Por que é tão importante registrar e monitorar emoções e pensamentos?

Por que é tão importante registrar e monitorar emoções e pensamentos?

Você já parou em algum momento de sua vida, por livre e espontânea vontade, para registrar emoções e pensamentos que você tem no dia a dia, sem que haja intervenção de algum psicólogo ou de um coach? Se sua resposta for sim, meus parabéns! Se for não, não entre em desespero porque você não está sozinho.

Dos anos que eu atendo como psicóloga e coach de carreira, conto nos dedos da minha mão aqueles que espontaneamente fizeram isso sem sugestão de algum terapeuta ou coach, como estratégia de enfrentar situações difíceis, ultrapassar desafios de vida, carreira, saúde, relacionamento ou qualquer outro tema. Veja este relato:

“No meu processo usei bastante o recurso de escrever, tipo, um diário (um caderno velho mesmo) para registrar os sentimentos, os motivos que eu achava que eram potenciais causas dos sentimentos – especialmente os que me incomodavam. A partir daí desenvolvi a lógica sobre o que não queria para meu futuro e qual seria o caminho que eu teria que percorrer para não cair na mesma condição que não havia gostado 😊. Meio que iniciei o caminho para entrar no prumo por exclusão, já que estava perdida, achei melhor começar pela certeza do que eu não queria para mim.” (V.B)

Este é um relato de uma pessoa que nunca tinha feito psicoterapia, mas que teve este insight  de registrar situações difíceis que viveu buscando identificar seus pensamentos, emoções, e o que ficou de aprendizado positivo daquelas situações, partindo do que não queria repetir até chegar ao que de fato deseja para sua vida. É um relato de uma pessoa com perfil de mindset de crescimento, aberto, curioso e voltado para solucionar problemas e que mostra quão assertivo este monitoramento pode ser na sua caminhada.

Benefícios e Resultados

Pois bem, a Terapia Cognitivo Comportamental, bem como a PNL e a metodologia do Coaching, propõem o registro de situações, pensamentos e emoções a elas associadas como ferramenta de trabalho junto aos pacientes e coachees. Cada uma utiliza desta técnica com objetivos bem específicos, mas com benefícios e resultados muito assertivos na identificação de:

  • Estratégias de enfrentamento
  • Mindset – programação mental (Fixo X de Crescimento)
  • Crenças Limitantes X Crenças Fortalecedoras
  • Pensamentos e comportamentos disfuncionais x funcionais
  • Fobias, transtornos de ordem emocional, psíquica, de personalidade, etc.

Esta ferramenta permite com que o paciente ou o coachee desenvolvam uma atitude ativa frente ao seu processo de transformação, responsabilizando-se diretamente pelos resultados que deseja alcançar.

Além disso, aguça sua autopercepção, desenvolve sua psicoeducação e, mais do que isso, contribui diretamente para ele modificar seu mindset de um perfil fixo para um de crescimento, procurando soluções e saídas assertivas, funcionais e positivas frente a momentos críticos e desafios de vida e carreira. Ou seja, aperfeiçoando cada vez mais sua tomada de decisão integrada, considerando aspectos racionais e emocionais, bem como perdas e ganhos envolvidos nos seus diários processos decisórios.

DISTORÇÕES COGNITIVAS: o que são?

DISTORÇÕES COGNITIVAS: o que são?

As distorções cognitivas são tipos de pensamentos automáticos que apresentamos no dia a dia e que tem como característica principal uma falha avaliativa da realidade e que leva o indivíduo a uma percepção distorcida dela. São pensamentos que evidenciam falhas no processamento da informação e geram vieses de como o sujeito irá interpretar a si mesmo, os outros, suas experiências, o mundo e o futuro. Mas na prática, como isso acontece?

Vamos imaginar o caso de uma pessoa que esteja vivenciando uma crise depressiva. Em meio a seus sintomas de apatia, falta de vontade e de energia para fazer as coisas, perda de sentido de vida, problemas de sono, falta de prazer em atividades antes prazerosas e do seu interesse, entre outros sintomas, surgem pensamentos negativistas, pessimistas, e que a levam a perceber a si, sua vida, suas experiências de forma negativa, desqualificantes. Imaginemos que ela apresentou as seguintes falas:

“Sou um fracasso”

“Nunca conquistei nada, nunca fiz nada de relevante”

“Não adiante eu insistir, eu já tentei todas as possibilidades.”

“Devo ser uma pessoa muito ruim mesmo para estar vivendo tudo isso.”

“Eu deveria ter me esforçado mais, mas agora é tarde demais.”

Perceba quão negativos e pessimistas são estes pensamentos, e o quanto eles impactam potencializando negativamente a experiência emocional desta pessoa para se sentir ainda mais imersa em sentimentos de tristeza e fracasso. Mas observem também algumas caraterísticas que estão presentes nestes pensamentos e que estão interferindo na percepção que ela tem a seu respeito e da sua vida:

ROTULAÇÃO: “Sou um fracasso”, “devo ser uma pessoa muito ruim mesmo para estar vivendo tudo isso.” ou seja, ela entende ser o fracasso e não que teve algumas experiências frustrantes ou que não alcançaram alguns resultados desejados. Atribui como sendo ela integralmente este traço negativo.

PENSAMENTO ABSOLUTISTA: “Nunca conquistei nada, nunca fiz nada de relevante.” , desconsiderando todas as outras experienciadas vivenciadas em outras dimensões de vida e hiperdimensionando a experiência de fracasso. É o famoso “tudo ou nada”, “8 ou 80”.

PREVISÃO NEGATIVA DE FUTURO: “Não adiante eu insistir, eu já tentei todas as possibilidades.” Aqui a pessoa unicamente considera como perspectiva de futuro o fracassar mais uma vez caso tente fazer algo. E isto a leva a paralisar, resignar, por influência desta visão negativa de futuro.

AFIRMAÇÕES “EU DEVERIA…”: “Eu deveria ter me esforçado mais, mas agora é tarde demais.”, isto é, interpretando os acontecimentos em termos de como ela imagina que deveriam ter sido, em vez de focar no que de fato aconteceu e no que pode fazer a partir disso. Um pensamento que potencializa a fixação no passado, nos que não é possível ser mudado, impactando na perda do seu poder de ação para seguir em frente.

Estes tipos de pensamentos são o que chamamos de erros cognitivos ou de distorções cognitivas. Percebem como estes pensamentos automáticos interferem em como a pessoa irá enxergar a realidade e como será sua experiência emocional? Aqui trouxe para você melhor compreender o conceito alguns exemplos práticos, mas existem outros tipos de distorções cognitivas, conforme abaixo:

LEITURA MENTAL: você assume que sabe o que as pessoas pensam, assumindo como verdade, sem fundamentos em fatos e evidências.

CATASTROFIZAÇÃO: acredita que o que aconteceu ou acontecerá será algo de grande magnitude negativa e insuportável de tolerar.

DESQUALIFICAÇÃO DOS ASPECTOS POSITIVOS: assume como triviais ou de pouco valor os aspectos positivos, as realizações e qualidades próprias ou dos outros.

FILTRO NEGATIVO: foca somente nos que há de ruim, negativo, raramente observando ou entrando em contato com os aspectos positivos e agradáveis das experiências.

HIPERGENERALIZAÇÃO: percebe um padrão global de aspectos negativos a partir de uma única situação, entendendo que todas as outras terão o mesmo desfecho.

COMPARAÇÕES INJUSTAS: interpreta acontecimentos a partir de padrões não realistas, focando no como as outras pessoas se saem melhor e entendendo ser pior, inferior a elas a partir de tais comparações.z

*são apenas alguns tipos aqui sinalizados, mas existem outros muitos.

A terapia cognitivo comportamental, bem como a terapia do esquema, auxilia o indivíduo a tomar consciência de suas distorções cognitivas, como elas acontecem no seu dia a dia e de forma automática, quais situações servem-lhe de gatilho para ativá-los rapidamente, aprende a questionar a veracidade destes pensamentos com base em evidênvias e dados de realidade, bem como auxilia a estruturar novos e melhores pensamentos mais adaptativos, realistas e que contribuirá para melhora na sua experiência emocional, bem como estruturar novas estratégias e comportamentos mais saudáveis e adaptados ao seu contexto atual.

Você não precisa estar em depressão ou qualquer outro quadro de sofrimento psicoemocional ou psiquiátrico para apresentar distorções cognitivas. Todos nós temos de alguma forma elas no nosso dia a dia. A diferença está em como lidamos, questionamos, confrontamos e mudamos nosso olhar a partir de sua identificação.

Fazer terapia é uma das estratégias que nos ajuda a melhor nos conhecermos e, consequentemente, melhorar nossa relação com nossos pensamentos, nossas emoções, nossas atitudes com nós mesmos, com os outros e no mundo. Ou seja, fazer terapia é uma grande oportunidade de autoconhecimento e melhoria contínua para todos. E não é preciso esperar vivenciar um sofrimento insuportável para colocar em prática esta estratégia de autocuidado. Permita-se, cuide-se, desenvolva-se, aprimore-se.

Para saber mais, confira:

WRIGHT, J. H., BASCO, M. R. & THASE, M. E. APRENDENDO ATERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL UM GUIA ILUSTRADO. 2008. ARTEMED.

ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO: como funciona

ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO: como funciona

Há momentos em que nos sentimos perdidos e isto é motivo de muito sofrimento. Não conseguimos pensar em saídas, soluções, alternativas para a problemática existencial que estamos vivenciando naquele momento. É aí que entra o aconselhamento psicológico como um dos serviços prestados por psicólogos para ajudar você.

Por definição, se refere a um processo “de criar condições para que a pessoa faça, ela própria, o julgamento das alternativas e formule suas opções” (Portugal, A. 2015). Por este viés, o aconselhamento psicológico proporciona um espaço de escuta ativa de uma questão específica que esteja provocando sofrimento no paciente e o psicólogo atua de forma a provocá-lo a identificar possíveis resoluções, temporárias ou definitivas para o problema por ele vivenciado, reconhecer perdas e ganhos, vantagens e desvantagens envolvidas nas soluções possíveis identificadas para que o paciente possa tomar uma decisão.

Neste sentido, o aconselhamento psicológico visa auxiliar o paciente no seu processo de escolha. O psicólogo não indica o caminho, não se coloca na posição de dar conselhos muito menos dizer como ele faria para solucionar a questão trabalhada. O psicólogo entra para fornecer ao paciente ferramentas para que ele mesmo avalie os pontos que envolve sua problemática e encontre caminhos mais assertivos para resolver e tomar sua decisão.

Carl Roger propôs uma abordagem centrada na pessoa, conhecida como psicologia humanista existencial, e na obra Counseling and Psychotherapy gerou contribuições que ampliou o entendimento do conceito de aconselhamento, aproximando-o da psicologia clínica. Neste sentido, ele propôs :

“Ser realmente o que se é, eis o padrão da vida que lhe parece ser o mais elevado, quando é livre para seguir a direção que quiser. Não se trata simplesmente de uma opção intelectual, mas parece ser a melhor descrição do comportamento hesitante, provisório e através do qual procede à exploração daquilo que quer ser” (Rogers, 1973, p. 155).

Sendo assim, a ideia do processo de aconselhamento psicológico e auxiliar o paciente em seu crescimento, sendo o psicólogo instrumento para promover espaço de escuta ativa, desenvolvimento e fornecer ferramentas para que o indivíduo busque autonomia, faça suas escolhas com independência, liberdade e possa seguir na sua caminhada rumo ao que se propõe ser.

Como etapas de um processo de aconselhamento, temos:

  1. Identificação do problema de forma específica;
  2. Ampliação de campo de visão sobre fatores relacionados ao problema;
  3. Avaliação e tomada de consciência pelo paciente dos seus recursos que podem ser desenvolvidos rumo à resolução do seu prolema;
  4. Reconhecimento por ele do que precisa ser feito para a resolução do problema;
  5. Avaliação de vantagens e desvantagens, bem como dos seus critérios de tomada de decisão;
  6. Alavancagem das condições e atitudes para colocar em prática a resolução mais assertiva por ele identificada;
  7. Tomada de decisão.

Para saber mais, acesso:

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-34822014000100002

https://psicologado.com.br/atuacao/aconselhamento-psicologico/sobre-o-aconselhamento-psicologico

As 4 Forças da Psicologia

As 4 Forças da Psicologia

A ideia deste artigo surgiu fruto de dúvida muito recorrente que clientes que aparecem pela 1ª vez em sessão apresenta: “Lilah, por que existem várias linhas de terapia? Tem alguma diferença?”. E com o objetivo de clarificar um pouco mais esta dúvida sobre a psicologia, psicoterapia, resolvi escrever este texto sobre as 4 forças da psicologia, a visão metodológica por cada uma delas e seus principais autores.

A PSICOLOGIA

A Psicologia é uma ciência que estuda processos psíquicos, emocionais e comportamentais, e que conversa com diversas outras áreas relacionadas ao comportamento individual e de grupo, por exemplo a medicina, biologia, sociologia, antropologia, neurociências entre outras. Dentro da psicologia, existem diversas teorias que manifestam diferentes pensamentos, metodologias, técnicas, que revelam a multiplicidade de correntes, escolas, autores, e, mais do que isso, formas de observar, entender, explicar o fenômeno da existência humana, compreendendo o pensar, o sentir, o agir, o manifestar e o transformar.

1ª FORÇA: PSICANÁLISE

Esta linha teórica tem como seu principal autor Sigmund Freud (1856-1939), que era médico neurologista e primeiramente estudou fenômenos psíquicos, estruturando a teoria psicanalítica. Esta teoria trás uma proposta metodológica de escuta ativa (psicanalista) ao livre discurso e associação de ideias(paciente), sendo este discurso porta de acesso aos desejos, fantasias, impulsos e aos níveis da psiquê (ID, Ego, Superego, 3 níveis do Inconsciente) do indivíduo.

É uma linha entendida como psicodinâmica, isto é, que compreende o comportamento como resultado das manifestações psíquicas (desejos, impulsos, fantasias), estruturada com objetivo de tratar as psicopatologias através desta escuta ativa do livre discurso dos pacientes. Para Freud, o desejo sexual e as pulsões de vida (eros) e morte (tânatus) são as forças motriz e norteadora de toda a manifestação psíquica e comportamental. Além disso, esta linha foi a 1ª a se preocupar com as manifestações psicossomáticas de sintomas, ou seja, expressões no corpo de conteúdos psico-emocionais não nomeados e expressos pelo discurso.

2ª FORÇA: BEHAVIORISMO OU PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL

Esta 2ª força da psicologia trás o olhar científico para a psicologia, a partir dos estudos de John B. Watson (1878-1958), psicólogo americano, que estruturou a teoria comportamental, a partir de seus estudos de laboratório sobre condicionamento operante em ratos de laboratórios. Ele trás este olhar da psicologia com foco no comportamento, ou seja, no que é de fato manifesto pelo indivíduo, sem incluir os fenômenos internos que, segundo ele, não seriam mensuráveis à observação, daí o enfoque no comportamento expresso.

Nesta abordagem, o objeto de estudo e trabalho da psicologia é o comportamento e entende a psicologia como ramo das ciências da natureza, biológicas. Repudia os autores com viés mentalista, a introspecção e os fenômenos psico-emocionais.

Porém vale ressaltar que este é o primeiro autor e os primeiros estudos desta 2ª força da psicologia. Mas, como todas as áreas, houve contribuições de outros autores que levaram a evolução, melhoria contínua, e expansão de conceito.

E aqui vale chamar a atenção para o autor Aaron Beck (1921- ), psiquiatra que estruturou a metodologia da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), entendida dentro desta 2ª força da psicologia como parte da 3ª onda da TCC, sendo a 1ª onda, a linha comportamental behaviorista (acima comentada), a 2ª onda a terapia cognitiva, e a 3ª onda a proposta do Beck, da terapia cognitivo comportamental, que inclui o estudo e manejo das cognições (pensamentos), das emoções e do comportamento, como parte estruturante do fenômeno humano .

 3ª FORÇA: HUMANISTA

A 3ª força da psicologia – humanista – surgiu como uma reação direta à proposta comportamental da 2ª força, visto mais acima. Segundo a visão humanista, o behaviorismo via o ser humano como uma máquina, ignorando seus fenômenos internos, processos afetivos e emocionais, e isto era insuficiente para compreensão e manejo das questões humanas e existenciais.

Nesta abordagem, que se destacou a partir da década de 1950, o ser humano é entendido como ser criativo, dotado de habilidades e capacidades de autorreflexão, tomada de decisão, de fazer escolhas e com valores norteadores da sua existência, isto é, uma capacidade de promover autorrealização. Seu autor considerado fundador desta 3ª força é o Abraham Maslow, que já defendia a bandeira de que, muitas vezes, adoecemos não só por aspectos patológicos, mas também por bloquear ou inibir aspectos saudáveis.

O objetivo da psicoterapia nesta vertente é de desenvolver e promover indivíduos criativos e saudáveis. E Carl Rogers foi um dos autores de maior destaque com o seu enfoque de psicoterapia centrada na pessoa, chamando a atenção para a capacidade do ser humano de modificar e ressignificar conceitos sobre si mesmo, suas posturas, comportamentos, e suas realizações, especialmente em ambientes e contextos que favoreçam a expressão do seu potencial e desenvolvimento psíquico.

4ª FORÇA: TRANSPESSOAL

A abordagem transpessoal,que surgiu a partir da década de 1970, é entendida como a 4ª força da psicologia por promover uma visão mais integrativa, um sincretismo teórico que inclui as contribuições de Carl G. Jung (Psicologia Analítica), Abraham Maslow, Viktor Frankl (Logoterapia), Ken Wilber , Stanislav Grof, Fritz Pearls e Max Wertheimer (Psicologia da Gestalt). Neste sentido, a visão de homem era de que o indivíduo precisa transcender à sua psiquê para busca de integração e conexão com o todo e realidades maiores, mais abrangentes (transpessoais).

Nesta abordagem, o homem é visto como um ser parte de um sistema maior e que ambos exercem influência recíproca no desenvolvimento. A psicologia transpessoal promove o estudo e técnicas que promovam expansão da consciência, como a hipnose, meditação, técnicas de relaxamento, além de promover diálogo com a física quântica. Há aqueles que a nomeiam como linha espiritualista por promover este olhar de busca da transcendência e conexão com o todo, seja ele Deus, natureza, universo, as artes, ou contextos mais socioantropológicos, macro ou microssociais.

Considerações Finais

Esta contribuição de hoje serve para ampliar um pouco o conhecimento sobre a psicologia, especialmente para o público leigo e/ou curioso, que gosta de saber mais sobre autoconhecimento e desenvolvimento humano.

Mais importante ainda é chamar a atenção de que nenhuma das linhas de psicoterapia é melhor ou pior que outra. Elas estão ao nosso dispor para que possamos nos conectar com aquela que melhor faz sentido para o nosso “cavar” e “lapidar” contínuo que o autoconhecimento em processo de psicoterapia nos convida fazer diariamente. O texto ajuda a compreender um pouco mais sobre as diferentes abordagens e seus autores de referência, assim como visões e contextos sócio-histórico de estruturação.

DEPRESSÃO: o que é e quais sintomas

DEPRESSÃO: o que é e quais sintomas

Muita gente ainda tem receio de falar sobre depressão, mas ele é mais presente do que se possa imaginar no dia a dia dos brasileiros. E a pandemia só contribuiu para agravar casos de depressão e ansiedade no mundo. Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), no Relatório Mundial de Saúde Mental de 2022, a depressão cresceu em 28% na população mundial e os casos de ansiedade elevam em 26% no último ano. No Brasil, os dados oficiais mostram um crescimento de 7,7%% para 14,8% dos brasileiros (entre jovens de 18 a 24 anos), sendo o Brasil o país com maior índice de pessoas ansiosas do mundo, 9,8%.

Estes números não só trazem um alerta da importância em falar e psicoeducar nossa sociedade sobre o que é esta doença, como melhor lidar com pessoas com este tipo de sofrimento, assim como buscar e promover ações socioeducativas e  na esfera de saúde pública para promover qualidade de vida, vida com sentido, autocuidado, saúde integral e bem estar.

A depressão é um distúrbio emocional, afetivo e que interfere na forma como a pessoa percebe a sua vida, a si mesmo, os outros e o mundo. Isto porque pessoas que sofrem de depressão, seja um evento episódico ou que acompanha ela por toda uma vida, apresentam comprometimento significativo no seu humor, nas suas relações, na sua energia, disposição física/mental e interesse, manifestando a diminuição significativa ou perda destes indicadores tanto no nível do pensar, do sentir como do agir.

Traduzindo em uma lista de sintomas mais comuns em adultos, a depressão costuma se apresentar a partir da expressão de pelo menos 5 ou mais sintomas dos listados a baixo por um tempo de duas ou mais semanas de forma persistente, incluindo os sintomas humor deprimido ou falta de interesse e prazer necessariamente:

  • Apatia e falta de motivação: para engajar-se em atividades e fazer as coisas no dia a dia. A procrastinação é uma expressão muito comum disto;
  • Medos: que antes não existiam e passam a existir e/ou serem potencializados;
  • Dificuldade de concentração e foco;
  • Perda ou aumento de apetite;
  • Alto grau de pessimismo: refletido na forma de pensar os eventos/situações do dia a dia, como enxerga a si e aos outros, sem perspectiva de futuro e com capacidade de sonhar rebaixada ou comprometida;
  • Indecisão: dificuldade para tomar decisões em diferentes campos de vida, muitas vezes sentido-se paralisada, sem saber o que fazer, como resolver suas dificuldades e problemas
  • Insegurança: muitas vezes se sentido incapaz ou sem forças para fazer as coisas do seu dia a dia, para sair de casa, trabalhar, socializar-se;
  • Sentimento de Culpa frequente;
  • Insônia ou Hipersonia: um dos sintomas de ansiedade muito comum que aparece em comorbidade com quadros depressivos. Dificuldade para relaxar, ter um sono de qualidade, dorme poucas horas ou tem sono interrompido. Ou pode também apresentar hipersonia (dormir demais) como forma de não suportar acessar os problemas e sofrimento emocional;
  • Falta de vontade em fazer atividades antes prazerosas: perda sensação de prazer e desfrute;
  • Sensação de vazio: perda de sentido da vida
  • Irritabilidade
  • Raciocínio mais lento
  • Esquecimentos frequentes
  • Ansiedade: agitação mental (fluxo contínuo de pensamentos) e motora, fatores que drenam bastante energia e que potencializam no nível físico o desânimo e falta de disposição;
  • Angústia: refletida em sentimentos de tristeza diária, humor deprimido, por período prolongado de tempo;

Há casos em que a ideia de morte também se faz presente (ideação suicida) pelo nível de sofrimento causado à pessoa, comprometimento de seu funcionamento social, produtivo e especialmente por perda de sentido de vida associado ou não ao sentimento de culpa.

Um ponto muito importante a falar é que, ao contrário do que muitos de nós imaginamos, a pessoa que sofre com a depressão não necessariamente representa aquela imagem de pessoa que chora todos os dias, que não sai da cama, não faz sua higiene pessoal e está completamente prostrada.

Muitas delas continuam produtivas, fazendo as suas tarefas do dia a dia, e até mesmo sorrindo, porém seu sofrimento é intenso e perpassa pela sua cognição (seu pensar de si, dos outros, do mundo e do futuro), suas emoções (humor deprimido, irritabilidade) e anedonia (falta de interesse e prazer). Suas dimensões de corpo, mente e espírito sofrem impactos significativos, mas é importante sempre avaliar a mudança a partir da trajetória da própria pessoa, e não comparar ela com outros. Pois se ela sempre foi muito ativa no seu dia a dia, não necessariamente ela irá parar por completo, mas sim apresentar mudanças significativas no seu padrão comportamental, forma de pensar, sentir, agir, relacionar-se por um período a partir de 2 semanas de forma persistente.

A função da Terapia no manejo da Frustração

A função da Terapia no manejo da Frustração

Frequentemente ouço relatos de pessoas, sejam em sessão de terapia, seja em conversas familiares ou amistosas, trazendo sofrimentos relacionados à frustração. Algumas até colocam como uma inabilidade ou mesmo limitação a dificuldade em lidar com frustrações, sendo que as mais categóricas chegam a afirmar “eu não sei lidar com frustrações”. E algumas perguntas frequentemente surgem em minha mente: será que as pessoas sabem o que é frustração? Será que elas percebem quando acontecem, quando se frustram e quais fatores relacionados às suas frustrações? Daí surgiu o motivo para escrever estas linhas de hoje aqui no blog.

São diversas as definições que podemos encontrar do termo frustração, a exemplo:

  1. “estado de um indivíduo quando impedido por outrem ou por si mesmo de atingir a satisfação de uma exigência pulsional.” (dicionário Oxford Languange)
  2. “sentimento, uma emoção que ocorre quando algo que era esperado não ocorreu.” (https://www.significados.com.br/frustracao/)
  3. “sentimento desagradável que se produz quando as expectativas de uma pessoa não são satisfeitas por não poder conseguir aquilo que pretende.”(https://conceito.de/frustracao )

Só aqui temos três diferentes perspectivas a respeito do termo, porém o ponto em comum é: frustração gera insatisfação. Aprofundando um pouco mais, podemos identificar alguns tipos de frustração:

  1. Frustração por não ter necessidades atendidas: sejam elas emocionais, fisiológicas, materiais;
  2. Frustração por não alcance de um objetivo: seja qual for a meta, o objetivo, o indivíduo se sente frustrado ao não concretizar ou ser impedido por ele mesmo e/ou fatores externos de concretizar o que estabeleceu como objetivo;
  3. Frustração por elevadas e/ou distorcidas expectativas: quando o indivíduo não encontra na realidade, nas situações, nas interações, fatos congruentes com suas expectativas, termina se decepcionando consigo ou com o(s) outro(s), ou com o contexto, quando o que se apresenta é diferente do que ele esperava(expetava).
  4. Frustração por perda: seja de pessoas importantes, relacionamentos rompidos, perdas materiais, de um emprego, projeto, etc;
  5. Frustração dilemática: quando o sujeito necessita tomar decisão, fazer uma escolha e percebe que a escolha que fizer implicará em perdas e ganhos, ou seja, terá de escolher 1 entre diversas opções, o que o levará a abrir mão das outras e de alguns benefícios;
  6. Frustração por falta de reconhecimento: por falta de gratificação positiva, emocional e/ou material, ou seja, por não ser validado pelos outros em suas habilidades, talentos, resultados, desempenho ou mesmo por não ser promovido, premiado com bônus ou outro tipo de reconhecimento material.

São tantas? Pois é…O fato é que frustração é algo parte da vida, isto é, em algum momento (ou vários) nos depararemos com este sentimento, porque fatos acontecem, a maior parte deles estão fora do nosso controle, e muitos deles podem chegar de surpresa, de forma totalmente imprevisível, com menor ou maior impacto na nossa vida (ex. pandemia que nos levou ao isolamento social compulsório, perdas de familiares e amigos, perdas de emprego, crise econômica, limitação da liberdade, etc) . Daí a importância da terapia como estratégia no manejo da frustração.

A terapia é um espaço livre de qualquer julgamento. É aquele lugar que você chega e fala como quiser, rindo, chorando, com ou sem escárnio, raiva, perplexidade e outras emoções. Fala coisas que não se sentiria à vontade para falar com outras pessoas, mesmo as mais próximas e da sua confiança, seja por qual motivo for: sentir-se perdido(a), confus(a), receio de machucar, de ser mal compreendido, de não atender as expectativas, receio de perder ou alguém importante afastar-se por não gostar ou concordar com o que você disse.

Mas este falar exatamente o que você pensa e sente faz toda a diferença no manejo da frustração. É a partir do reconhecimento do que você acontece internamente a você, seus pensamentos, suas emoções, suas percepções, expectativas, fatores limitantes, tudo isso é material para a terapia. Porque é a partir deste conteúdo que você tem oportunidade de expressar suas verdades, sejam quão duras ou felizes elas sejam. E é a partir deste material que você tem, na terapia, a oportunidade de ampliar seu campo de visão sobre si  mesmo, os outros, as situações, o mundo e sobre o futuro.

Por estes princípios da ética, do não julgamento , da escuta ativa, do acolhimento, da empatia, do respeito, lugar de fala, da livre associação e expressão de ideias é que a terapia se torna importantíssimo espaço para toda e qualquer pessoa manjar e aprender a lidar com suas frustrações. É um espaço que provoca você a trabalhar a aceitação da frustração como algo parte da vida, mas que você poderá aprender e encontrar novos sentidos, ao compreender que fatores contribuíram para que se sinta frustrado(a), se eles são internos ou externos a você, se você tem ou não poder de ação para modificá-los ou modificar a realidade que se apresenta, desenvolver novas estratégias de enfrentamento para seguir e não ficar fixado na frustração, nem deixar de viver novas experiências por sentir-se frustrado(a) em algum momento.

A terapia auxilia você garimpar e levar consigo aprendizados a partir de cada momento de vida, sejam os mais felizes, sejam os mais limitantes, tristes, decepcionantes. Podemos aprender com cada situação que vivemos, a depender da nossa disposição e abertura emocional.

Por isso, deixo aqui este convite: FAÇA TERAPIA. Ao contrário do que muita gente ainda pensa, terapia não é coisa de gente louca ou com problemas mentais. Terapia é para pessoas corajosas e dispostas ao auto-enfrentamento, sejam elas com ou sem qualquer transtorno mais significativo. Qualquer pessoa pode e deve fazer terapia, exatamente por ser uma incrível estratégia de aprendizado, autoconhecimento, regulação emocional, desenvolvimento de habilidades sociais e outros muitos benefícios. Experimente e sinta você mesmo os benefícios e transformações que ela proporciona.

Benefícios do Coaching de Carreira

Benefícios do Coaching de Carreira

O Coaching de Carreira oferece vários benefícios por trás do trabalho  entre coach e coachee, que impactam não somente na sua carreira, mas na sua vida como um todo. Confira abaixo quais são os principais:

Foco

O trabalho do coach de carreira ajuda o cochee (cliente) a identificar qual direcionamento de carreira, estilo de vida, ele deseja viver. A partir de um mapeamento do perfil comportamental, aplicação de algumas ferramentas de autoavaliação e levantamento de aprendizados de sua jornada até aqui, o coachee terá condições de definir seu foco de atuação profissional, decidir cursos e trabalhos compatíveis com este foco, trazendo clareza para sua tomada de decisão.

Autoconhecimento

Aqui a proposta é conhecer-se para usar o que há de melhor em você, aprimorar habilidades, desenvolver e fortalecer competências, aprender a usar ferramentas e estratégias para alcançar o que deseja para sua carreira. Neste sentido, o coach irá aplicar avaliações de perfil comportamental, reconhecimento de valores, missão, de modo que você se aprofunde seu conhecimento sobre você mesmo, crucial nas tomadas de decisão sobre vida e carreira.

Gestão Emocional

No coaching, é proposto ao coachee desenvolver e fortalecer sua autoconfiança, busca de equilíbrio, reduzir índice de estresse, reconhecimento de emoções positivas e negativas, aprender a lidar com elas, bem como aprender estratégias para superar impactos negativos de algumas emoções e construir maturidade emocional.

Direcionamento

O coaching de carreira auxilia o coachee a criar uma rota de ação rumo ao objetivo que deseja alcançar, seja de transição, de mudança, ou mesmo de ressignificação de carreira. Isto impacta diretamente no incentivo e potencializa a tomada de decisões assertivas, otimização de tempo e recursos a serem investidos na sua jornada de realinhamento profissional.

Planejamento e Organização

Planejar etapas para concretizar sua rota de ação é um importante para saber por onde começar e o que será necessário ser feito em cada etapa da sua jornada. A organização é imprescindível para assimilar como hábito positivo e imprescindível na sua jornada profissional e pessoas. Através de ferramentas de identificação e classificação de atividades e tarefas como prioridade, urgentes e circunstanciais, o coachee terá condições de identificar ações que só ele pode fazer ou se poderá delegar outras de modo a deixar sua agenda melhor customizada, com tempo para descanso e atenção a questões pessoas, com ações alinhadas ao seu projeto de vida.

Ação

O coaching é extremamente positivo e impulsionador quando falamos de ação. Como a sua metodologia é baseada em tarefas e ferramentas, evidências que deixem claro para o coachee e seu coach das suas ações tomadas, o trabalho termina provocando a assimilação de uma filosofia de vida baseada em resultados. Ele exige prática e compromisso constante do cliente com seu processo, direcionando-o o tempo todo a agir.

Melhoria Contínua

Para o coaching, erros ao longo da jornada pessoal e profissional são encarados como parte do aprendizado e da busca de novos estágios evolutivos. É um trabalho que pretende criar no coachee uma mentalidade e prática de busca de melhoria contínua de seus resultados, e de que grandes conquistas são feitas de passos, de pequenas realizações diárias.

Espero que este texto possa contribuir na sua decisão de contratar um coaching de carreira para ajudar você na sua jornada de alinhamento pessoal e profissional.

Qual a diferença entre Coaching e Psicoterapia?

Qual a diferença entre Coaching e Psicoterapia?

Esta é uma pergunta bem frequente entre pessoas que são curiosas sobre o que é Coaching ou estão em dúvidas se o melhor para ela é contratar um Coach ou fazer psicoterapia. E hoje eu quero ajudar a melhor esclarecer esta questão.

O que é o Coaching?

O Coaching é uma metodologia de desenvolvimento e capacitação de pessoas, lideranças e grupos. É voltada a potencializar e promover o poder de ação individual e de equipes, a partir da identificação do estado atual, incômodos, insatisfações, visualização do estado desejado, objetivo, e geração de uma rota, um plano de ação a ser trilhado rumo ao resultado a ser alcançado.

Tem um foco comportamental e voltado a resultado, mas sem um caráter clínico envolvido. A depender do enfoque dado, pode promover benefícios e estratégias de como melhor lidar com as emoções, saúde e equilíbrio geral.

No Coaching, o coach (o profissional) utiliza um arsenal de ferramentas e técnicas de diversas áreas como a psicologia, a administração, neurociências, gestão de pessoas, visando maior foco, planejamento, organização, poder de ação, otimização de resultados por parte do cliente (empresa ou pessoa = coachee) e melhoria contínua.

O tempo num processo de Coaching tem início, meio e fim, seja na estrutura das sessões, seja pelo fato de se percorrer um plano, uma rota, um número de sessões previamente estabelecido para o desenvolvimento do trabalho.

O que é Psicoterapia?

A Psicoterapia propõe um trabalho com o indivíduo ou com grupos focado no caráter clínico, buscando tratar desequilíbrios de ordem emocional e/ou comportamental que impactem no saúde integral do paciente. Durante a psicoterapia, é percorrido um caminho para identificar os por quês de tais desajustes psíquicos de modo a propor um tratamento visando recuperação da saúde mental, equilíbrio, alinhamento de emoções, bem estar integral.

Na Psicoterapia, a depender da linha de referencial teórico-clínico, o terapeuta irá se utilizar de técnicas com enfoque no discurso, comportamento e/ou  manifestações de sintomas no corpo (psicossomática), com objetivo de remissão de sintomas, cura integral e progressiva, promoção de equilíbrio e bem estar físico e mental.

A relação com o tempo, na Psicoterapia, é elástica e psicológica, ou seja, o paciente interage com seu passado, presente e futuro sem uma estrutura temporal cronológica previamente definida, mas sim a partir da sua queixa e discurso. Um outro aspecto é que a duração de um trabalho de psicoterapia não estipula um número prévio de sessões a serem realizadas, pois relaciona-se com o tempo de enfrentamento, aprendizado e reestabelecimento do equilíbrio por parte do paciente.

Espero que estas respostas propostas acima possam ajudar você a melhor direcionar sua busca seja por um Coach ou seja por um Terapeuta. Desejo que você alcance os melhores resultados e o seu equilíbrio seja qual for a sua decisão. E conte comigo para direcionar as melhores estratégicas na sua jornada de autoconhecimento e alcance de melhores resultados.

SEQUESTRO EMOCIONAL: o que é?

SEQUESTRO EMOCIONAL: o que é?

Sequestro emocional  diz respeito ao sentir e agir antes mesmo de qualquer organização e processamento de informações da experiência vivida, ou seja, antes de entender e nomeá-las. 

Isso significa manifestar comportamentos impulsivos, a partir de emoções vivenciadas frente a situações, sem medir consequências. Daí muitas pessoas podem manifestar arrependimento, provocar impactos negativos, perdas ou consequências graves posteriormente por suas ações impensadas.

Quem criou este conceito foi o psicólogo Daniel Goleman para descrever o processo onde impressões sensoriais são enviadas diretamente do tálamo à amígdala, antes de serem plenamente processadas pelo neocórtex. Mas quem identificou primeiramente este processo foi o neurocientista americano Joseph E. LeDoux, em 1993. 

O sequestro emocional pode resultar em comportamentos impulsivos e inapropriados, dos quais os indivíduos podem vir a se arrependerem posteriormente, por exemplo, um acesso de fúria que podem resultar em agressão ou assassinato, onde a pessoa age com base em um impulso intenso de raiva, sem refletir ou pensar nas consequências de seus atos no momento da ação. 

E como evitá-lo? Confira as dicas abaixo:

  • Autoconsciência e Autopercepção: procure tomar consciência das situações que para você são gatilhos de medo, raiva ou que provoque você agir impulsivamente. Nomeie elas antes de agir, por exemplo “neste momento sinto medo”, “estou ansioso”, “estou com raiva”;
  • Regulação gestão emocional: desenvolva maior tolerância às emoções, especialmente às agradáveis, melhor auto-observação e percepção do como elas se manifestam no seu corpo;
  • Respire e conte antes de agir: respire, conte até 6 ou até 10 antes de agir, seja para fugir da situação, seja para atacar, explodir, ou seja, antes de agir impulsivamente. Isto permite seu cérebro dissipar a cascata de neurotransmissores envolvidos antes de agir;
  • Mindfullness: exerecícios de mindfullness são excelentes para promover autoconsciência, regulação emocional, atenção plena e evitar o sequestro emocional;
  • Tenha uma válvula de escape: aqui os esportes, atividades corporais em geral, atividades artísticas, meditação, jardinagem e outras práticas são excelentes ferramentas para que possa liberar as emoções de forma assertiva;
  • Faça terapia: como estratégia de promover todas as outras acima, ampliar seu autoconhecimento, aprender estratégias de regulação emocional, identificação de emoções, treinamento de habilidades sociais, inteligência emocional entre outros conhecimentos e estratégias de promoção de saúde mental.