Transtornos Alimentares: 8 sintomas mais comuns e influências

Transtornos Alimentares: 8 sintomas mais comuns e influências

Falar dos transtornos alimentares é cada vez mais importante. Cada vez mais cedo ouvimos pessoas trazendo histórias de relação entre corpo, autoestima e alimentação com distorções significativas e provocando alto grau de sofrimento emocional, alto impacto para saúde geral, convívio social e relacionamentos.

Com o objetivo de esclarecer, prevenir e ampliar o olhar sobre os transtornos alimentares, resolvi escrever este artigo para falar de alguns sintomas mais comuns no nosso dia a dia, mas que por influências multifatoriais (cultural, social, psicológica, e fatores biológicos transgeracionais) terminam sendo “normalizados” como comportamentos desejados a serem praticados em busca de autoestima, afeto, aprovação, aceitação e reconhecimento social.

Os transtornos alimentares usualmente se expressam por uma insatisfação com a imagem corporal (magreza ou obesidade), mas também podem estar associados a outros comportamentos, por exemplo, como estratégias protetivas, de defesa, frente a medos conscientes ou inconscientes.

Os transtornos mais conhecidos ao público em geral são a Anorexia e a Bulimia Nervosa. Ambos envolvem uma distorção da imagem corporal que leva a comportamentos compulsivos compensatórios de uma insatisfação com esta imagem ou medos revelados ou não.

A anorexia se configura como um quadro de preocupação excessiva com o peso (a perda dele o medo de ganhá-lo) a partir de uma imagem corporal distorcida (superestimada), ou seja, supervaloriza e dá importância fixadamente à aparência e imagem corporal. Ao olhar-se no espelho, ainda que magra, a pessoa se reconhece como obesa e passa praticar comportamentos compulsivos (ex. dietas extremamente severas, excesso de atividades físicas, uso excessivo de laxantes, vômitos induzidos).

Já a bulimia se configura por quadro com episódios recorrentes de ingestão em 2h de grandes quantidades de alimentos que normalmente a maioria das pessoas não comeria ou não suportariam comer em condições saudáveis ( grandes quantidades de alimentos gordurosos, carboidratos, doces e outras “junky food”). Nestes casos, a preocupação com a imagem corporal, com a aparência é subestimada e a pessoa passa a não apresentar maiores preocupação (ou nenhuma) com a qualidade da sua alimentação, saúde em geral, cuidados físicos, estéticos, entre outros fatores de autocuidado e autoestima.

O fato é que estes quadros de transtornos alimentares, ainda que diferentes, apresentam pontos de conexão. Saber o que influencia na expressão destes quadros e sintomas mais recorrentes ajudará você ficar mais atento e buscar ajuda profissional (médico, nutricionista, psicólogo, psiquiátricas, entre outros), assim como a prestar atenção a pessoas que você ama à sua volta e que de repente estejam precisando desta ajuda.

Sintomas mais comuns no nível cognitivo, comportamental e emocional são:

  1. Perfeccionismo excessivo
  2. Baixa autoestima
  3. Ansiedade elevada,
  4. Pensamento dicotômico (tudo x nada, certo x errado, feio x bonito, “serve” x “não serve”, sucesso x fracasso, etc)
  5. Incapacidade de encontrar satisfação
  6. Medo mórbido de engordar e ideias fixas sobre emagrecimento e saúde
  7. Impulsividade e baixa tolerância à frustração
  8. Comportamento compensatório através da comida (restringir ou comer em excesso, evitar ou aliviar sofrimento).

Existem fatores que extrapolam o indivíduo e sinalizam como o contexto sociocultural influencia no estimular de um ou mais comportamentos relacionados aos transtornos alimentares. Aspectos reforçados pela sociedade como:

  • Família: agente de socialização, transmissão de mensagens sobre aparência da criança (comparações, críticas, foco no peso)
  • Pares: comentários na escola sobre o corpo da criança, brincadeiras de mal gosto
  • Cultura: imagens veiculadas na mídia, incentivo do culto ao corpo, a prática de atividade física em excesso, uso de hormônios, diuréticos, suplementos, medicamentos e dietas restritivas

Existem muitos outros fatores relacionados aos transtornos alimentares, sintomatologias específicas, comorbidades com outros quadros clínicos e outros aspectos. Este texto não pretende esgotar o assunto, mas sim chamar atenção ao que mais comumente observamos na prática clínica e nas interações sociais, comportamentos muitas vezes bem aceitos, estimulados ou “normalizadas” como exemplo seja de sucesso, bem estar, e prazer no viver. Procure informar-se com critério e não tenha receio de buscar ajuda profissional. Você pode sim construir uma nova jornada de vida e relação entre você x você, você x os outros e você x o mundo.

Coaching para Empresas

Coaching para Empresas

As empresas estão sempre dedicando tempo, pessoas, recursos para alcançarem seus resultados com excelência. Mas para o alcance efetivo dos objetivos organizacionais, é fundamental preparar seu time, tanto em aspectos técnicos como comportamentais, com ferramentas eficazes.

O coaching, por ser uma metodologia voltada a resultados e melhoria de performance, despertou grande interesse no mundo corporativo e tornou-se nele presente a partir da década de 1960 (EUA), e em especial no Brasil a partir dos anos de 1990. Isto porque as ferramentas de coaching, pelas suas características de fácil aplicação (didáticas), foco na ação e resultado, começaram a rapidamente promover melhorias de alto impacto nos processos, no jeito de fazer as coisas e gerar  soluções cada vez mais assertivas, assim como mudanças atitudinais e relacionais significativas nos que vivenciam esta metodologia.

Por este fator de guiar pessoas e organizações a melhores resultados e performance, cada vez mais empresas têm buscado desenvolver suas lideranças e equipes através do coaching.

Quando falamos do coaching para empresas, pensamos em técnicas que:

  • Promovem a identificação e desenvolvimento de competências e habilidades dos colaboradores
  • Incentivam e apoiam as pessoas da organização (líderes e equipes) a trabalharem utilizando o seu potencial máximo, colocando em prática o que cada um sabe fazer de melhor e de forma integrada, colaborativa
  • Promove o olhar estratégico sobre as pessoas e recursos na organização, visando melhor desenvolvê-los e direcioná-los
  • Diagnosticam pontos de melhoria em processos, pessoas e gestão, e geram plano de ação
  • Aumentem a consciência produtiva das pessoas, provocando-as a se conectarem com os motivos e sentido do que fazem, com as diversas formas de contribuição que geram interna e externamente à organização
  • Despertam as pessoas a terem clareza sobre objetivos específicos, o que se deseja alcançar efetivamente através do que fazem, quais as prioridades dos projetos e quais aprendizados desejam alcançar e gerar a partir deles
  • Gerar consciência do que precisa ser evitado (distrações, desperdícios, gastos, conflitos, riscos, perdas, vícios comportamentais, etc), de quais ações precisam ser feitas para alcançar resultados desejados, e quais mudanças e hábitos precisam ser construídos e que levarão ao objetivo a ser alcançado
  • Mapeamento de pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças, seja com foco nas pessoas e melhorias que elas podem promover nas suas jornadas dentro da empresa, seja com foco no posicionamento e objetivos da organização como um todo
  • Auxiliem na visualização de objetivos e construção de rotas de ação, com metas parciais e progressivas, passos claros a serem trilhados individualmente ou em coletivo

Você é empreendedor, trabalha numa empresa sua ou é parte do time de uma grande empresa, nacional ou multinacional, saiba que o coaching ajuda você e a sua organização a dar passos mais largos na jornada de alcance de melhores resultados, alinhamento de processos, assertividade no planejamento e ações estratégicas. Entre em contato e peça a sua proposta. Terei o maior prazer de contribuir para esta jornada de melhoria contínua e crescimento da sua empresa.

O desafio da Comunicação Interpessoal

O desafio da Comunicação Interpessoal

A comunicação interpessoal envolve troca de informações entre pelos menos 2 pessoas, sendo uma a emissora (quem emite a informação) e a outra a receptora (quem recebe a informação). Parece simples o processo à primeira vista, porém se lembrarmos que cada um destes participantes pode ser de culturas, línguas e localidades completamente distintas, a comunicação em alguns casos pode se tornar extremamente limitada ou mesmo não acontecer.

Isso porque o maior desafio da comunicação interpessoal é gerar o entendimento, ou seja, fazer com que o receptor entenda a mensagem exatamente como ela foi emitida pelo emissor, com todos os sentidos preservados. Isto se torna de fato um desafio, uma vez que este entendimento passa tanto pelos filtros de quem emite a mensagem (o como fala, como informa) como do receptor (se ouve, como ouve).

Disponibilidade Emocional

Falo muito em sessões de terapia e coaching sobre disponibilidade emocional, sempre perguntando o quanto cada cliente está de fato disposto a encarar a realidade, a se deparar com as evidências do que foi feito e do que não foi feito. E isto é importante ser trazido para este diálogo sobre comunicação interpessoal, uma vez que esta (in)disponibilidade emocional interfere totalmente, seja no falar (ou não falar) como no ouvir (ou não ouvir) uma informação.

Isto é rapidamente confirmado se lembramos exemplos de conflitos familiares, de relacionamento, entre colegas de time e com chefia em que muitas destas situações de conflitos eram eclodidas seja por conta do como se falou (agressivo, desqualificador, desrespeitoso, indiferente, opressor, etc) seja por conta de como se ouviu (sem atenção, sem interesse, com interrupções, etc).

Filtros culturais e ideológicos

Muitas destas indisponibilidades (emocionais ou não) para a comunicação passam também por questões culturais, ideológicas, de valores, intolerâncias (religiosa, de opinião, crenças, sexo, grupos, etc).

Isso podemos totalmente vivenciar em grande intensidade nas últimas eleições para presidente, verificando a “olho nu” o quanto pessoas se digladiavam online ou offline para emitir suas opiniões, sem necessariamente estarem abertas a ouvir e acolher a do outro, muito menos as diferenças de posicionamento, chegando a muitos casos de agressividade física, separações e distanciamentos familiares, episódios de espancamento e mesmo assassinato. Uma triste realidade que exacerbou quem somos enquanto sociedade e evidenciou a nossa indisponibilidade para efetivar de forma assertiva uma comunicação interpessoal.

Muitos dos que opinavam se colocavam em verdadeiro “campo de guerra”, cada um com suas “armas” e defesas. E muitos que não opinavam calavam-se para evitar conflitos, evitar explodir com quem tanto gosta e respeita, evitar se expor e outros tantos comportamentos evitativos.

Este exemplo serve para ilustrar o quanto a comunicação interpessoal pode ser prejudicada por conta dos filtros ideológicos, culturais e emocionais. E nos chama a atenção para como é importante termos cuidado e sermos empáticos na hora de estabelecer uma comunicação com nosso interlocutor.

Como podemos melhorar

Se exercitamos a empatia, se pelo menos nos colocamos no lugar do outro mentalmente considerando quem é esta pessoa com a qual conversamos, como ela gostaria de ser tratada, como ela receberia com maior abertura nossa informação, isto nos permite não só ajustar o nosso como emitimos, mas especialmente o como ouvimos o outro a partir do que falamos. Não significa falar o que o outro quer ouvir, mas sim falar com respeito a si e ao outro. Consequentemente, a comunicação, ao invés de se tornar ponto de mais um conflito, ela se torna espaço de conexão, esclarecimento, entendimento, amor, paz.

Sendo assim, uma comunicação interpessoal de sucesso acontece quando emissor e receptor se colocam interessados e disponíveis emocionalmente, ideologicamente e culturalmente para falar e ouvir respeitando e incluindo o outro no processo, entendendo que ela só é real de fato quando este circuito emissão >> recepção >> retroalimentação acontece com abertura e respeito.

Depressão na Adolescência: como identificar

Depressão na Adolescência: como identificar

Esta é uma fase de vida de intensas mudanças tanto físicas, corporais, hormonais, mas também sociais, relacionais e produtivas na vida de qualquer pessoa. Todavia é possível sim encontrarmos jovens que vivenciam a depressão exatamente por conta de como eles se sentem afetados, impactados pelas experiências vividas consigo, com os outros, no mundo e pela sua perspectiva ou não de futuro.

Na adolescência, muitas vezes o jovem apresenta dificuldades para expressar suas emoções, ficando ainda mais delicado e complexo chegar no diagnostico se de fato aquela menina ou menino está sofrendo um episódio depressivo ou se trata-se de mudanças comportamentais típicas  desta fase da vida. Todavia, os sintomas em nível físico e comportamental, incluindo os marcadores biológicos, ajudam bastante a entender a dinâmica psicoemocional deste jovem. Os 10 mais comuns sintomas em adolescentes, também numa expressão persistente por 2 ou mais semanas de forma persistente:

  • Alterações de apetite: seja o comer compulsivo, várias vezes e/ou em grandes quantidades, seja a falta de apetite;
  • Alterações no sono: seja insônia ou hipersonia;
  • Perda de interesse nas atividades que gostava e se dedicava: seja qual tipo for;
  • Tristeza e desânimo constante: apresentar humor deprimido a maior parte do dia e de forma persistente. Pode envolver o chorar com frequência ou não, mas uma expressão apática, sem vivacidade,  costuma ser frequente;
  • Dificuldades de concentração: muito comum esta queixa, porém ela sozinha não fecha um diagnóstico por estar presente em vários outros quadros. Pode expressar falta de foco, falta de engajamento nas atividades, dispersão, dificuldade de cumprir entregas, prazos, preparar-se para provas ou em situações rotineiras como uma conversa com familiares e amigos;
  • Queda no rendimento escolar: por consequência da falta de ânimo, falta de concentração e perda de interesse generalizada;
  • Comportamento irresponsável: seja envolvendo consumo ou não de drogas, mas algo que o exponha a riscos reais ou impactos relevantes em sua rotina. Pode esquecer-se de compromissos importantes, mostrar rebelde desproporcional aos eventos no dia a dia;
  • Isolamento social: perdendo o interesse por envolver-se em atividades de socialização, seja na escola, na família, com amigos, muitas vezes fechando-se por muitas horas e mesmo dias no quarto sem querer falar com qualquer pessoa;
  • Fadiga e falta de energia: sentindo-se cansado frequentemente e com muita dificuldade para recuperar-se independente de ter dormido muitas horas ou feito atividades de baixo impacto;
  • Dores: queixas frequentes em relação a dores de cabeça ou mesmo no corpo, (estômago, dores musculares);
  • Pensamentos e comportamentos suicidas: expressando real falta de sentido para continuar vivendo, falta de sentir-se uma pessoa de valor, indigna de amor e não pertencente a qualquer grupo, machucar-se ou expor-se a acidentes e riscos de morte e com frequência.

Acompanhar de perto os adolescentes e avaliar cuidadosamente é de suma importância, porque muitas vezes este quadro pode passar desapercebido por pais/cuidadores,  familiares, professores e amigos. Especialmente porque o índice de suicídio nesta faixa etária tem crescido ano após ano, na proporção de 2/3 ( 2 a cada 3 suicídios na adolescência aconteceram com jovens clinicamente diagnosticados como deprimidos). É uma proporção bem significativa e que não pode ser ignorada.

Adolescentes podem ter mais dificuldades de buscar ajuda do que os adultos, seja por dificuldade de expressar o que sentem seja por não entender que podem estar vivenciando algo que demande um acompanhamento profissional próximo.

Fique atento a você e às pessoas que ama à sua volta. Lembre-se sempre: pedir ajuda é um grande gesto de coragem e iniciativa. Não é vergonha alguma, não é símbolo de incapacidade, ainda que muitos assim vejam. Mas sim um valioso gesto de coragem, aceitação dos próprios limites, de que sozinho não se resolve tudo, e de entendimento de necessidade e direto à apoio e suporte / atendimento profissional.

Aplicações do Coaching de Vida – Life Coaching

Aplicações do Coaching de Vida – Life Coaching

Quais aplicações do coaching com foco em vida pessoal? São inúmeras e hoje quero compartilhar com você alguns exemplos já trabalhados em consultório com clientes meus.

Essencialmente, o coaching de vida, ou life coaching, convida você a repensar sua vida como um todo e se apropriar do seu estado atual para identificar incômodos que deseja trabalhar rumo à vida que você quer viver com maior satisfação, felicidade e plenitude.

Sendo assim, quando falamos de coaching com foco na vida pessoal, normalmente trazemos à luz objetivos relacionados à mudança de estilo de vida, de mindset, de atitude, de comportamento. E aqui seguem alguns exemplos de aplicação do coaching de vida:

  1. Pessoas que buscam maior controle, organização sobre sua vida e rotina, consequentemente maior grau de independência, autonomia e produtividade;
  2. Pessoas que fazem o coaching para alinhar e conectar objetivos de diversas áreas de sua vida de forma sustentável (ex: objetivos de trabalho, estudo, financeiro, família, relacionamentos, saúde, lazer, espiritualidade, contribuição social);
  3. Pessoas que se sentem confusas e buscam o coaching para ter clareza de onde querem chegar ao final da sua jornada de vida e carreira, de forma alinhada e respeitando seus valores, propósito, talentos, interesses, escolhas;
  4. Pessoas que sentem que “não vão para frente” em algumas áreas de vida por conta da sua forma de pensar e buscam mudar sua mentalidade (mindset) para alcançar mais e melhores resultados em sua vida como um todo;
  5. Pessoas que estão cansadas de levar uma vida só “casa-trabalho-casa” e querem encontrar novos sentidos e incluir mais atividades nas suas vidas;
  6. Pessoas que estão insatisfeitas com seus hábitos de consumo e querem mudar sua relação com dinheiro e compras;
  7. Pessoas que estão insatisfeitas com algum aspecto do seu físico (ex: peso, visual) e querem promover esta mudança com ajuda profissional;
  8. Pessoas que têm dificuldades de colocar ideias, projetos e sonhos em prática e/ou dificuldade de permanecerem engajadas fazendo o que precisa ser feito para concretizar um objetivo.

Estes são 8 aplicações do coaching com foco na vida pessoal que já trabalhei com diferentes clientes em consultório. Se você se identificou com uma destas aplicações do coaching/necessidades/buscas acima listadas, entre em contato para agendar e fazer sua sessão. Será um imenso prazer ajudar você na sua jornada de transformação.

A Hierarquia das Necessidades de Maslow

A Hierarquia das Necessidades de Maslow

Abrham Maslow (1908 – 1970), psicólogo americano, estruturou a ideia de que nós humanos temos necessidades a serem supridas ao longo da nossa vida, e que elas vão se modificando e sofisticando à medida que vamos satisfazendo aquelas mais básicas até às mais complexas.

Este conceito de hierarquia das necessidades foi desde sua criação propagado e muito contribuiu no estudo da motivação e comportamento humano no que diz respeito ao grau de realização, satisfação, felicidade e plenitude do indivíduo. Sob a ótica de Maslow, nós humanos estamos na jornada de nossas vidas buscando suprir as seguintes necessidades:

Hierarquia das Necessidades

1 – Necessidades fisiológicas: relacionam-se com o nosso aspecto do ser biológico, sendo as mais importantes: sobrevivência (manter-se vivo), de respirar, de comer, de descansar, beber, dormir, ter relações sexuais, etc. Quando olhadas no âmbito do trabalho, reconhecemos elas nas seguintes necessidades: necessidade de horários flexíveis, conforto físico, intervalos de trabalho, alimentação, etc.

2 – Necessidades de segurança: estão vinculadas com a necessidade de nos sentirmos seguros e amparados: sem perigo, em ordem, com segurança, preservação da espécie. No trabalho, reconhecemos elas nas seguintes necessidades: de conservar o emprego, emprego estável, plano de saúde, seguro de vida, contrato formal por tempo indeterminado (CLT), concurso público, boa remuneração, infraestrutura/ambiente adequados e seguros,etc.

3 – Necessidades sociais: necessidades de relacionamento, de busca de interação e pertencimento: sentir-se parte de um grupo, de uma família, ser membro de um clube, receber carinho e afeto dos familiares, amigos e pessoas do sexo oposto. No âmbito profissional, reconhecemos elas na nossa busca por:conquistar amizades, manter boas relações, relacionar-se bem com colegas e superiores, buscando atender suas expectativas etc.

4 – Necessidades de estima: a estima relacionada ao reconhecimento das nossas capacidades por nós mesmos (autovalidação) e o reconhecimento dos outros (validação do outro). Visualizamos estas necessidades na busca de sentir-se digno, respeitado por si e pelos outros, com prestígio e reconhecimento, poder, orgulho etc. Incluem-se também as necessidades de auto-estima.No trabalho identificamos elas na busca de: reconhecimento pelos resultados, boas contribuições e pelas interações de qualidade, reconhecimento por todos do grupo, promoções ao longo da carreira, feedback etc.

5 – Necessidades de auto-realização: são as necessidades de crescimento e desenvolvimento, de melhoria contínua. Isto se expressa na busca por realização, aproveitamento de todo o potencial, ser aquilo que se pode ser, fazer o que a pessoa gosta e é capaz de conseguir. Estão intrinsecamente relacionadas com as necessidades de estima: a autonomia, a independência e o autocontrole. No ambiente profissional, vemos pessoas buscando satisfazer estas necessidades ao buscarem novos desafios profissionais, exercer influência nas decisões relevantes, autonomia, independência, etc.

Ponderações sobre a teoria

Por terem sido estruturadas sob a ótica de necessidades mais básicas às mais subjetivas, este constructo foi estruturado em formato de pirâmide, como na imagem  abaixo:

Todavia, a partir de estudos do comportamento humano, em destaque para os dos estudiosos Wahba e Brigdwell, foi observado que nós humanos não necessariamente para ter necessidades de estima e autorrealização satisfeitas deveriam ter os níveis anteriores já resguardados.

O que cada vez mais tem sido observados em estudos sobre grau de felicidade e plenitude, especialmente na última década, é exatamente o relativizar destas conexões entre necessidades, ou seja, variando de cultura para cultura o que significa felicidades e quais aspectos materiais e subjetivos envolvidos na experiência de realização e plenitude de cada indivíduo e grupo. isto significa dizer que podemos encontrar indivíduos que tem os 3 ou 4 níveis da pirâmides satisfeitos, porém ainda vivenciando sentimento de insatisfação e infelicidade, assim como podemos encontrar outras pessoas super realizadas, satisfeitas e gratas, mas vivendo em condições mínimas ou mesmo precárias de necessidades fisiológicas, segurança atendidas.

De qualquer modo, entrar em contato com a pirâmide de Maslow nos propõe a reflexão: o quanto nos percebemos como felizes, realizados e satisfeitos? Como cultivamos estes sentimentos no nosso dia a dia? De onde alimentamos esta chama da motivação em nós? Quais necessidades percebemos serem mais chaves no nosso senso de realização e felicidade?

Fica aqui para você mais uma reflexão para ampliar seu processo de autoconhecimento, além de aprofundar conhecimento de técnicas e ferramentas de coaching.

Coaching para cuidar de si

Coaching para cuidar de si

O Coaching, por ser uma metodologia voltada a resultados, se mostra como uma excelente estratégia para promover o cuidar de si. Isso porque, durante as sessões, especialmente em processos de life coaching (coaching de vida), o coachee é convidado a fazer inúmeras reflexões sobre seu nível de satisfação com sua vida como um todo, assim como passando por diversos assuntos relacionados a esferas específicas de sua vida (saúde, trabalho, conhecimentos, relacionamentos, social, diversão, espiritualidade).

A ideia é que, a partir destas reflexões, ele possa entrar em contato com seu estado atual, ou seja, sua autopercepção de como ele cuida de si, dos seus sonhos, da sua família, trabalho, do seu aprimoramento técnico, relacionamentos, espiritualidade, provocando-o a se propor ações a partir de hoje para ajustar / melhorar / aprimorar / potencializar este autocuidado.

É claro que o coaching não é a única forma de proporcionar este cuidar de si. Aliás, são inúmeras as estratégias que encontramos no mercado. Mas em sua maioria, num nível mais superficial. Encontramos muitas técnicas de autocuidado relacionadas ao corpo e é importante lembrar que o corpo é apenas um dos aspectos importantes para promover o autocuidado. É fundamental pensar de forma integrada, corpo, mente, espírito, de modo que os benefícios sejam de fato transformadores e levem você ao equilíbrio e satisfação que tanto busca para sua vida.

Pois bem, o coaching sim é uma excelente estratégia de promoção de autocuidado por fazer você se colocar em ação de forma consciente e direcionada para promover as melhorias no nível do corpo, mente e espírito.

Pesquise sem receio e busque um profissional efetivamente preparado para ajudar você na sua jornada de autoconhecimento e transformação. Ter um coach qualificado tecnicamente e com experiência no que você está buscando mudar na sua vida é fundamental para que possa ser assessorado adequadamente e investir com segurança no seu processo.

HIPNOSE NO COACHING: pode?

HIPNOSE NO COACHING: pode?

Uma das questões muito levantadas no debate a respeito dos limites e oportunidades do coaching é sobre o uso da Hipnose. É possível utilizar a hipnose no coaching?

A hipnose, como mais comumente é conhecida e assim nomeada pelo médico e pesquisador James Braid (1795-1860),  é uma técnica de indução para um estado de consciência periférica, ou seja, em que o indivíduo, apresenta um rebaixamento de sua atividade volutiva consciente (regras, leis, inibição), e fica suscetível a comandos.

A Hipnose Ericksoniana

Hoje a escola mais difundida de hipnose é a dos teóricos Milton Erickson e Betty Erickson, ou hipnose ericksoniana. Estes autores propuseram o uso desta técnica para facilitar o entendimento de experiências difíceis vivenciadas pela pessoa, a partir de uma conversa mais coloquial ou narração de histórias que façam sentido para o sujeito a ser hipnotizado, numa interação em nível inconsciente. Sendo assim, a proposta da hipnose traz um enfoque terapêutico e voltado ao processamento e ressignificação de experiências.

Exatamente por este objetivo de processamento e ressignificação de experiências e crenças é que uma das metodologias do coaching – o Coaching Ericksoniano – inclui como ferramenta fundamental de transformação do coachee o uso da hipnose ericksoniana.

Neste método de coaching, o coachee é compreendido como sujeito ativo e autorresponsável pelo seu processo de transformação, estando dentro de si todo um sistema repleto de respostas e soluções para os problemas que ele vivencia, para a realidade que ele estrutura e vive.

Uso da Hipnose no Coaching

Neste processo que utiliza a hipnose como ferramenta de tomada de consciência e ressignificação, o cliente é convidado a entrar em contato com estas suas infinitas potencialidades através desta técnica, de modo a criar um estado mental receptivo para que ele perceba-se capaz de solucionar seus problemas, gerar as respostas que busca e promover as verdadeiras mudanças de que necessita.

Este estado de transe hipnótico favorece o acessar de crenças e experiências que estejam contribuindo no momento atual para processos de autossabotagem, paralisia ou esquiva de situações e conquistas por ele desejada, seja qual for o campo de sua vida.

Sendo assim, a hipnose pode ser sim uma ferramenta em processos de coaching, porém não significa que todo coach se apropria dela para auxiliar seus coachees em suas transformação. É preciso que o coach que opte pela inclusão e uso desta técnica esteja devidamente qualificado como coach ericksoniano e/ou especializado em hipnose para que tenha plenas condições técnicas de trabalhar com seus clientes, respeitando-os de forma integral e usando de maneira ética a técnica.

Vale ainda ressaltar que um coach não e melhor nem pior por usar ou não utilizar tal técnica. No universo do coaching são milhares de técnicas disponíveis para os coaches trabalharem com seus coachees. Apenas cada coach decide pelo uso ético de qualquer das técnicas alinhando sua formação, experiência com as mesmas e foco a ser dado para alcançar objetivos específicos dos seus clientes.

Qual deve ser a postura do Coach?

Qual deve ser a postura do Coach?

Esta semana vimos nos noticiários a polêmica acerca da penalização da tenista Serena Williams na final do US Open 2018 contra a Naomi Osaka, em virtude da interferência direta do seu coach indicando para ela o que ser feito durante a partida. E isto nos leva a refletir: qual deve ser a postura do coach com seu coachee?

É um tema muito importante a ser falado, porque existe uma expectativa por parte de muitos que procuram fazer coaching de que o coach(profissional) seja aquela pessoa que mostre e ofereça ao coachee (cliente) o caminho, a decisão a ser tomada, a melhor escolha a ser feita. Mas de fato esta é uma expectativa, um mito a ser quebrado, porque coaches de verdade não “dão o peixe nas mãos do cliente” para saciar pontualmente a sua necessidade, muito menos ele não dá o peixe a cada necessidade do cliente de ser “alimentado”. O trabalho do coach é sim ensinar ele a pescar.

Perguntas Poderosas e Ferramentas

Com isto, é fundamental entender que a postura do coach envolve alguns comportamentos-chave que o qualificam como profissional preparado para cumprir sua missão. Coaches de excelência não dizem ao cliente “faça isto, é a melhor opção”, mas sim direciona perguntas e ferramentas para que o coachee avalie suas perdas e ganhos envolvidas antes de cada processo decisório.

Coaches de verdade praticam a escuta ativa das questões dos seus coachees sem julgamento e com ética. Eles não falam “isto é certo, isto é errado, você está certo, você está errado”. Mas podem propor perguntas reflexivas para que você chegue a conclusões e aprendizados que fazem sentido para você, como por exemplo “você acredita ter sido esta ação/decisão a mais assertiva para você neste momento? Qual resultado alcançou com ela? Era o que estava buscando alcançar? Quais aprendizados você leva para sua jornada daqui em diante rumo ao objetivo que deseja alcançar?”

Coaches efetivamente preparados já vivenciaram o coaching, ou seja, já vivenciaram algum tipo de transformação de vida, carreira, alavancagem nos negócios através do coaching. Isto significa que bons coaches praticam as ferramentas e técnicas que aplicam com seus clientes em suas jornadas pessoais e de negócio,  e sabe qual resultado efetivo elas podem proporcionar.

Coaches que são bem qualificados e treinados apoiam seu cliente a encontrar sentidos, motivos para a construção de suas rotas de ação e para entrar e ação, seja ela de vida, carreira, mudança de mindset, transformação de hábitos, mudança de estilo de vida, metas de negócios, etc. Coaches não dão planos de carreira prontos alegando “este é o segredo para você alcançar seu sucesso”.

Coach de verdade faz você pensar o que você quer para sua vida, o que precisa ser feito para alcançar o que deseja ser/fazer/ter, e se você esta disposto a fazer tudo para tornar este objetivo realidade. Ele apoia, vibra, energiza, inspira, mas jamais decide pelo seu cliente. O processo é do coachee, não dele próprio.

Por isso, pesquise bem antes de decidir quem será o seu próximo coach. Agende uma sessão experimental para que possa perguntar, tirar suas dúvidas e identificar se este profissional de fato é um coach preparado para auxiliar você.