RELACIONAMENTO ABUSIVO: como reconhecer

RELACIONAMENTO ABUSIVO: como reconhecer

Você sabe o que é um relacionamento abusivo? Quais características que ele apresenta e que evidencia que é hora de buscar ajuda? É sobre este tema que hoje vamos abordar aqui no blog do MAMTRA.

Muitas vezes, nos envolvemos com pessoas e, por gostar muito, amar, acreditar ser normal, validar intensidades como sinal de afeto, ou mesmo negar as disfuncionalidades, temos dificuldades de entender o quão abusiva é aquela relação.

Uma relação amorosa saudável promove amor, respeito, bem estar, crescimento mútuo, apoio, validação, escuta ativa, estando presente a admiração um pelo outro, o cuidar de si e o cuidar do outro, bem como o sexo com liberdade e expressão recíproca da sexualidade dos parceiros envolvidos.

Mas existem relacionamentos que de fato se estabelecem de forma abusiva, psicologicamente ou fisicamente ou mesmo as 2 coisas. E quando isso acontece é preciso denunciar e buscar ajuda para desvencilhar-se dele. Confira abaixo os principais sinais de um relacionamento abusivo:

  1. CONTROLE: quando um dos parceiros ou ambos assumem um comportamento de controle. São frequentes os comportamentos de vigilância constante, exigir que o outro se comporte, fale, vista-se, aja de determinado jeito, ler e-mails, mensagens de celular e redes sociais, exigir que o outro não se relacione com determinadas pessoas ou se afaste de relações significativas (familiares, amigos, colegas). Outra forma de controle muito frequente é o controle total das finanças do casal, de modo que o outro fique refém, privando a liberdade de escolha, o ir e vir sem comunicação prévia e “empréstimo” do dinheiro sob condições específicas. O abusador pode ainda usar as reservas sem acordo e comunicação prévia ao parceiro, colocando ambos ou família em situação difícil (dívidas e necessidades);
  2. MANIPULAÇÃO: quando há uma distorção de fatos, levando o outro a perda do senso de realidade. O manipulador terceiriza a responsabilidade para o outro que passa a assumir a responsabilidade integral por tudo de errado ou difícil que acontece no dia a dia e na relação.
  3. DESTRUIÇÃO DA AUTOESTIMA: Faz a pessoa duvidar da própria memória, percepção, qualidades, capacidades e sanidade, minando a autoestima e autoconfiança de quem sofre o abuso, sentido-se ela cada vez mais refém da relação. Muito recorrente comportamentos de invalidação de sentimentos, comportamentos, emoções, gerando ainda mais confusão mental na vítima;
  4. CIÚME EXCESSIVO: o ciúme se apresenta de forma patológica, mas que distorcidamente é visto e validado como sinal de expressão de amor e interesse. Este comportamento termina privando a liberdade do(a) parceiro(a) que evita situações que gerem ataques de ciúme do outro;
  5. COMPENSAÇÕES: normalmente acontecem com pedidos de desculpas, promessas de que nunca mais vai se repetir a situação de abuso, presentes, para camuflar os maus-tratos e manter-se no controle, levando à vítima a acreditar na perspectiva de mudança e alimentar o ciclo do abuso com “pausas” de alívio das tensões;
  6. DESQUALIFICAÇÃO: humilhar, desqualificar, rebaixar, criticar excessivamente, colocar o(a) parceiro(a) em situação de constrangimento, frente à outras pessoas ou no espaço privado do casal. Muito recorrente relatos de que “em casa é uma coisa e na frente dos outros é outra pessoa”;
  7. CHANTAGENS E AMEAÇAS: que podem acontecer de forma direta como “se você não fizer___, eu vou” ou sutil como “eu te amo, mas…”, assujeitando o tempo todo a vítima a se sentir obrigada a acatar as condições do(a) parceiro(a) e ficar refém do controle do abusador;
  8. EXIGIR RELAÇÕES SEXUAIS: cobrar e forçar o(a) parceiro(a) a fazer sexo sem consentimento, cometendo, assim violência física sexual.

Para denunciar e buscar ajuda, segue abaixo alguns contatos importantes:

  • DISQUE 180 – Central de Atendimento à Mulher: funciona 24 horas, recebe ligações de qualquer lugar do país, para fornecer informações e encaminhar denúncias. A ligação é gratuita de telefone fixo ou celular;
  • DELEGACIA DA MULHER: confira neste link endereços e contatos http://uspmulheres.usp.br/rede-sp-ddms/
  • DISQUE 190 – você pode procurar a polícia militar em situações de violência e risco, especialmente em locais onde não existam delegacias da mulher;
  • “METE A COLHER” – app criado pela empresa Casa Comunicação, de Recife, que permite fazer denúncias de maus tratos e buscar ajuda, unindo vítimas a pessoas dispostas a ajudar vencer e sair do relacionamento abusivo

Para saber mais, confira os links abaixo:

http://www.justificando.com/2018/06/08/violencia-domestica-saiba-onde-e-como-denunciar/

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/04/02/veja-quais-sao-as-delegacias-da-mulher-que-funcionam-24-horas-em-sao-paulo.ghtml

Roda da Vida: Ferramenta de Autoconhecimento

Roda da Vida: Ferramenta de Autoconhecimento

A Roda da Vida é uma excelente ferramenta de autoconhecimento. Ela propõe uma reflexão sobre 4 esferas de vida (Pessoal, Profissional, Relacionamentos, Qualidade de Vida), subdivididas em 12 fatores de análise:

  • Saúde e Disposição
  • Desenvolvimento Intelectual
  • Equilíbrio Emocional
  • Realização e Propósito
  • Recursos Financeiros
  • Contribuição Social
  • Família
  • Desenvolvimento Amoroso
  • Vida Social
  • Criatividade / Hobbies e Diversão
  • Plenitude e Felicidade
  • Espiritualidade

A partir destas fatores, é proposto ao coachee refletir como ele entende cada um destes conceitos, como ele enxerga a expressão deles no seu momento atual e convida ele a dar uma nota de 1 a 10 para avaliar como estar está este indicador no presente.

Ao final, o coachee terá um “raio-x” de como está sua vida de forma integral no estado atual, e é convidado a propor ações para colocar em prática a partir de hoje do que ele acredita ser prioritário a ser ajustado ou potencializado, a partir de suas necessidades e incômodos do momento.

É uma excelente ferramenta de autoavaliação e que pode ser aplicada também ao final para gerar um “Antes e Depois” gerando, assim, um resultado mensurável do que buscou trabalhar ao longo do processo de coaching, evidenciando a eficácia tanto do trabalho realizado como dos seus esforços empenhados rumo ao seu objetivo.

As 7 Saúdes

As 7 Saúdes

O ser humano é composto de 5 dimensões que precisamos dedicar tempo e energia para cuidar de cada uma delas. São elas:

Para isso é fundamental que cuidemos da nossa saúde como um todo integrado, como um sistema, e não somente da saúde física e mental.

Como uma forma didática e fácil de entender como colocar este autocuidado na prática, foi criado o conceito das 7 saúdes. Elas nos ajudam a olhar cada dimensão da nossa existência e cuidar para mantê-las bem, saudáveis e em equilíbrio uma com as outras. São elas:

E aqui deixo 7 perguntinhas para você se fazer de modo a refletir como andam as suas 7 saúdes:

  1. Saúde Física: como você cuida do seu corpo?

  2. Saúde Espiritual: como você alimenta seu espírito e seus sonhos?

  3. Saúde Intelectual: como você mantem ativo intelectualmente, buscando novos conhecimentos?

  4. Saúde Familiar: como você cuida e se dedica à sua família?

  5. Saúde Social: como você mantém ativa e cuida das suas relações? Você faz trocas energéticas positivas e colabora junto às outras pessoas?

  6. Saúde Profissional: como que você está na sua carreira? Estagnado ou buscando melhoria contínua, aprendizados, desafios e oportunidades?

  7. Saúde Financeira: como você se relaciona com o dinheiro? Como você se organiza financeiramente? Como você entende que a prosperidade acontece em sua vida?

Cuidar destas 7 saúdes é fundamental porque impacta diretamente no seu nível de felicidade, equilíbrio geral, sentido de vida, carreira, bem estar, assim como nas suas realizações, vivência da abundância e prosperidade.

Estas perguntas são para você começar a partir de agora a refletir como que estão cada 1 das suas saúdes, o equilíbrio entre elas e o que você pode gerar de ação a partir de agora para promover cada uma delas e o equilíbrio integral.

 

COACHING DE EMAGRECIMENTO: benefícios, vantagens e desafios

COACHING DE EMAGRECIMENTO: benefícios, vantagens e desafios

Todo fim de ano, encontramos muitas pessoas engajadas no chamado “projeto verão”, buscando resultados de emagrecimento e definição muscular num curtíssimo intervalo de tempo. Mas aí vem a pergunta: até que ponto este resultado é sustentável. Pensando em ampliar nossa conversa sobre coaching de emagrecimento, hoje vamos falar sobre benefícios, vantagens e desafios deste processo.

BENEFÍCIOS

Como abordei noutro artigo aqui no blog, o coaching de emagrecimento é um dos tipos de health coaching, ou seja, processo de coaching voltado a mudança de estilo de vida e promoção de saúde integral.

Como principais benefícios deste processo de transformação temos:

  • Mudança de hábitos alimentares;
  • Eliminação de sedentarismo;
  • Inclusão de atividade física na rotina semanal;
  • Promoção de autocompromisso, disciplina, limites realistas;
  • Aumento de autoestima;
  • Aumento da autoconfiança, segurança;
  • Promoção de inteligência emocional x hábitos alimentares;
  • Viver com maior bem estar e qualidade de vida

VANTAGENS

Como vantagens do processo de coaching de emagrecimento, temos:

  • Orientação profissional para sua mudança de mentalidade e comportamental;
  • Apoio e fortalecimento constante da sua motivação
  • Identificação gatilhos de maus hábitos e compulsões;
  • Promover mudanças saudáveis e positivas na relação autoimagem x comida x emoções x autossabotagem;
  • Auxílio no planejamento de rotina alimentar, de treinos e de enfrentamento de situações desafiantes (festas, viagens, confraternizações, etc);
  • Promover mudança sustentável em estilo de vida;
  • Promoção de saúde integral;
  • Mudança na relação consigo mesmo e com a comida;Maior foco e direção para sua mudança e como colocar em prática seu poder de ação x emagrecimento.

DESAFIOS

No coaching de emagrecimento, temos como foco principal metas ligadas a emagrecimento, perda de peso. Mas para que isso aconteça de forma saudável, sustentável e integral, é fundamental que iniciemos o trabalho com a mudança de mentalidade, ou mudança de mindset.

Sempre falo sobre a importância do ciclo da realidade, porque ele nada mais é do que uma metáfora dos nossos esquemas emocionais, incluindo nossa tríade cognitiva. Ou seja, o ciclo da realidade revela como nossa visão de nós mesmos, dos outros, do mundo, nossas “lentes emocionais”, assim como estabelecemos relacionamento nestes 3 níveis (eu x eu; eu x outro; eu x mundo).

O principal desafio do coaching de emagrecimento é exatamente trabalhar a mudança de mentalidade. Como muitas pessoas querem resultados o quanto antes, de forma acelerada, elas esquecem ou mesmo não estão conscientes de que nosso comportamento é reflexo do que pensamos e sentimos.

Outro desafio recorrente no processo de coaching de emagrecimento, também relacionado a mentalidade, é o processo de autossabotagem. Ele pode acontecer de diferentes formas, seja fazendo você sair da sua rota de emagrecimento (burlando cardápio, deixando de fazer os treinos, cometer exageros), seja fazendo você não dar continuidade as ações de melhorias implementadas na sua rota de ação, ou fazendo você não retomar sua rota de ação (cardápio da dieta, treinos) após uma “escorregada”.

Mas eles têm 2 pontos em comum: falta de autocompromisso e falta de confiança em si. Observe, todo processo de sabotagem em processos de emagrecimento envolve estes 2 pontos, seja porque a pessoa não acredita em em si mesma e que tem poder de tornar realidade seu resultado desejado, seja porque ela espera que outro faça as mudanças nela, na sua vida, nos seus resultados, isto é, ela delega a terceiros a responsabilidade pela sua mudança. Isto simplesmente inviabiliza o processo.

Outros desafios que costumam aparecer no processo de coaching de emagrecimento são:

  • Baixa disposição física e cansaço recorrente que dificultam a motivação e iniciativa de iniciar a jornada;
  • Falta ou pouca prática no dia a dia de ações de autocuidado;
  • Recaídas x “fome emocional”: associando comida a alívio de situações estressoras, frustrações, compensações por resultados alcançados, busca de completude de vazios existenciais, etc.
  • Oscilações de humor, ansiedade ou mesmo humor deprimido por falta de nutrientes necessários a produção de hormônios ligados ao bem estar psicoemocional que terminam potencializando a falta de engajamento, desmotivação e autossabotagem.

Daí que, para termos resultados sustentáveis de emagrecimento, o ponto de partida está em tornar consciente esta mentalidade, este estado atual de como você pensa sobre você mesmo, sobre a comida, sobre sua autoimagem, seu peso, seu corpo, sua autoestima, quais emoções, estes pensamentos provocam, o quanto você se incomoda com a visão e opinião dos outros sobre você e quais comportamentos associados a ele você executa no dia a dia. Isto quer dizer tornar consciente o estado atual de sua mentalidade e comportamentos associados para que possa identificar quais pontos de ajustes a serem trabalhados durante o processo.

ALCOOLISMO: qual a relação da família no tratamento

ALCOOLISMO: qual a relação da família no tratamento

Alcoolismo, ou Síndrome de Dependência do Álcool (SDAS),  como atualmente é nomeada, é um dos tipos de dependência química, ou seja relacionada ao uso de substância psicoativa que, no caso o álcool, age no sistema nervoso central e gera alterações de comportamento, humor e cognições.

É uma substância depressora, capaz de lentificar nossa atividade cerebral, diminuir a velocidade de processamento, provocando a redução de limites, e causando efeitos como desinibição, sonolência, desatenção, desconcentração, letargia.

É uma doença hoje considerada em níveis graves em termos de saúde pública, mas  que apresenta dificuldades ainda em seu reconhecimento e tratamento por questões culturais presentes na cultura brasileira que validam o uso social e recreativo do álcool. Muitas pessoas ainda não associam o uso abusivo e frequente do álcool a uma doença, a uma dependência química.

O alcoolismo, assim como outras doenças e dependências químicas, é um complexo fenômeno, já que envolve fatores de natureza biológica (componentes genéticos, hereditários), psicológica (temperamento, personalidade, recursos psicoemocionais), e social (interações sociais, relacionamentos, experiências pessoais, profissionais, cultura, etc). Existem alguns fatores que estimulam e/ou levam muitas pessoas ao uso do álcool de forma abusiva e/ou estabelecer a dependência química, são eles:

  • Curiosidade
  • Influência de amigos e familiares (incentivo sócio-cultural)
  • Busca de autoafirmação (baixa autoestima)
  • Desejo de fuga dos problemas (evitação)
  • Coragem para agir
  • Busca de prazer
  • Dificuldades para lidar com situações difíceis, dolorosas
  • Hábito (dependência)
  • Redução de ansiedade, raiva e/ou irritação (hiper-compensação)
  • Facilidade de acesso

E no âmbito das interações sociais, família e amigos, é importante reconhecer qual o papel deles , qual a relação que eles têm no sentido de incentivar o uso ou ajudar o paciente no seu tratamento.

AMIZADES

Como falamos mais acima, os amigos podem ser um dos fatores que estimulam o uso do álcool. Isto acontece quando grupos costumam se reunir com frequência e necessariamente sempre envolvendo o uso do álcool, o que para um dependente ou uma pessoa sujeita desenvolver a dependência química do álcool, este fator termina se configurando como gatilho para o uso abusivo que, com o passar do tempo, estimulam o desenvolvimento da dependência.

Isto não quer dizer que as amizades são sempre um fator de risco. Falar isso seria uma distorção de hiper-generalização. Mas o fato é que, é preciso que a pessoa que tenha a dependência ou esteja sujeita a desenvolver, amplie seu leque de relações de modo que ele possa encontrar pessoas que não façam uso do álcool e sirvam de apoiadoras no seu processo. E que aquelas que façam uso eventual, meramente recreativo, também possam ajudá-la a resistir e restringir o uso de álcool contribuindo positivamente no seu processo de recuperação e prevenção de recaídas, mostrando que é possível socializar-se e divertir-se sem necessariamente envolver o consumo de álcool.

FAMÍLIA

A família é um dos componentes mais complexos e multideterminante nos casos de alcoolismo. Seja pela presença do componente hereditário (base biológica), seja pela transmissão do comportamento (modelação e transmissão transgeracional), seja por gerar outros fatores de estímulo/incentivo ao uso abusivo e dependência (validação do uso do álcool no ambiente familiar , aspectos culturais, facilidade de acesso, frequência de uso x hábitos familiares, relações conflituosas, etc).

Muitos pacientes iniciam seu uso de álcool muito cedo e mesmo dentro do ambiente familiar, seja porque o alcoolismo já está presente e instalado naquela família, seja por fatores de incentivo a partir das interações sociais e familiares.

É muito comum também a presença do uso de álcool associado a outros processos de sofrimento ou adoecimento psicoemocionais (depressão, ansiedade, compulsões, etc). Se é um fator preexistente num contexto familiar, o risco é ainda maior para as crianças neste ambiente entenderem como algo normal, corriqueiro, habitual e mesmo benéfico o uso do álcool, facilitando assim o início cada vez mais jovem e a estruturação da dependência química a partir de influências familiares.

Outro componente importante a ser ressaltado é a resistência de muitos usuários  a encarar este hábito como doença, como dependência química,  e não entender a necessidade de busca de ajuda e tratamento profissional. Isto prejudica tanto a ele como às relações familiares à sua volta, já que seus familiares muitas vezes são expostos a seus sintomas, prejuízos, internações, acidentes de trânsito, situações difíceis, conflitantes, ou mesmo constrangedoras para eles e para o próprio usuário.

Uma informação de grande relevância sobre o impacto do alcoolismo na família está neste trecho extraído de artigo científico (mais abaixo):

“sobre os efeitos do alcoolismo na família, estudos demonstram que viver em um ‘ambiente alcoolista’ afeta negativamente os descendentes de alcoolistas e que, para cada alcoolista, cinco ou seis pessoas da família são afetadas. Problemas familiares como desavenças, falta de credibilidade e desconfianças são sentimentos despertados nas pessoas que já passaram pela experiência de ter um dependente e, quando há um dependente na família, todos adoecem.” (Filizola, Perón, Nascimento, Pavarini & Filho 2006)

Neste trecho, os autores nos elucidam o quanto o alcoolismo têm este potencial de acometer não só o usuário, mas toda a sua família, assim como a dependência relacionada a outras substâncias psicoativas e mesmo outros quadros de enfermidade. Isto trás a tona a importância de olhar o problema do alcoolismo como sistêmico, não só com foco no usuário, mas também incluir, acolher, ouvir, orientar e convidar os familiares a participarem ativamente do tratamento do paciente em questão, contribuindo para sua melhoria e a de todos envolvidos.

Assim como falamos das relações de amizades, a família exerce um papel chave no tratamento e prevenção.  Se o paciente tem uma família apoiadora, com relações mais saudáveis e que entende que de fato aquele familiar tem um problema de saúde a ser tratado, a família pode servir de “escudo” frente à situações de risco, ajudando o paciente a mapeá-las assim como evitá-las, contribuindo positivamente para o tratamento.

Porém, quando se tratam de famílias tóxicas, ou seja, com muitas relações conflituosas, turbulentas, adoecidas ou mesmo que contribuam para o sofrimento psicoemocional do paciente, potencializando quadros de ansiedade, depressão, angústia e inseguranças frequentes dos mesmos, esta família pode se tornar mais um fator de risco para o paciente, e incentivando a buscar alívio do seu sofrimento no uso contínuo do álcool como estratégia “relaxante” e/ou “anestésica” frente ao seu sofrimento.

Para saber mais sobre alcoolismo e compreendê-lo na família e seus impactos, acesse: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452006000400007

https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/4579.pdf

 

PLANO DE VIDA X PLANO DE CARREIRA: como conciliar

PLANO DE VIDA X PLANO DE CARREIRA: como conciliar

Cada vez mais ouvimos as pessoas e empresas falando sobre a importância do trabalho com significado, do propósito, de gerar impactos e contribuições através do trabalho, projetos que fazemos parte. Mas o que isso de fato quer nos chamar a reflexão? Vamos falar sobre isto e especialmente sobre como conciliar plano de vida e plano de carreira.

TRABALHO FAZ PARTE DA VIDA

Um primeiro ponto que é fundamental lembrarmos é que o trabalho é uma dimensão da nossa vida. Vida e trabalho não são coisas separadas. Você não é mais de uma pessoa. Você é um ser único, que vive dimensões de vida e existência de forma integrada, sendo o trabalho uma destas dimensões.

Porém vivemos numa sociedade que supervaloriza o foco no trabalho, na performance, nos resultados através do trabalho, de que pessoas de sucesso necessariamente trabalho 12h ou mais horas por dia e que focam somente nesta esfera de vida.

Mas isto é uma distorção, totalmente disfuncional, que vem adoecendo física e psicoemocionalmente milhares de pessoas, já que somos seres que temos múltiplas dimensões e necessidades.

Veja nesta imagem que mostra as 5 dimensões do ser que precisamos promover e fazer florescer na nossa jornada:

 

“QUANDO EU …AÍ EU PODEREI…”

Se o trabalho é uma dimensão da nossa vida, então, como podemos estruturar um plano de carreira conciliando com o plano de vida? Esta pergunta surge exatamente porque não estamos habituados a pensar nossa vida como um todo, e para muitas pessoas simplesmente parece estranho pensar nesta pergunta. Porque estão automatizadas a focar no trabalho, a priorizar o trabalho e aquele velho pensamento “quando eu me aposentar”, ou “quando eu conseguir meu primeiro milhão”, ou mesmo “quando eu for reconhecido profissionalmente” ou “quando eu comprar meu apartamento e meu carro…, aí eu poderei focar na vida pessoal”.

Como podemos ver, estes pensamentos simplesmente fazem a gente viver focado numa perspectiva de trabalhar, direcionar esforços, para algo que está no nível das idéias, de hipóteses futuras que poderão se concretizar ou não, afinal, é simplesmente irreal a ideia de que podemos controlar todas as variáveis da nossa vida e que os planos sempre podem sair como os imaginamos.

Este movimento seriamente contribui para os altos índices de pessoas com sérias dificuldades de lidar com frustrações, dificuldades de regulação emocional, índices cada vez mais alarmantes de quadros de depressão, burnout, ansiedade e suicídio. Isto porque tal mentalidade estimula a criação de muitas expectativas, que poderão ou não serem concretizadas (o famoso meme “expectativa x realidade” representa bem isto) e dificulta o experienciar do presente, do aqui e agora, do como a vida real se mostra a cada instante.

CICLO DA REALIDADE

O fato é que é preciso lembrar do conceito de ciclo da realidade. Este conceito nos faz refletir que, antes de fazermos, de entrarmos em ação, é preciso termos clareza de quem queremos SER. Veja a imagem abaixo sobre como se estrutura o ciclo da realidade:

Quando primeiro pensamos o que queremos SER, estamos direcionando o nosso mental a pensar num senso de IDENTIDADE e numa VIDA COM SENTIDO. E naturalmente começamos a estruturar pensamentos que geram motivos para estruturarmos objetivos, metas, para entrarmos em ação, ou seja, uma congruência cognitiva e comportamental, isto é, pensamento congruente com atitude direcionado ao que se estruturou de mentalidade, de sentido de vida. Isto faz toda a diferença na estruturação de um plano de vida e de carreira bem alinhados, conciliados, contribuindo fortemente para melhor lidar com eventuais mudanças de rotas e frustrações.

CLAREZA PARA SER>>FAZER>>TER>>REALIZAR

Em suma, é preciso termos clareza do que queremos SER, para podermos FAZER ações congruentes com este sentido de existência, de viver. Daí ao entrarmos em ação, ao fazer o que precisa ser feito, nós chegamos no TER, ou seja, nos retornos e resultados das ações que fizemos e por fim alcançamos o REALIZAR, que é o senso de realização com o que desejamos ser, com o que fizemos ao longo da jornada, com as conquistas e resultados, tudo isso alinhado, congruente, contribuindo para a sensação de felicidade, plenitude, vida com sentido.

PROPÓSITO E CONTRIBUIÇÃO

E a história de que começamos falando sobre trabalho com sentido, propósito, contribuição?  Exatamente entra nesta mesma lógica. Quando falamos sobre trabalho com sentido estamos trazendo esta lógica de criar uma congruência entre o trabalho, o negócio e quem faz ele acontecer. Naturalmente o propósito vem como o sentido que se espera deste trabalho, o por quê trabalhar e para quê trabalhar, o por quê e o para quê de um negócio existir, gerar serviços, produtos. E a contribuição por trás de tudo isso se conectar com o incluir as pessoas, a comunidade, o meio ambiente, ou seja, qual impacto positivo e responsabilidade social se deseja gerar para construir um mundo melhor para se viver, preservar os recursos que hoje e contribuir com inovações para as gerações futuras.

E para concluir nossa reflexão de hoje, convido você a pensar o que você quer ser neste novo ano que está chegando. Procure visualizar a pessoa que você quer ser, como estará, quais sensações, emoções quer sentir, quais relações quer viver, construir, fortalecer, seja com você com outras pessoas, com os grupos e comunidades que você faz parte. Visualize o que você fará para estar alinhado com quem você quer ser, em todas as esferas de vida, incluindo seu trabalho, seu negócio.

A partir daí construa e/ou atualize o seu plano de carreira a partir desta ótica de quem você quer ser. E vá construindo uma rota do que você precisa fazer nos próximos 12 meses, 2 anos, 5 anos, 10 anos, 15 anos, 20 anos na sua jornada profissional para ser quem você quer ser e gerar as contribuições e impactos positivos no seu raio de ação a partir do seu trabalho. Fazendo isso você construirá um plano de carreira alinhado com sua vida, seu sendo de identidade, seus valores, seu propósito. Experimente fazer diferente neste novo ano que está se aproximando.

 

PS: Se precisar de ajuda, é só entrar em contato que fazemos esta rota de ação juntos em sessão.

COACHING DE VIDA: Seja protagonista da sua vida

COACHING DE VIDA: Seja protagonista da sua vida

Vivenciar um processo de coaching de vida, ou life coaching, é uma experiência riquíssima de autoconhecimento, aprendizado, busca de melhoria contínua, mas especialmente, você é chamado a tornar-se protagonista da sua vida.

Ser protagonista da própria vida é exercer um papel ativo, assumir a responsabilidade sobre o que acontece na sua vida, autocomprometimento em ser, fazer, ter e realizar aquilo que se propõe, entendendo ser de sua responsabilidade os resultados, mudanças, transformações a serem realizados.

O coaching de vida provoca reflexões neste sentido, de provocar você empoderar-se de suas forças pessoais, habilidades, competências, valores, virtudes, ter um sentido claro para sua existência que o motive a entrar em ação e apropriar-se da sua própria vida.

Além disso,  as reflexões ao longo do coaching de vida leva você a tomar consciência que ser protagonista na vida é perceber e tomar para si as oportunidades de agir e promover contribuição social no seu raio de ação, no microcosmo, ou seja, fazendo a sua parte com as pessoas à sua volta, na sua comunidade, empresa, projeto, entendendo o seu papel ativo na transformação de vidas e do mundo.

No coaching de vida, são trabalhadas ferramentas de autoconhecimento sistêmico (Roda da Vida, Roda da Abundância, Ciclo da Realidade, etc), de análise de cenário interno e externo (SWOT), avaliação de perdas e ganhos, vantagens e desvantagens, fortalecimento e prática de princípios e estratégias de autocuidado, autorrespeito, autocompaixão, autocompromisso, autorresponsabilidade, poder de ação, sendo você o tempo todo convidado a avaliar o que está a seu alcance em suas mãos para promover a mudança que deseja na sua vida.

Pontos que você é convidado a tomar consciência e mudar de mentalidade e atitudes:

  • Vitimismo,
  • Autocritica e culpa excessivas e paralisantes,
  • Terceirização de responsabilidade da sua vida e de coisas que lhe acontece a outras pessoas à sua volta (familiares, chefias, colegas, empresas, amigos, comunidade, sociedade, etc),
  • Crenças limitantes sobre você mesmo, os outros e o mundo que desqualificam, minam o seu poder de ação ou faz você assumir uma postura completamente resignada da vida, entendendo como se não houvesse nada a ser feito.

Convido você a experimentar esta metodologia de ação e resultado e assumir o autocompromisso de ser protagonista da sua vida, das suas conquistas, das suas realizações e viver uma vida com sentido. Experimente e veja você mesmo o quanto vale a pena!

COACHING EMPRESARIAL: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

COACHING EMPRESARIAL: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Quando falamos de coaching empresarial, estamos considerando o uso da metodologia do coaching, de ação X resultado, para geração de mais e melhores resultados por parte das lideranças e do negócio. Neste sentido, a avaliação de desempenho se mostra como uma importante ferramenta para diagnosticar comportamento versus performance dos colaboradores e/ou equipes ao longo de um período determinado.

Seus resultados permitem avaliar se colaborador está atendendo expectativas comportamentais e resultados dentro do que sua empresa espera e deseja. É uma excelente ferramenta de gestão de pessoas que gera indicadores e sinaliza GAP’s de promoção de melhoria contínua, ou seja, sinaliza pontos de melhoria para permitir criar trilha de aprendizagem e gerar ações efetivas de desenvolvimento para o colaborador e para a organização como um todo.

BENEFÍCIOS

A avaliação de desempenho permite:

  • Gerar critérios objetivos para avaliar desempenho dos seus colaboradores, individualmente e/ou em grupo;
  • Avaliar o antes x depois para verificar a eficácia do trabalho / contribuição feita pelo seu time;
  • Checar o quanto você e sua equipe tem clareza dos objetivos individuais, do time e da empresa como um todo, bem como se estão caminhando alinhados com estes objetivos propostos;
  • Gerar novos desafios a partir dos pontos de melhorias (GAP’s) identificados na avaliação;
  • Deixar claro o que você espera dos seus liderados e eles esperam das lideranças;
  • Dar direcionamento para a ação;
  • Potencializar a performance e produtividade individual e do grupo;
  • Tirar dúvidas do como fazer e alinhar a rota;
  • Verificar se colaborador se encontra alinhado à cultura e propósito da organização;

METODOLOGIAS

                      

Existem no mercado diferentes métodos de avaliação de desempenho, tanto individualmente como em grupo. Seguem alguns mais conhecidos e que produzem alto impacto na geração de levantamento de cenário comportamental, de produtividade, cultura organizacional, satisfação interna e externa:

  1. AUTOAVALIAÇÃO: a partir do auto-feedback, avaliação feita pelo próprio colaborador sinalizando seus pontos positivos, resultados alcançados, melhorias e ajustes a serem produzidos;
  2. FEEDBACK: ferramenta dialógica, em que gestor e colaborador devem promover encontros periódicos de modo a sinalizar pontos positivos, resultados alcançados, melhorias e ajustes a serem produzidos. Pode ser feito no dia a dia, sempre que preciso ou com periodicidade de curto prazo (ex: semanal);
  3. MATRIZ 9 BOX: ferramenta visual e de fácil entendimento, um modelo simples para promover cultura da meritocracia na organização. Ela permite facilmente conduzir ações de ajuste e melhoria contínua, tomar decisões mais assertivas, consideração aspectos de competência, comportamentos, resultados e capacidades;
  4. ESCALA GRÁFICA: nesta ferramenta é gerado um formulário em colunas organizando na primeira coluna as variáveis que serão avaliadas (ex: pontualidade, assiduidade, trabalho em equipe, criatividade etc.), e nas colunas seguintes os valores de cada variável(ex: nota de 0 a 5 ou qualitativas – péssimo, ruim, regular, bom ou ótimo). Também de fácil manejo e entendimento, normalmente usada em conjunto com alguma outra ferramenta mais técnica;
  5. AVALIAÇÃO 360 GRAUS: ferramenta que convida todos os stakeholders (envolvidos) dos processos, áreas e projetos, a participarem fornecendo notas a partir de indicadores de avaliação previamente estabelecidos. Muitas empresas confeccionam plataformas próprias de suas avaliações 360 graus ou compram metodologias e/ou softwares já existentes no mercado. Neste método, lideranças, membros da equipe, o próprio colaborador, fornecedores e seus clientes participam da avaliação. Ao final da avaliação, é feita uma comparação entre as considerações dos avaliadores e as do avaliado, gerando feedbacks valiosíssimos;
  6. AVALIAÇÃO POR COMPETÊNCIAS: muitos a utilizam em processos seletivos, mas ela é excelente ferramenta em processos de desenvolvimento humano nas organizações. Ela propõe avaliar a partir de 3 pilares ou critérios básicos : C– Conhecimento: aptidões cognitivas, “saber algo”. H – Habilidade: domínio psicomotor, “saber fazer”. A – Atitude: fator motivador, “querer fazer”.

PERIODICIDADE

Recomenda-se que elas sejam feitas com uma certa periodicidade e distanciamento para que o “antes x depois” de cenário sinalizado seja significativo para gerar contribuições efetivas. Sendo assim, sugere-se alguns intervalos de periodicidade entre as avaliações:

  • Mensal (registro de indicadores);
  • Trimestral (avaliação parcial com dados dos últimos 90 dias sobre comportamento x entregas x resultados)
  • Semestral (avaliação parcial com dados dos últimos 120 dias para promover ajuste e alinhamento de rota x resultados esperados);
  • Anual (avaliação final anual com dados sobre comportamento x entregas x resultados + feedback + autofeedback + plano de ação e metas para próximo período).
FELICIDADE: como identificar o que te faz feliz

FELICIDADE: como identificar o que te faz feliz

O que é felicidade? Você sabe o que faz você feliz? Pois bem, estas perguntas constantemente são temas de conversas prolongadas, em qualquer lugar, inclusive nas redes sociais. São perguntas que provocam a gente entrar em contato com o sentido de nossa vida, nossas escolhas, o que somos, o que fazemos, por que somos e fazemos o que fazemos, para quê, para quem. Pensando em contribuir com mais uma reflexão sobre vida e plenitude, hoje vamos falar sobre como identificar fatores que promovam felicidade na sua jornada.

FELICIDADE: o que é?

Primeiro ponto importante a ressaltar é que não existem um conceito único sobre o que é felicidade. Se pararmos para considerar os grandes pensadores e filósofos, de cara já encontraremos diferentes definições sobre este conceito. Eis abaixo algumas que mais me chamam a atenção e gostaria de compartilhar com você:

“Só há um caminho para a felicidade. Não nos preocuparmos com coisas que ultrapassam o poder da nossa vontade” (Epicuro : 341 a.C. – 271d.C.)

“A felicidade é o sentido e o propósito da vida, o único objetivo e a finalidade da existência humana.” (Aristóteles: 384 a.C.–322 a.C)

“A felicidade é frágil e volátil, pois só é possível senti-la em certos momentos. Na verdade, se pudéssemos vivenciá-la de forma ininterrupta, ela perderia o valor, uma vez que só percebemos que somos felizes por comparação” (Friedrich Nietszche: 1844–1900)

“Felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia.” (Mahatma Gandhi: 1869–1948)

“Todo mundo quer a felicidade sem qualquer dor, mas você não pode ter o arco-íris sem um pouco de chuva.” (Bob Marley: 1945–1981)

“Somos o resultado das circunstâncias da existência. Não só da genética que herdamos, como do processo intrauterino, quanto ao processo de nascimento e das experiências que passamos. Se quisermos um estado de bem-estar, que o budismo chama de nirvana, não significa a ausência de dores e insatisfações, elas existem.” (Monja Coen: 1947- )

“Felicidade é um bom projeto de vida. E não perca tempo com bobagens.” (Leandro Karnal: 1963 – )

Fiz questão de compartilhar definições de felicidade por diferentes autores, de diferentes momentos históricos, desde antes de Cristo até os que ainda são vivos hoje. Isto porque de cara já nos faz perceber que este conceito não é único e quebrar o mito de busca da felicidade sob um “formato X”, “modelo y”, que infelizmente muitas pessoas ainda têm em mente nos dias atuais, em pleno século XXI.

O fato é que, como ponto comum a todas as definições, estamos falando de como as pessoas vivem, de busca de sentido da vida, isto é, a percepção de felicidade está relacionada a uma visão de mundo e valores norteadores de forma de pensar, sentir e agir no mundo.

WHP e o FIB

A psicologia positiva é um campo recente da ciência do comportamento humano. A partir da década de 1990, estudos foram estruturados e pesquisas feitas em diversos países por pesquisadores das universidades de Harvard, Yale, Pensilvania, Michigan, buscando entender o que levariam o ser humano à felicidade, se existiriam fatores de felicidade e quais seriam eles.

O resultado de décadas de pesquisa, levaram a estruturação de um ranking mundial dos países mais felizes do mundo, atualizado anualmente desde 2016, em 156 diferentes países, o  World Happiness Report (WHP) , com dados da ONU e da Consultoria Gallup, que monitoram o estado de felicidade nos países pesquisados.

Em 1972, o rei do Butão estruturou 9 indicadores de felicidade, como forma de indicar o crescimento do país sem considerar o aspecto econômico, mas sim, psicológico, espiritual, cultural, ambiental. Daí estruturou-se o índice FIB (Felicidade Interna Bruta), tomado pela ONU como referência nas pesquisas sobre felicidade mundo. São eles:

  1. Bem-estar psicológico: Mede o otimismo que cada cidadão tem em relação a sua vida, relativo à autoestima, nível de stress e espiritualidade;
  2. Saúde: Avalia medidas de saúde implantadas pelo governo (exercícios físicos, nutrição e autoavaliação da saúde);
  3. Uso do tempo: Tempo que o cidadão perde no trânsito, carga horário de trabalho, divisão de horas entre o trabalho, descanso, lazer e estudos;
  4. Vitalidade comunitária: Relacionamento e das interações entre as comunidades. Analisa a segurança dentro da comunidade, assim como sensação de pertencimento e ações de voluntariado;
  5. Educação: Verificação de itens como participação na educação informal e formal, valores educacionais, educação no que se refere ao meio ambiente e competências.
  6. Cultura: Análise de tradições culturais locais, festejos tradicionais, práticas culturais, desenvolvimento de capacidades artísticas e discriminação de raça, cor, ou gênero.
  7. Meio ambiente: Relação entre os cidadãos e os meios naturais como solo, ar e água. Estuda a acessibilidade para áreas verdes, sistemas para coletar o lixo e biodiversidades da comunidade.
  8. Governança: Estuda a maneira da relação entre a população e a mídia, poder judiciário, sistemas de eleições e segurança.
  9. Padrão de vida: Análise da renda familiar e individual, seguridade nas finanças, dívidas e qualidade habitacional.

Entrar em contato com o ranking WHP e o índice FIB também é uma evidência que o conceito de felicidade não é único e que a sua percepção varia nas diferentes culturas e economias, assim como é fundamental incluir fatores subjetivos como a espiritualidade, a cultura, interações sociais, saúde física e psico-emocional, valores, comportamentos como constituidores do que é felicidade para cada pessoa, cada povo.

COMO IDENTIFICAR O QUE TE FAZ FELIZ

Agora que já percebemos que felicidade não é única para todos, e que vivenciá-la é uma percepção e experiência particular para cada ser humano, vamos então ao objetivo principal da nossa reflexão de hoje: como identificar fatores que fazem você feliz.

Ao trazer as diversas definições de felicidades dos pensadores e filósofos de diferentes períodos históricos, percebemos que falar de felicidade inclui valores e o sentido da vida. E isso é algo bem variado, particular para cada pessoa, comunidade, povo.

Mas é possível aqui elencar algumas estratégias que contribuem para você se conectar com o sentido da sua vida, seus valores, senso de pertencimento, identidade, necessidades emocionais, necessidades materiais e direitos:

  1. Leituras e Filmes: que proponham reflexões sobre sentido da vida, felicidade, autoconhecimento, o que realmente é importante para você e te gera um senso de realização e plenitude;
  2. Socialização: como oportunidade de compartilhar, ouvir, ser ouvido, relacionar-se, comunicar-se a partir de relações saudáveis e que te gere sendo de pertencimento e identidade. Ex: encontros familiares, encontros com amigos, coletivos de identidade social, de gênero, de empreendedorismo, artísticos, espirituais, etc;
  3. Voluntariado: como estratégia de você ajudar o outro, contribuir diretamente para o bem estar do outro, seja ele psicoemocional, físico, material, saúde, educação, moradia, alimento, escuta ativa, roupas, etc. Isto gera sentimento de ser parte de um todo maior, autorresponsabilidade, contribuição social, empatia, gratidão;
  4. Psicoterapia: que pode ser individual ou em grupo. Uma estratégia de autoconhecimento, aprendizado de habilidades sociais, enfrentamento de medos, dilemas, perdas, superações, que gera muitos aprendizados consigo mesmo e na interação com os outros parte do grupo;
  5. Coaching Ontológico: um processo de life coaching que faz você refletir sobre o que realmente importa para sua vida, valores, senso de identidade, pertencimento, contribuição social e gerar uma rota de ação com o que você está disposto a entrar em ação para viver uma vida com sentido, alinhado a tudo isso;
  6. Atividades Culturais e Esportivas: como forma de desenvolver habilidades criativas, físicas, mentais, autoconhecimento, visão de mundo, identidade, expressão, pertencimento e contribuição social.

Convido você a começar agora mesmo a investir no seu processo de autoconhecimento, seja ele qual for, para entrar em contato com o sentido da sua vida, seus valores, o que realmente importa para você, para que possa dar novos passos para viver uma vida com sentido, realização, plenitude, uma vida feliz.

Para saber mais:

https://mamtra.com.br/o-que-e-coaching-ontologico/

https://mamtra.com.br/o-que-e-coaching-criacional/

https://exame.abril.com.br/mundo/estes-sao-os-paises-mais-felizes-do-mundo-em-2019/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Relat%C3%B3rio_Mundial_da_Felicidade

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/fibfelicidade-interna-bruta.htm

COACHING DE EMAGRECIMENTO: 5 passos para iniciar seu autocuidado

COACHING DE EMAGRECIMENTO: 5 passos para iniciar seu autocuidado

O coaching de emagrecimento é um processo de health coaching, ou seja, voltado a mudança de estilo de vida, promoção de saúde integral, hábitos alimentares, hábitos de exercícios físicos, para você viver com bem estar e qualidade de vida.

Pessoas em quadros de obesidade, inicial ou crônico, costumam ter muitas dificuldades em diversos aspectos da sua vida e rotina. Muitas delas têm em comum:

  • Baixa disposição física, cansaço recorrente;
  • Indicadores biológicos muitas vezes comprometidos e sinalizando quadros de outras doenças como pressão alta, diabetes, colesterol, entre outras;
  • Autoestima por vezes comprometida, com inseguranças relacionadas a autoimagem, e relacionamento interpessoal;
  • Falta ou pouca prática no dia a dia de ações de autocuidado;
  • Podem apresentar quadros compulsivos alimentares e de “fome emocional” associando comida a alívio de situações estressoras, frustrações, compensações por resultados alcançados, busca de completude de vazios existenciais, etc.
  • Oscilações de humor, ansiedade ou mesmo humor deprimido por falta de nutrientes necessários a produção de hormônios ligados ao bem estar psicoemocional.

O coaching, por ser uma metodologia de ação e resultado, que chama o cliente a refletir, conscientizar-se do que precisa ser feito e entrar em ação, é ótimo para auxiliar pessoas que desejam emagrecer. E a proposta é que ela atue não somente no cumprimento de um cardápio e treino, mas sim numa mudança sustentável, partindo do seu mindset (pensamentos, emoções, atitudes) até a sua mudança comportamental se ativada e passar a ser realidade progressivamente.

É importante lembrar que cuidar do peso é muito além da autoestima e autoimagem. Não deve ser encarado como a busca insistente por um número na balança muito menos por enquadrar-se em padrões estéticos não compatíveis com você. Emagrecimento é uma estratégia de autocuidado. Isto porque envolve um conjunto de ações de promoção de saúde integral, bem estar físico, mental, psicoemocional, social, promovendo uma vida com sentido e plenitude.

Os 5 passos iniciais para você iniciar seu autocuidado, ingressar e obter sucesso num processo de coaching de emagrecimento são:

  1. ESTADO ATUAL: tenha clareza do seu estado atual (peso atual, quadro geral de saúde e incômodos atuais). Tenha clareza dos motivos que estejam “cutucando” você a fazer algo por você mesmo(a) e gerando sua insatisfação, frustração, sofrimento atual;
  2. ESTADO DESEJADO: tenha clareza da vida que você quer viver, quem você quer ser daqui para frente, que estilo de vida você quer praticar e como você se projeta em tudo isso. Este exercício ajuda a você entender que o corpo, o peso não é a meta principal, mas sim consequência de uma mudança de mindset, hábitos, atitudes e estilo de vida;
  3. MOTIVOS: tenha clareza de quais motivos levam você a querer ser esta pessoa com mais saúde integral, qualidade de vida, bem estar, autoestima, que você visualizou no seu estado desejado. Quem ficará feliz e orgulhoso com sua transformação? Você mesmo(a), familiares, amigos? Os motivos são verdadeiros motores de ação, por isso falamos tanto de motivação;
  4. AUTORRESPONSABILIDADE: entenda que você é o responsável pelo seu processo de emagrecimento ou de permanecer no mesmo lugar. Ainda que existam pessoas que possam ou não apoiar você na sua jornada, elas não são culpadas pelas suas vaciladas, escorregos ao longo do processo. Você é que decide sair ou não da rota. É uma decisão a cada momento permanecer ou não na sua jornada de emagrecimento, e voltar para ela quando deslizes acontecerem;
  5. AUTOCOMPROMISSO: assuma o compromisso com você mesmo, de viver com saúde, disposição, qualidade de vida, bem estar e de entrar em ação para que isto se torne realidade; De 0% a 100% , o quanto você estar comprometido com o seu processo de emagrecimento?