ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO: como funciona

ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO: como funciona

Há momentos em que nos sentimos perdidos e isto é motivo de muito sofrimento. Não conseguimos pensar em saídas, soluções, alternativas para a problemática existencial que estamos vivenciando naquele momento. É aí que entra o aconselhamento psicológico como um dos serviços prestados por psicólogos para ajudar você.

Por definição, se refere a um processo “de criar condições para que a pessoa faça, ela própria, o julgamento das alternativas e formule suas opções” (Portugal, A. 2015). Por este viés, o aconselhamento psicológico proporciona um espaço de escuta ativa de uma questão específica que esteja provocando sofrimento no paciente e o psicólogo atua de forma a provocá-lo a identificar possíveis resoluções, temporárias ou definitivas para o problema por ele vivenciado, reconhecer perdas e ganhos, vantagens e desvantagens envolvidas nas soluções possíveis identificadas para que o paciente possa tomar uma decisão.

Neste sentido, o aconselhamento psicológico visa auxiliar o paciente no seu processo de escolha. O psicólogo não indica o caminho, não se coloca na posição de dar conselhos muito menos dizer como ele faria para solucionar a questão trabalhada. O psicólogo entra para fornecer ao paciente ferramentas para que ele mesmo avalie os pontos que envolve sua problemática e encontre caminhos mais assertivos para resolver e tomar sua decisão.

Carl Roger propôs uma abordagem centrada na pessoa, conhecida como psicologia humanista existencial, e na obra Counseling and Psychotherapy gerou contribuições que ampliou o entendimento do conceito de aconselhamento, aproximando-o da psicologia clínica. Neste sentido, ele propôs :

“Ser realmente o que se é, eis o padrão da vida que lhe parece ser o mais elevado, quando é livre para seguir a direção que quiser. Não se trata simplesmente de uma opção intelectual, mas parece ser a melhor descrição do comportamento hesitante, provisório e através do qual procede à exploração daquilo que quer ser” (Rogers, 1973, p. 155).

Sendo assim, a ideia do processo de aconselhamento psicológico e auxiliar o paciente em seu crescimento, sendo o psicólogo instrumento para promover espaço de escuta ativa, desenvolvimento e fornecer ferramentas para que o indivíduo busque autonomia, faça suas escolhas com independência, liberdade e possa seguir na sua caminhada rumo ao que se propõe ser.

Como etapas de um processo de aconselhamento, temos:

  1. Identificação do problema de forma específica;
  2. Ampliação de campo de visão sobre fatores relacionados ao problema;
  3. Avaliação e tomada de consciência pelo paciente dos seus recursos que podem ser desenvolvidos rumo à resolução do seu prolema;
  4. Reconhecimento por ele do que precisa ser feito para a resolução do problema;
  5. Avaliação de vantagens e desvantagens, bem como dos seus critérios de tomada de decisão;
  6. Alavancagem das condições e atitudes para colocar em prática a resolução mais assertiva por ele identificada;
  7. Tomada de decisão.

Para saber mais, acesso:

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-34822014000100002

https://psicologado.com.br/atuacao/aconselhamento-psicologico/sobre-o-aconselhamento-psicologico

PADRÃO DE VIDA X REALIDADE FINANCEIRA

PADRÃO DE VIDA X REALIDADE FINANCEIRA

Você sabe o que é padrão de vida? Sabe como anda o seu? Ele está de acordo com a sua realidade financeira? Vamos refletir um pouco a respeito destes 2 conceitos, como eles impactam na sua saúde mental e como você pode encontrar o equilíbrio.

PADRÃO DE VIDA

Padrão de vida, enquanto indicador econômico, diz respeito à quantidade de serviços e produtos disponíveis per capita numa população. Mas quando falamos do padrão de vida de uma pessoa, consideramos, em verdade, que se trata do conjunto que envolve todos os gastos e custos que ela tem relacionados às suas necessidades (objetivas e subjetivas).

Estipular e ter clareza a respeito do seu padrão de vida é importante para você saber quais são suas prioridades e gerenciar suas finanças de acordo com as necessidades. Sendo assim, entendemos que uma pessoa que tem saúde financeira, equilíbrio nas finanças, é alguém que consome produtos e serviços de acordo com o que de fato necessita, com suas prioridades, dentro da sua realidade financeira, incluindo, como parte desta gestão, uma reserva de emergência e investimentos.

De modo mais genérico, temos como referência os seguintes tipos de padrão de vida:

  • Padrão de vida baixo:é o padrão mínimo para viver de forma digna. Envolve somente atender as necessidades básicas como moradia de baixo custo, vestuário básico, saneamento, energia, internet de baixo custo ou wi-fi gratuito, acesso à educação, transporte e saúde públicas, eletrodomésticos básicos e somente os necessários, alimentação e opções de lazer (gratuitas ou de baixo custo);
  • Padrão de vida médio:é entendido como o padrão mediano. Além de atender as necessidades do padrão mínimo, já inclui outros itens de maior valor como carro popular, casa/ap próprio ou de aluguel confortável, internet e TV a cabo, acesso a escolas, cursos e universidades, plano de saúde, roupas e eletrodomésticos de qualidade, condições de pagar por serviços não prioritários, viajar periodicamente (e se possível ter reserva financeira e investimentos);
  • Padrão de vida alto:é entendido como padrão mais luxuoso e dispendioso, que inclui acesso a todos os bens e serviços da classe média em uma categoria superior, como carros e casas de alto padrão, roupas de grife, serviços exclusivos, viagens internacionais frequentes e os gastos compatíveis com uma renda bem acima da média da população

Mas e como é possível ter clareza do seu padrão de vida? Existem diversas ferramentas, apps, plataformas e consultores financeiros que podem ajudar você com isto de forma peresonalizada e detalhada. Mas de cara e de forma rápida, você precisa listar e ter clareza dos seguintes pontos:

  • Custos fixos: aqueles valores que você paga de forma recorrente sejam falores pré-fixados ou que sofram pequenas flutuações (ex: aluguel, luz, gás, condomínio, iptu, internet, telefone, etc);
  • Custos variáveis: aqueles valores que você paga de forma variável, seja porque não consome com regularidade, seja porque pode envolver variações maiores de valores (ex: transporte, alimentação, lazer, vestuário, parcelamentos, etc);
  • Custos anuais: aqui entram os impostos (ex: IRPF, IPVA, IRPJ, etc)
  • Reserva financeira: todo valor que você guarde com foco em prevenção de riscos e emergências, planos futuros, independência e tranquilidade financeira.

REALIDADE FINANCEIRA

Realidade financeira diz respeito exatamente ao que você recebe, mês a mês, de redimento, de dinheiro disponível para você, isto é, valor total do que você tem a disposição para cobrir suas necessidades.

Entende-se que uma pessoa tem equilíbrio nas finanças quando seu padrão de vida é compatível com sua realidade financeira, ou seja, o que ela recebe de salário / rendimentos é suficiente para ela cobrir todas as suas necessidades, pagar todas as suas contas fixas e variáveis e, de preferência, guardar um pouco todos os meses na sua reserva financeira.

Se alguém gasta mais do que recebe, a conta não fecha, e aí é que mora o perigo. Quando você tem um padrão de vida acima da sua realidade financeira significa que o que você ganha não custeia todas as suas necessidades (ou o que você imagina ser necessidade), sobram contas em aberto e o risco de endividamento se transformar numa bola de neve é grande.

IMPACTOS

Muitas pessoas que vivem com dívidas, contas em aberto, inadimplentes, por viverem num padrão acima da realidade de suas remunerações costumam vivenciar grandes preocupações, alto grau de ansiedade, tensão, angústia, que impacta diretamente na sua saúde integral. Muitas relatam sofrer de insônia, dores musculares, perda de ânimo, desesperança, depressão, crises de ansiedade entre outros quadros de enfermidades físicas e emocionais. Sendo assim, de cara é possível notar como o desequilíbrio financeiro impacta negativamente na sua saúde, qualidade de vida e bem-estar.

Outro ponto importante é que, quando se tem dívidas, parcelamentos a perder de vista ou que comprometam muitos meses ou anos da sua vida, você pode começar a se sentir refém, trabalhar unicamente para pagar contas e boletos, comprometendo sua liberdade de escolhas e de promover mudanças em momentos que você não esteja mais feliz com sua carreira ou que o trabalho que você faz perde o sentido. E pior se torna a situação quando se perde o trabalho, em situações de crise, como esta que vivenciamos ao longo da pandemia.

Por outro lado, se você se propõe estipular um padrão de vida de acordo com a sua remuneração, isto certamente impactará positivamente em maior tranquilidade no seu dia a dia. O fato de você saber que está com suas contas pagas e/ou programadas, de guardar uma reserva mensal, independente do valor, impacta na sensação de segurança, estabilidade, bem-estar, satisfação, conforto e poder de ação para realizar o que você necessita e deseja, no curto, médio, longo prazo. Como consequência, você simplesmente reduz ou deixa de ter estas preocupações. Ou, se em algum momento imprevistos acontecem, você consegue dar solução, superar, pelo fato de anteriormente ter se organizado, planejado e se proposto a viver de forma congruente com sua realidade financeira. Impacta positivamente na sua saúde, promoção de bem-estar, qualidade de vida, liberdade, autonomia, independência, empoderamento e senso de realização.

Esta reflexão que trago hoje tem o objetivo de provocar você a perceber como tem cuidadado da sua saúde financeira. E que este cuidado é uma ESTRATÉGIA DE AUTOCUIDADO. Se você cuida das suas finanças, faz uma reserva, paga suas contas em dia, vive de acordo com sua realidade, você dificilmente terá um sofrimento intensificado a partir destas questões.

Mas se você ignora ou nega este aspecto, não se planeja, não faz qualquer reserva, não tem ideia de como andam seus custos fixos e variáveis, e gasta como se não houvesse amanhã, certamente em algum momento esta “bomba-relógio” irá explodir, com impactos terríveis na sua saúde mental e levar você a experienciar consequências bastante desagradáveis.

EM BUSCA DO EQUILÍBRIO

Você deve ter notado até aqui que, em nenhum momento, falei de números ou fórmulas ou scripts ideias. Isto foi proposital. A ideia é que você perceba que vai muito além de números e planilhas. Provoco você a perceber que promover sua saúde financeira envolve escolhas, estratégias de enfrentamento saudáveis, pensar em vantagens x desvantagens, autorresponsabilidade, organização, planejamento e disciplina.

Você pode começar a cuidar da sua saúde financeira a qualquer momento. Proponho que você comece hoje mesmo fazendo esta reflexão. Comece pequeno, sem pressa, primeiro entrando em contato com seu estado atual, com o como anda o seu padrão de vida, suas escolhas de consumo e gastos e confrontando com sua realidade financeira. O primeiro passo é perceber o COMO você está vivendo e direcionando seus rendimentos no dia a dia.

A partir desta tomada de consciência, procure listar qual ou quais gastos hoje são desnecessários, os chamados “ralos”. Aqueles gastos que você consegue cortar e que não necessariamente impactará em viver em absoluta restrição ou sofritmento. Experimente e veja você mesmo que é possível.

Avalie o que hoje você tem de realidade financeira, qual seu rendimento individual e/ou da sua família e como andam os gastos em relação a esta realidade. Especialistas recomendam que você tenha um padrão de vida até 70% dos seus ganhos, mas se conseguir ser ainda menor, mais você conseguirá guardar e assegurar maior segurança e liberdade de escolhas.

A grande solução está na educação financeira, que infelizmente até hoje não aprendemos na escola. Mas a boa notícia é que os canais de informação se multiplicaram infinitamente pelo universo online, além de que você pode buscar ajuda profissional de consultores financeiros especializados.

Não tenha receio de buscar ajuda. É um gesto de coragem e de autocuidado que você estará fazendo para você mesmo e pela sua família. Comece hoje mesmo e evite problemas maiores futuros.

Para saber mais sobre o assunto, deixo estes links aqui para você:

https://www.instagram.com/danielfunabashi.ihub/

https://noticias.r7.com/economia/economize/veja-5-sinais-de-que-voce-mantem-um-padrao-de-vida-acima-da-renda-04082020

https://www.onze.com.br/blog/padrao-de-vida/

https://empreenderdinheiro.com.br/blog/padrao-de-vida/

https://www.foregon.com/blog/padrao-de-vida-como-se-readequar-a-sua-realidade-financeira/

TERAPIA SISTÊMICA: o que é?

TERAPIA SISTÊMICA: o que é?

A terapia sistêmica é uma abordagem que integra os campos da biologia e da psicologia com enfoque terapêutico. Ela apresenta raízes na terapia de família, mas pode ser também trabalhada individual, casal, relacionamentos e coletivos.

Esta abordagem tem como ponto de partida o conceito de sistema, proposto pelo biólogo e filósofo austríaco Ludwing Von Bertalanffy em sua Teoria Geral dos Sistemas, onde propôs que um sistema é um “complexo de elementos em interação” (BERTALANFFY, 1968). Isto significa que um sistema é composto de partes interdependentes, que se relacionam e integram este todo de forma dinâmica.

Imagem ilustrativa do conceito de sistema

Em consonância com este conceito, Bronfenbrenner (1979, 2002, 2004) contribuiu com o referencial teórico sistêmico e bioecológico de desenvolvimento humano, entendendo ser o indivíduo um ser integral, composto de diversas partes que se integram num todo, o ser, único, mas também parte de várias esferas de um sistema maior integrado.

Outras teorias que fazem parte desta abordagem envolve as contribuições da cibernética, teorias psicodramáticas, escola e Milão (Mara Selvini Palazzoli, Luigi Boscolo, Gianfranco Cecchin e Giuliana Prata), estrutural, escola de Palo Alto (Watzlawick, Weakland & Fisch, 1974; Fisch, Weakland & Segal, 1982). Aqui no Brasil, teve início na década de 1980, em Curitiba, a partir do trabalho da psicóloga Solange Maria Rosset.

Neste sentido, a pessoa é compreendida enquanto um sistema que, quando suas partes (dimensões de vida, emoções, comportamentos, pensamentos, crenças) estão “funcionando” bem, de forma integrada, consonantes, em equilíbrio, expressam saúde, vive com sentido, sendo este indivíduo capaz de viver com autonomia, independência, assumindo responsabilidade pelas suas escolhas. Por outro lado, se suas partes não se encontram integradas, em equilíbrio, a expressão deste sistema evidenciará sofrimento, adoecimento físico, psicoemocional, impactando negativamente e desiquilibrando suas relações (consigo mesmo, com outras pessoas, família, carreira, etc).

Dimensões do Ser

O sujeito também é compreendido como um subsistema, por exemplo, parte do sistema familiar, sendo que a forma que ele pensa, sente, age, se comporta impacta nos outros participantes deste sistema, seja de forma positiva, saudável, buscando apoio, parceria, reciprocidade nas relações com estes, ou o contrário, de forma negativa, gerando conflitos, desentendimentos, problemas na comunicação e relacionamentos, ou mesmo sendo expressão do adoecimento e sofrimento deste todo em desequilíbrio.

O foco da terapia sistêmica é gerar mudança, autonomia, independência, auxiliar o sujeito a construir e buscar estratégias saudáveis de enfrentamento, promoção de saúde, equilíbrio, viver com sentido, provocando-o a todo momento tornar-se consciente de sua autorresponsabilidade, pela sua vida, escolhas, promoção de bem estar e equilíbrio, ou o contrário, sofrimento, desequilíbrio e adoecimento.

Para o indivíduo buscar a mudança, o ponto de partida do trabalho terapêutico sistêmico é que ele compreenda seu funcionamento sistêmico, padrões mentais, comportamentais e emocionais automatizados, que estejam gerando desequilíbrio, sofrimento, adoecimento. A pessoa é convidada constantemente a refletir como ela está atuando contribuindo para seu sofrimento, de modo que ela possa encontrar estratégias alternativas para estabelecer um novo equilíbrio do seu sistema, consciente que cada ação (ou não ação) implica em consequências, sendo ela responsável pelas suas escolhas, tomadas de decisão, resolução de problemas, acionando seus recursos internos e externos para tanto.

A proposta é que ela coloque em prática ações que promovam saúde, bem estar, reestabelecimento de equilíbrio do seu sistema, com sentido, de forma autônoma e independente, sendo ela capaz de levar consigo as ferramentas e aprendizados do seu processo terapêutico para a vida.

Para saber mais a respeito da Terapia Sistêmica, confira os links abaixo:

https://www.vittude.com/blog/terapia-relacional-sistemica/

https://amenteemaravilhosa.com.br/terapias-sistemicas/

Coaching para Crianças: é possível fazer?

Coaching para Crianças: é possível fazer?

Como hoje vemos no mercado se multiplicar diversos formatos de atuação do coach junto a diferentes nichos de mercado, resolvi trazer um pequeno debate sobre o Coaching para Crianças: será que é possível fazer?

Motivos

Alguns motivos e benefícios que o Coaching para Crianças proporciona:

  • Estruturar melhor divisão e gestão do tempo, ajudando a criança a reconhecer tempo que gasta no cumprimento de tarefas importantes da sua rotina: estudar, ir à escola, fazer as tarefas de casa, estudar para provas, descansar, higiene, alimentação
  • Estimular a criança a criar uma rotina, como uma rota de ação a ser vivenciada rumo ao seu objetivo (ex: estruturar uma rotina com foco em passar de ano sem ficar de recuperação, deixando claro o que ela precisará para concretizar este objetivo)
  • Desenvolver um mindset voltado a aprendizados, entendendo o erro como parte do acertar, como teste hipóteses/possibilidades de caminhos até alcançar melhores resultados
  • Provocar ela a refletir sobre consequências de suas escolhas, ações, de modo a contribuir para que ela encontre melhores soluções para situações do seu dia a dia
  • Desenvolver maior autonomia, independência, resiliência e senso de responsabilidade na resolução de problemas e alcance de seus resultados.

Coach x Psicólogo x Pedagogo

É muito importante falarmos que o trabalho do coach em nenhuma hipótese substitui o trabalho do psicólogo e pedagogo infantil. É fundamental entender que o trabalho do coach deve caminhar em parceria com o destes outros profissionais, uma vez que cada um tem foco num diferente aspecto do desenvolvimento da criança.

Psicólogos infantis atuam auxiliando a criança e suas famílias com os seguintes objetivos:

  • Promover redução de sofrimento emocional frente a eventos traumáticos de vida pessoal ou na sua trajetória escolar
  • Reconhecer e tratar quadros de enfermidade psicopatológicos de ordem emocional, cognitivo, comportamental (ex. transtornos de ansiedade, depressão, transtornos de personalidade, transtornos de espectro autista, déficits cognitivos, etc)
  • Promover orientação dos pais para realização de práticas parentais positivas e que estimulem o desenvolvimento da criança, sua autonomia, aprendizado positivo, monitoramento positivo.
  • Investigar padrões e conexões entre situações, pensamentos, emoções e comportamento da criança e propor trabalho terapêutico de forma a reduzir o sofrimento dela, melhor adaptação a novas situações desafiantes, melhor inserção social e treinamento de habilidades sociais.
  • Trabalhar orientação vocacional com crianças (conhecer as ocupações e profissões) e adolescentes em idade de 1a escolha vocacional.

Já o trabalho do pedagogo envolve as seguintes ações na escola e junto a professores e alunos:

  • Desenvolver projetos educacionais para promover profissionalização e desenvolvimento dos educadores.
  • Atuar como Coordenador, supervisor, liderando sistemas educacionais
  • Implementar, planejar, e acompanhar a qualidade e o desenvolvimento do ensino.
  • Auxiliar o corpo docente estimulando maior criatividade na aplicação das disciplinas, implementar técnicas de estudo, buscar a integração da escola com a comunidade.
  • Organizar os métodos de ensino, estimulando inovação, formação de grupos de professores competentes e motivados e promoção de ensino moderno e referencial.
  • Construir e qualificar equipes de ensino.
  • Orientar estudantes em processo de aprendizagem, utilizando-se de métodos psicológicos (não restritos à psicólogos) e pedagógicos.
  • Promover Orientação vocacional e auxiliar de modo instrutivo e reflexivo jovens na 1a escolha profissional.

Considerações Finais

A partir do que foi pontuado acima, fica melhor entendido o escopo de atuação de cada profissional junto à criança, família e escola. Coaches, psicólogos e psicopedagogos devem cada vez mais conhecer e ter clareza do escopo de atuação de cada profissional de modo a respeitar reciprocamente suas práticas e promover ações conjuntas para potencializar os benefícios, aprendizados e transformações na criança durante seu desenvolvimento.

Coaches podem ser ótimos parceiros dos psicólogos no fortalecer de estratégias e continuidade de treinamento de habilidades sociais, autonomia, independência, atuando no nível mais específico. É importante entender que o Coach deve atuar para potencializar os resultados, promover o poder de ação da criança, mas cabe ao psicólogo cuidar do sofrimento emocional, de questões atitudinais, comportamentais, no sentido de promover saúde psíquica, emocional e melhor inserção/interação social.

Por outro lado, coaches podem ser ótimos parceiros de pedagogos que propõem estratégias de otimização de ensino/aprendizados. O coach atuará no nível específico, gerando metas a partir dos objetivos de aprendizados proposto pela escola e pedagogo, estimulando a criança a realizar pequenas porções diárias de tarefas e comprometimento com seu processo de aprendizado, auxiliando na estruturação de rotina de estudos e incentivando a comemorar cada meta alcançada para promoção de uma criança motivada, resiliente aos desafios da sua jornada de desenvolvimento e escolar