PADRÃO DE VIDA X REALIDADE FINANCEIRA

PADRÃO DE VIDA X REALIDADE FINANCEIRA

Você sabe o que é padrão de vida? Sabe como anda o seu? Ele está de acordo com a sua realidade financeira? Vamos refletir um pouco a respeito destes 2 conceitos, como eles impactam na sua saúde mental e como você pode encontrar o equilíbrio.

PADRÃO DE VIDA

Padrão de vida, enquanto indicador econômico, diz respeito à quantidade de serviços e produtos disponíveis per capita numa população. Mas quando falamos do padrão de vida de uma pessoa, consideramos, em verdade, que se trata do conjunto que envolve todos os gastos e custos que ela tem relacionados às suas necessidades (objetivas e subjetivas).

Estipular e ter clareza a respeito do seu padrão de vida é importante para você saber quais são suas prioridades e gerenciar suas finanças de acordo com as necessidades. Sendo assim, entendemos que uma pessoa que tem saúde financeira, equilíbrio nas finanças, é alguém que consome produtos e serviços de acordo com o que de fato necessita, com suas prioridades, dentro da sua realidade financeira, incluindo, como parte desta gestão, uma reserva de emergência e investimentos.

De modo mais genérico, temos como referência os seguintes tipos de padrão de vida:

  • Padrão de vida baixo:é o padrão mínimo para viver de forma digna. Envolve somente atender as necessidades básicas como moradia de baixo custo, vestuário básico, saneamento, energia, internet de baixo custo ou wi-fi gratuito, acesso à educação, transporte e saúde públicas, eletrodomésticos básicos e somente os necessários, alimentação e opções de lazer (gratuitas ou de baixo custo);
  • Padrão de vida médio:é entendido como o padrão mediano. Além de atender as necessidades do padrão mínimo, já inclui outros itens de maior valor como carro popular, casa/ap próprio ou de aluguel confortável, internet e TV a cabo, acesso a escolas, cursos e universidades, plano de saúde, roupas e eletrodomésticos de qualidade, condições de pagar por serviços não prioritários, viajar periodicamente (e se possível ter reserva financeira e investimentos);
  • Padrão de vida alto:é entendido como padrão mais luxuoso e dispendioso, que inclui acesso a todos os bens e serviços da classe média em uma categoria superior, como carros e casas de alto padrão, roupas de grife, serviços exclusivos, viagens internacionais frequentes e os gastos compatíveis com uma renda bem acima da média da população

Mas e como é possível ter clareza do seu padrão de vida? Existem diversas ferramentas, apps, plataformas e consultores financeiros que podem ajudar você com isto de forma peresonalizada e detalhada. Mas de cara e de forma rápida, você precisa listar e ter clareza dos seguintes pontos:

  • Custos fixos: aqueles valores que você paga de forma recorrente sejam falores pré-fixados ou que sofram pequenas flutuações (ex: aluguel, luz, gás, condomínio, iptu, internet, telefone, etc);
  • Custos variáveis: aqueles valores que você paga de forma variável, seja porque não consome com regularidade, seja porque pode envolver variações maiores de valores (ex: transporte, alimentação, lazer, vestuário, parcelamentos, etc);
  • Custos anuais: aqui entram os impostos (ex: IRPF, IPVA, IRPJ, etc)
  • Reserva financeira: todo valor que você guarde com foco em prevenção de riscos e emergências, planos futuros, independência e tranquilidade financeira.

REALIDADE FINANCEIRA

Realidade financeira diz respeito exatamente ao que você recebe, mês a mês, de redimento, de dinheiro disponível para você, isto é, valor total do que você tem a disposição para cobrir suas necessidades.

Entende-se que uma pessoa tem equilíbrio nas finanças quando seu padrão de vida é compatível com sua realidade financeira, ou seja, o que ela recebe de salário / rendimentos é suficiente para ela cobrir todas as suas necessidades, pagar todas as suas contas fixas e variáveis e, de preferência, guardar um pouco todos os meses na sua reserva financeira.

Se alguém gasta mais do que recebe, a conta não fecha, e aí é que mora o perigo. Quando você tem um padrão de vida acima da sua realidade financeira significa que o que você ganha não custeia todas as suas necessidades (ou o que você imagina ser necessidade), sobram contas em aberto e o risco de endividamento se transformar numa bola de neve é grande.

IMPACTOS

Muitas pessoas que vivem com dívidas, contas em aberto, inadimplentes, por viverem num padrão acima da realidade de suas remunerações costumam vivenciar grandes preocupações, alto grau de ansiedade, tensão, angústia, que impacta diretamente na sua saúde integral. Muitas relatam sofrer de insônia, dores musculares, perda de ânimo, desesperança, depressão, crises de ansiedade entre outros quadros de enfermidades físicas e emocionais. Sendo assim, de cara é possível notar como o desequilíbrio financeiro impacta negativamente na sua saúde, qualidade de vida e bem-estar.

Outro ponto importante é que, quando se tem dívidas, parcelamentos a perder de vista ou que comprometam muitos meses ou anos da sua vida, você pode começar a se sentir refém, trabalhar unicamente para pagar contas e boletos, comprometendo sua liberdade de escolhas e de promover mudanças em momentos que você não esteja mais feliz com sua carreira ou que o trabalho que você faz perde o sentido. E pior se torna a situação quando se perde o trabalho, em situações de crise, como esta que vivenciamos ao longo da pandemia.

Por outro lado, se você se propõe estipular um padrão de vida de acordo com a sua remuneração, isto certamente impactará positivamente em maior tranquilidade no seu dia a dia. O fato de você saber que está com suas contas pagas e/ou programadas, de guardar uma reserva mensal, independente do valor, impacta na sensação de segurança, estabilidade, bem-estar, satisfação, conforto e poder de ação para realizar o que você necessita e deseja, no curto, médio, longo prazo. Como consequência, você simplesmente reduz ou deixa de ter estas preocupações. Ou, se em algum momento imprevistos acontecem, você consegue dar solução, superar, pelo fato de anteriormente ter se organizado, planejado e se proposto a viver de forma congruente com sua realidade financeira. Impacta positivamente na sua saúde, promoção de bem-estar, qualidade de vida, liberdade, autonomia, independência, empoderamento e senso de realização.

Esta reflexão que trago hoje tem o objetivo de provocar você a perceber como tem cuidadado da sua saúde financeira. E que este cuidado é uma ESTRATÉGIA DE AUTOCUIDADO. Se você cuida das suas finanças, faz uma reserva, paga suas contas em dia, vive de acordo com sua realidade, você dificilmente terá um sofrimento intensificado a partir destas questões.

Mas se você ignora ou nega este aspecto, não se planeja, não faz qualquer reserva, não tem ideia de como andam seus custos fixos e variáveis, e gasta como se não houvesse amanhã, certamente em algum momento esta “bomba-relógio” irá explodir, com impactos terríveis na sua saúde mental e levar você a experienciar consequências bastante desagradáveis.

EM BUSCA DO EQUILÍBRIO

Você deve ter notado até aqui que, em nenhum momento, falei de números ou fórmulas ou scripts ideias. Isto foi proposital. A ideia é que você perceba que vai muito além de números e planilhas. Provoco você a perceber que promover sua saúde financeira envolve escolhas, estratégias de enfrentamento saudáveis, pensar em vantagens x desvantagens, autorresponsabilidade, organização, planejamento e disciplina.

Você pode começar a cuidar da sua saúde financeira a qualquer momento. Proponho que você comece hoje mesmo fazendo esta reflexão. Comece pequeno, sem pressa, primeiro entrando em contato com seu estado atual, com o como anda o seu padrão de vida, suas escolhas de consumo e gastos e confrontando com sua realidade financeira. O primeiro passo é perceber o COMO você está vivendo e direcionando seus rendimentos no dia a dia.

A partir desta tomada de consciência, procure listar qual ou quais gastos hoje são desnecessários, os chamados “ralos”. Aqueles gastos que você consegue cortar e que não necessariamente impactará em viver em absoluta restrição ou sofritmento. Experimente e veja você mesmo que é possível.

Avalie o que hoje você tem de realidade financeira, qual seu rendimento individual e/ou da sua família e como andam os gastos em relação a esta realidade. Especialistas recomendam que você tenha um padrão de vida até 70% dos seus ganhos, mas se conseguir ser ainda menor, mais você conseguirá guardar e assegurar maior segurança e liberdade de escolhas.

A grande solução está na educação financeira, que infelizmente até hoje não aprendemos na escola. Mas a boa notícia é que os canais de informação se multiplicaram infinitamente pelo universo online, além de que você pode buscar ajuda profissional de consultores financeiros especializados.

Não tenha receio de buscar ajuda. É um gesto de coragem e de autocuidado que você estará fazendo para você mesmo e pela sua família. Comece hoje mesmo e evite problemas maiores futuros.

Para saber mais sobre o assunto, deixo estes links aqui para você:

https://www.instagram.com/danielfunabashi.ihub/

https://noticias.r7.com/economia/economize/veja-5-sinais-de-que-voce-mantem-um-padrao-de-vida-acima-da-renda-04082020

https://www.onze.com.br/blog/padrao-de-vida/

https://empreenderdinheiro.com.br/blog/padrao-de-vida/

https://www.foregon.com/blog/padrao-de-vida-como-se-readequar-a-sua-realidade-financeira/

Gastar Melhor: conecte seus gastos com os seus objetivos

Gastar Melhor: conecte seus gastos com os seus objetivos

Você já parou para observar seu comportamento na hora de gastar seu dinheiro? Como que surge uma necessidade para você gastar? Ela é imediata ou ela é primeiro reconhecida, avaliada para depois ser estruturado critérios de tomada de decisão? Parece complexo falar disso, mas é muito mais simples do que você imagina.

Necessidades x Contemporaneidade

No mundo que vivemos da pós-modernidade, o que hoje chamamos de necessidade é bem diferente do que era para os homens do tempo das cavernas, ou melhor, do início da história da humanidade. Mas isso pode nos ajudar e muito ter consciência destas diferenças.

No princípio, a preocupação da humanidade se restringia a alimentar-se e sobreviver. E isto impactava diretamente na produção cultural e tecnológica, uma vez que para alimentar-nos era preciso caçar ou cultivar na terra e para sobreviver era preciso construir abrigos ou encontrá-los em cavernas. Ou seja, não se precisava de muito (olhando com nossos olhos de hoje) para ter as necessidades atendidas. A tal ponto que dinheiro nem era uma realidade, nem se cogitava em criá-lo. Só mesmo com o advento das grandes navegações, rotas de viagens e comércio de especiarias isso se tornou uma nova necessidade para mediar as relações de troca.

Porém, quando nos deparamos com a realidade que vivemos hoje, com o lidar com o mundo online e offline simultaneamente, facilmente percebemos que só o fato de vivermos em dimensões existenciais simultaneamente nos faz perceber que o número de necessidades se multiplicou. E posso dizer com convicção que infinitamente.

O que é uma necessidade?

Reconhecer o que de fato hoje é uma necessidade é se deparar com este leque infinito de possibilidades. E o que está por trás do que hoje entendemos ser necessidade são DESEJOS e MOTIVOS, muitas vezes INTANGÍVEIS. Quando alguém fala para você “nossa! Preciso super ter um iphone!” O que isso revela de suas necessidades? Revela efetivamente que ter um iphone é imprescindível para sua existência?

Em essência, o iphone é um telefone. Ok, um smartphone, “um telefone inteligente” e que exerce um papel específico: CONECTAR PESSOAS, seja através das ligações, seja das redes sociais, aplicativos, videoconferências, etc. Mas a ESSÊNCIA dele é CONECTAR PESSOAS.

Tendo esta mesma referencia e voltando à pergunta feita, o que de fato nos diz esta “necessidade de ter um iphone” ? Fala somente das vantagens operacionais e tecnológicas do aparelho ou da necessidade que a pessoa tem de fazer parte de um grupo, de uma classe sociedade, de ser reconhecida, aceita, incluída, considerada, vista, além de interagir e relacionar-se de diferentes formas?

Reais Necessidades

Falar sobre gastos e necessidades é muito importante neste nosso cenário. Porque as pessoas estão cada vez mais MENOS ATENTAS às suas REAIS NECESSIDADES. Cada vez mais elas se deparam com um universo infinito de ofertas de produtos e soluções vendidas como “a melhor solução”, como necessidades, como imprescindíveis para uma vida feliz e realizada. E o que isso fala sobre nossa sociedade como um todo? Que cada vez mais nos DESCONECTAMOS DA ESSÊNCIA DAS COISAS, DAS RELAÇÕES E EXPERIÊNCIAS, DA NOSSA ESSÊNCIA, e passamos a cultivar MAIS E NOVAS NECESSIDADES, sem se perguntar muitas vezes “eu preciso disso mesmo? Para quê?”.

Já viveu a situação de entrar numa loja vazia e de repente a loja encher? Já viveu a experiência de você está olhado ou experimentando um item e de repente a pessoa do seu lado dizer “ah eu quero este aqui” e pedir exatamente igual ao que você está pensando em levar? O que isso revela? Pessoas que passam a comprar com impulso e por necessidade de DIFERENCIAÇÃO e POSICIONAMENTO SOCIAL, e não exatamente pelo que precisam efetivamente.

#dicadomamtra

Não é à toda que os consultores e coaches financeiros super divulgam e propagam que, para gastar bem, é preciso conhecer seus hábitos, suas reais necessidades e fazer melhores escolhas, escolhas inteligentes, escolhas conscientes. O Autoconhecimento impacta sim nas suas decisões de compra e/ou investimento financeiro.

Quando você tem CLAREZA dos seus OBJETIVOS de vida e carreira, quando você consegue VISUALIZAR a vida que deseja viver, quem você quer SER, fica muito mais fluido o processo de fazer escolhas. Porque você passa a encontrar REAIS MOTIVOS, REAIS NECESSIDADES dentro do seu CICLO DA REALIDADE, dentro do que VOCÊ VÊ e do mundo que VOCÊ CRIA. E a consequência natural é FAZER e TER  o que você precisa, o que de fato faz parte do seu mundo, reforçando assim o seu ciclo de realidade, seja ele de ESCASSEZ, ou de ABUNDÂNCIA.

É isso. E aproveitando a reflexão, fica a dica para você pensar:

  • Quais são os meus HÁBITOS DE CONSUMO?
  • Quais são as NECESSIDADES que entendo precisar atender?
  • Você tem OBJETIVOS DE VIDA e CARREIRA a serem alcançados?
  • O que você precisa INVESTIR para SER quem você deseja ser e VIVER a vida que você quer para sua vida?
  • Você consegue conectar seus REAIS MOTIVOS E NECESSIDADES às suas DECISÕES DE COMPRA e INVESTIMENTO?
  • Você vive no vermelho, você gasta tudo o que entra, ou você guarda algo do que entra / recebe para uso futuro?
  • Você em algum momento da sua vida DECIDIU ECONOMIZAR, ESCOLHEU GUARDAR DINHEIRO? Para QUAL FINALIDADE / OBJETIVO / PROJETO?

Espero que estas perguntas possam ajudar você a se conectar mais com o que você DE FATO PRECISA E QUER  para sua vida, e assim GASTAR MELHOR, fazendo ESCOLHAS FINANCEIRAS INTELIGENTES.