconstruir mitos sobre o mercado de trabalho, as profissões e as realidades profissionais das diferentes áreas, a partir das atividades de pesquisa de campo

Ao final do processo, ele(a) terá experienciado um processo de amadurecimento de suas escolhas, ampliação de sua visão de mundo e estará munido de ferramentas que lhe servirão de suporte para sua decisão profissional, seja naquele imediato momento, seja mais adiante. Sendo assim, o processo de OP é também uma ferramenta de tomada de consciência, construção de autonomia e independência para este(a) jovem.

A realidade do mercado que estamos vivendo tem mostrado cada vez mais que é possível e saudável poder escolher mais e melhor ao longo da vida, trazendo com cada nova escolha novas experiências e ressignificações para a jornada pessoal e profissional. Experimente, vivencie o processo de orientação profissional / vocacional e desfrute desta linda jornada de autoconhecimento e construção de novas rotas para sua jornada pessoal e profissional.

ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL: Vocacional, Transição, Mudança, Ressignificação de Carreira

ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL: Vocacional, Transição, Mudança, Ressignificação de Carreira

A Orientação Profissional, mais conhecida leigamente como Orientação Vocacional, é uma das diversas linhas de trabalho da psicologia.

Ela tem por objetivo ajudar a pessoa a reconhecer interesses, características suas de personalidade (perfil comportamental), fatores de tomada de decisão de modo que ela possa identificar áreas de conhecimentos e profissões que ela se identifique e possa fazer sua escolha profissional para seguir na sua carreira.

Ao contrário de que muitos pensam, a carreira de uma pessoa não é linear e sempre seguindo um comportamento ascendente. Ela reflete a sua dinâmica psico-social, sua jornada de vida, seus ciclos de transformação, mudança, adaptação a suas novas realidades bem como do contexto em que se encontra.

Números Impactantes

Dados de pesquisa feita pela multinacional holandesa Randstad apontam que 24% dos brasileiros trocaram de empregos, sendo que destes, 6% mudaram radicalmente suas carreiras profissionais no ano de 2016.

Já fontes da Receita Federal apontam que, entre 2014 e 2016, 55.402 pessoas declararam saída definitiva do país, o que aponta um crescimento de 81,61% do número de pessoas a deixarem o Brasil, se comparado ao período de 2011 a 2013. Somado a isso, o SEBRAE sinaliza que 11,1 milhões de empresas foram criadas nos últimos 3,4 anos no Brasil

Tendências

E o que estes números revelam? Que cada vez mais brasileiros estão revisitando suas carreiras, seja como CLT, seja tornando-se empreendedores, seja saindo do país para buscarem novas oportunidades no exterior.

E onde entra a Orientação Profissional neste cenário? Entra como metodologia que ajuda pessoas a:

  • Reconhecerem seus talentos, pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças frente ao novo cenário econômico em que se encontram
  • Identificarem áreas de conhecimento, novos formatos de trabalho e profissão a partir deste novo contexto de vida em que se encontram
  • Encontrarem novos motivos para estruturarem suas carreiras (1ª escolha vocacional)
  • Reestruturarem sua fornada profissional (2ª escolha vocacional), com novos sentidos para trilhar planos de ação seja para mudar de área, de emprego, de país, seja para desenvolver um novo negócio.
  • Prepararem-se para aposentadoria, podendo a pessoa, antecipadamente ou mesmo ao serem desligadas neste final de carreira, reconhecer novos interesses seus, novos sentidos para o trabalho em sua vida, de modo a estruturar um novo plano de continuidade da sua jornada profissional, respeitando seu novo momento.

Para quem a OP serve?

Sendo assim, a Orientação Profissional atende os seguintes perfis:

  • Jovens em final do ensino médio focados em sua 1ª escolha vocacional.
  • Jovens que não tenham se identificado com o curso/faculdade/área de conhecimento/mercado de trabalho da sua 1ª escolha vocacional e desejam redirecionar suas carreiras
  • Jovens em final de faculdade que não saibam por onde começar a busca de oportunidades e inserção no mercado de trabalho.
  • Pessoas que já tenham trilhado uma jornada consistente, mas que hoje não estão mais satisfeitas com sua escolha profissional até aqui e querem ressignificar ou mudar radicalmente de área
  • Pessoas que tenham sido desligadas e pediram para sair de empregos formais e identificam no empreendedorismo uma oportunidade para redirecionarem suas rotas de carreiras fazendo algo que mais se identifiquem e conciliando com outras necessidades suas de vida
  • Pessoas que estejam em final de trilha de carreira formal e estão próximas a se aposentarem.

Se você está neste momento se sentindo perdido quanto a que rumo tomar para sua carreira, não tenha medo de buscar ajuda profissional qualificada para que possa otimizar seu processo de reconhecimento de novos interesses, motivos, perfil, critérios de decisão profissional para que possa fazer uma nova escolha consciente.