MECANISMOS DE ENFRENTAMENTO

MECANISMOS DE ENFRENTAMENTO

Neste contexto de isolamento social, é fato que todos estão sentindo diversas emoções, pensamentos e comportamentos, conhecidos ou desconhecidos até então, fruto de uma mudança busca de rotina, limitação de liberdade de ir e vir, assim como de suspensão temporária do contato social presencial. Daí vem a pergunta: mas de onde surge tudo isso? Por este motivo, vamos falar hoje sobre mecanismos de enfrentamento.

CONTEXTO

Estamos num contexto com diversos elementos estressores. Temos que ficar em casa para nos protegermos frente a uma ameaça real que impacta diariamente no mundo inteiro: a possibilidade de ser infectado pelo COVID-19, de enfrentar uma síndrome respiratória aguda de alto impacto no organismo, rápida evolução e que tem levado milhares de pessoas ao adoecimento e à morte.

Deparamo-nos diariamente com este fato. Ainda que conhecida desde sempre, a perspectiva da morte, até esta mudança abrupta e ameaçadora de contexto, talvez muitos de nós não lidávamos com esta perspectiva de forma tão próxima e tão presente no cotidiano.

Este fato revela o quanto nós seres humanos temos dificuldade de lidar com a finitude, e com isso muitos comportamentos, emoções e pensamentos os mais variados são ativados, de forma particular em cada um, em diferentes dias, em diferentes momentos do nosso isolamento social.

Além deste primeiro ponto abordado, uma enxurrada de informações 24 horas por dia são veiculadas nos telejornais, na internet, nas redes sociais, veiculando notícias sobre a velocidade de ação da pandemia do COVID-19 no mundo inteiro, revelando incertezas, o não saber lidar com este contexto em escala global, o não conhecimento prévio científico, coletivo e individual para lidar com tamanha ameaça a vida, a não existência prévia de uma vacina, de um tratamento para combater o coronavirus, trazendo à tona a vulnerabilidade de nossa condição humana em escala global.

Vemos diariamente lideranças e cientistas sinalizando estas vulnerabilidades, buscando utilizar os mais diversos recursos para o quanto antes chegar a produção de uma vacina, de medicações para o tratamento, mas sempre pontuando que se trata de  uma produção de conhecimento, soluções e práticas frente à crise construídos dentro dela, ou seja, à medida em que enfrentamos, buscamos soluções em escala global para combater este real problema de alto impacto.

Além disso, nosso contexto conta ainda, infelizmente, com produção de conteúdos falsos, as famosas “fake News”, bem como posicionamento de algumas lideranças negando o contexto, o que gera confusão mental, indignação, raiva, potencializando sensação de estar perdido em cada cidadão frente à tantas incertezas, vulnerabilidades e limitações.

MECANISMOS DE ENFRENTAMENTO

Frente a tudo isso, muitos comportamentos, emoções, pensamentos são esperados, mas nem por isso fáceis de lidar, por nos encontrarmos imersos a este contexto de inúmeros fatores estressores. Quais são eles? Confira abaixo os mais recorrentes e que pode estar acontecendo neste exato momento com você ou algum familiar, amigo, colega ao seu lado:

  • MEDO: contextos estressores ativam nosso sistema repitiliano, nosso sistema mais primitivo, onde se encontram nosso sistema de busca por sobrevivência e preservação da espécie, ativando comportamentos ligados à luta e fuga, em busca de proteção, sobrevivência de si e da espécie como um todo. O medo entra como emoção mais relevante neste processo, ativando a amídala, uma glândula que sinaliza alerta, “pane” ao nosso organismo, liberando hormônio do estresse, o cortisol;
  • NEGAÇÃO: este é um enfrentamento que muitas pessoas apresentam por dificuldade em aceitar o contexto, seus riscos envolvidos, a possibilidade real de adoecimento grave, finitude, enfim de morte. Dentro disso, é muito comum comportamentos de evitativos como não ficar em casa, não seguir as orientações de higienização e desinfecção constantes (lavar a mão, não misturar nem usar utensílios de uso pessoal, evitar aglomerações, usar máscaras e luvas), como que fingindo para si mesmo que nada de grave estivesse acontecendo. Este mecanismo trás à tona a dificuldade que temos de acessar nossas vulnerabilidades, dores, nossa incompetência e impotência frente ao cenário;
  • RAIVA: esta emoção surge neste contexto como uma expressão também de não aceitação do contexto, incertezas, impotência, não saber, perda de referências de rotina, controle, planejamento. É uma emoção que revela muito nosso desejo de continuidade da vida, muito ligada ao nosso mecanismo de luta, de ataque frente a ameças. Revela ainda nosso desejo de que tudo fosse diferente e tivesse outro desfecho, que não o que estamos vivenciando. Sinaliza nossa energia de busca por soluções, saídas, continuidade, enfrentamento, mas também a não aceitação e a sensação de sermos obrigados a nos deparar com o real perigo, ameaça, incertezas, dores, impotência frente aos acontecimentos. Ela pode ser expressa como irritabilidade, impaciência, agitação psicoemocional, agitação motora, aumento da ansiedade, pânico, bem como explosividade e acessos de fúria, variando de pessoa para pessoa;
  • BARGANHA: aqui observamos muito nas nossas tentativas de negociar prazos de quando poderemos voltar à “normalidade”, como se fosse possível de fato voltarmos ao que era antes. Entram também nossas buscas constantes de soluções parciais, paliativas, temporárias, que de fato não resolvem o contexto, mas nos ajudam a “ganhar tempo” até que outras soluções eficazes surjam. É a nossa ação utilizando todas as armas e recursos disponíveis para o enfrentar da situação, porém ela continua nos colocando em contato com nosso risco e ameaça real, perigo, vulnerabilidade, impotência e finitude;
  • TRISTEZA: esta emoção revela nossa dor frente ao contexto, riscos e ameaças envolvidos, nosso sentimento de impotência, de não saber. Revela nossa empatia em sentir não só a nossa dor, mas a dor dos que estão à nossa volta, nos conectando pelas nossas vulnerabilidades. Ela revela nossas dores frente às perdas envolvidas, pessoais, materiais, de pessoas queridas, faltas concretas e subjetivas que experimentamos diariamente, falta do contato social, de estar próximos das pessoas que amamos, saudades, e outras experiências psicoemocionais;
  • CONFORMISMO: alguns podem estar se conformando com o contexto, ficando em casa, tomando todos os devidos cuidados e precauções, mas ainda assim experienciando todas estas emoções anteriormente citadas, expressão a não aceitação efetiva do contexto e seus inúmeros impactos. O conformismo costuma nos levar a comportamentos de lentificação, passividade, resignação, vitimismo, evitativos como a procrastinação, a preguiça, queda de produtividade, dificuldades de atenção e memória;
  • COMPULSÃO: este é um comportamento que revela estratégia compensatória frente aos acontecimentos. Alguns de nós começam a comer mais, trabalhar mais, beber mais, fumar mais, usar mais medicações, comprar mais, usar mais substâncias ilícitas, como estratégias de alívio e compensação frente às faltas, dores, vulnerabilidades que o contexto nos faz acessar;
  • ANEDONIA: muitas pessoas podem apresentar dificuldade, redução ou perda da capacidade de sentir e buscar prazer por se encontrarem neste contexto estressor;
  • CONFUSÃO MENTAL: algumas relatam sentir perda da noção dos dias, por conta do isolamento e dificuldade em diferenciá-los, estabelecer uma rotina minimamente estruturada, além das informações confusas, imprecisas veiculadas nos meios de comunicação;
  • INSÔNIA: o sono pode ser prejudicado em virtude do organismo se encontrar com o sistema de luta e fuga ativado, ou seja, permanecendo em alerta a maior parte do tempo. Isto pode levar pessoas a terem dificuldade de iniciar o sono, ter o sono interrompido, dormir menos horas ou despertar mais cedo que o de costume;
  • LENTIFICAÇÃO: podemos apresentar comportamentos de lentificação do organismo, preguiça, tédio, hipersonia também como estratégia de enfrentamento ao contexto estressor e isolamento social;
  • NEGATIVISMO: manifestado por muitas pessoas por se sentirem reféns do contexto, impotentes, sem perspectivas frentes à tantas incertezas, ou mesmo descrentes. Pode levar pessoas a se sentirem desesperadas, desesperançosas, perder sentido de sua existência e em caso mais graves a tentativas de suicídio.

Todos estes pontos acima citados são experiências emocionais, cognitivas, comportamentais que podemos apresentar como mecanismos de enfrentamento frente ao contexto de pandemia do COVID-19 que estamos vivenciando. Isso significa a importância de perceber o que é congruente com o contexto e o que não é incongruente, de forma inclusive a buscar ajuda profissional (médica, psicoterapia) e mesmo não intensificar estes processos, levando a instalação de transtornos mais graves (violência doméstica, abusos, homicídios, depressão, TEPT, TOC, pensamentos ou tentativas suicidas, transtorno do pânico, TAG, transtornos de ansiedade específicos, fobias, ou mesmo quadros de despersonalização, desrealização, psicose).

PROMOÇÃO DE SAÚDE, PREVENÇÃO E BEM ESTAR

Aproveito e deixo abaixo dicas de como você pode colocar em prática estratégias de enfrentamento focando no seu bem estar, prevenção, saúde física, mental, espiritual para atravessar da melhor forma possível toda esta jornada:

  • ROTINA: procure estruturar uma agenda, seja para seu dia, seja para sua semana. Inclua horários para se alimentar, cuidar de si, de seus familiares, atividades prazerosas, além de trabalho. Procure dormir no mesmo horário. Isto ajudará a diminuir a sensação de incerteza, imprevisibilidade, ainda que sua agenda seja menos intensa que antes;
  • BEM ESTAR: busque atividades prazerosas e diversão. Promova qualidade de vida na sua rotina pessoal, familiar e profissional de modo a lidar com os desafios do contexto de forma mais leve. Inclua filmes, séries leves, bem humoradas, músicas, podcasts, lives de shows e espetáculos além de atividades práticas e lúdicas;
  • ACT: pratique a autoaceitação e compromisso. Gerar autocobrança excessiva, regras muito rígidas para si mesmo e para os outros do seu convívio será mais fatores de tensão e estresse que só potencializarão emoções desagradáveis e conflitos. Negocie com você mesmo e com as pessoas com quem mora o que será bom para todos, respeitando ao máximo as necessidades e direitos dos envolvidos. Assuma compromissos com você mesmo e com os outros para tornar esta jornada mais leve e respeitosa;
  • MEDITAÇÃO E MINDFULLNESS: pratique exercícios de presença, atenção plena, foco na respiração, meditações guiadas que promovem bem estar imediato, promovem autoconhecimento, melhoria na percepção de necessidades físicas, emocionais, relacionais e do que realmente importa;
  • ATIVIDADE FÍSICA: pratique como estratégia de promoção de bem estar físico, mental, já que exercícios físicos liberam hormônios de prazer como as serotoninas. Foque em estar bem, corpo, mente e espírito;
  • CONEXÃO AFETIVA VIRTUAL: o distanciamento é apenas físico. Busque alternativas de se fazer presente na vida de quem ama e elas na sua, utilizando os recursos tecnológicos (videoconferências, telefonemas, whatsapp, etc). Mantenha os vínculos afetivos ativos e presentes na sua vida;
  • APRENDIZADO DE NOVOS CONHECIMENTOS E HABILIDADES: pesquise e coloque em prática novos conhecimentos. Aprenda novas habilidades, faça cursos online, pesquise novos temas e conteúdos que quebrem seu foco nas notícias trágicas, imprecisas. Foque em manter-se ativo e gerando aprendizado e melhoria contínua, isto ajuda seu cérebro perceber um senso de continuidade;
  • CURIOSIDADE: troque o medo pela curiosidade frente ao novo, frente às incertezas. Excercite sua criatividade de diferentes formas, brinque, jogue, dançe, cante, interprete, escreva, recite, descubra, inove;
  • FÉ, ESPERANÇA, CONFIANÇA: cultive práticas que potencializem pensamentos positivos, fortaleça sua confiança tanto em si mesmo para superar o contexto, como na perspectiva de continuidade e ressignificação da vida como um todo. Fé e esperança impactam diretamente de forma positiva no sistema imunológico, no enfrentamento de desafios, na busca de soluções e na capacidade de superação, ou seja, potencializam sua resiliência;
  • CAPACIDADE DE SONHAR: exercite sua capacidade de sonhar, visualizar novos projetos e sonhos de longo alcance. Imaginar o que você quer ser, fazer, realizar a longo prazo, após o pior passar e que daqui até lá você possa se concentrar em construir este plano, identificar recursos necessários, tornar claro o que de fato você quer para você e sua família;
  • SOLIDARIEDADE: pratique ações solidárias diretas ou indiretas, ajude quem estiver ao seu alcance, não importa o tamanho da ação. Sinta-se contribuindo para melhorar nem que seja minimamente a sobrevivência e bem estar de outras pessoas. Seja solidário, cooperativo, foque no bem estar e saúde do coletivo. Todos são importantes.

Estas são dicas de promoção de qualidade de vida, bem estar e saúde integral, cruciais para que todos nós possamos atravessar esta pandemia da melhor forma que estiver ao alcance de cada um de nós, utilizando os recursos que temos, internos e externos, materiais e subjetivos. Temos muito a aprender com todo este contexto, individualmente e em coletivo. Temos muito a construir mais adiante, de forma diferente, levando todos estes aprendizados do processo.

SOCIALIZAÇÃO X ISOLAMENTO: entendendo como cuidar da sanidade

SOCIALIZAÇÃO X ISOLAMENTO: entendendo como cuidar da sanidade

Estamos vivendo uma experiência enquanto humanidade sem precedentes: a pandemia do Corona Vírus. E com ela uma avalanche de mudanças de rotina, inclusive a diretriz da quarentena que nos priva da socialização e nos coloca em isolamento como medida preventiva e de contenção da proliferação do vírus e também do número de casos positivos, sejam eles com ou sem sintomas.

Isto de fato tem mexido com o emocional de todos nós, seja pelo fato de nos depararmos com as incertezas do não saber como lidar com este contexto, o não saber o que estará por vir, quando passará, dimensão dos impactos, seja porque nos leva a quebrar paradigmas relativos ao planejamento, uso do tempo, formas de trabalho, relacionamento com nós mesmos, os outros e o mundo. Uma verdadeira revolução para todos nós enquanto humanidade.

IMPACTOS DO ISOLAMENTO

Pois bem, aproveitando este contexto, resolvi falar sobre o que acontece neste contexto em que temos nossa liberdade de ir e vir limitada por motivo de força maior e saúde pública. Segue abaixo alguns pontos que você pode já estar sentido na pele ou ainda não, mas pode estar percebendo em algumas pessoas à sua volta neste período de quarentena:

  1. Aumento da ansiedade: que pode ser sentido pelo aumento de ruminação mental, agitação motora, problemas de sono (insônia), e outros sintomas;
  2. Aumento de comportamentos compulsivos: muitos passam a comer mais, beber mais, jogar mais, usar mais substâncias e mesmo comprar mais, como forma de usar o tempo, gerar alívio às emoções desagradáveis, incertezas, medos, ou mesmo extravazá-las;
  3. Aumento de pensamentos e comportamentos obsessivos: como nosso contexto nos exige maior rigor com a higiene pessoal e de ambientes, muitas pessoas passam a ter comportamento exagerado de extrema preocupação com limpeza, organização, medo de contágio, medo de morte entre outros pensamentos obsessivos relacionados a danos e doenças;
  4. Elevação dos fatores de estresse: muitas pessoas percebem mais fatores estressores por conta desta restrição forçada de trânsito/liberdade e isto contribui para mudanças e oscilação de humor. Os principais fatores de estress são: tempo de isolamento indeterminado, medo de contágio, frustração, tédio, perda de rotina, redução da socialização presencial, diminuição do contato físico, medo de faltar suprimentos, perda de renda, incertezas;
  5. Negação: vemos nitidamente em pessoas que se negam a perceber a gravidade da situação, expondo-se ou expondo às pessoas em volta, sem tomar os devidos cuidados orientados pela ANVISA e Ministério da Saúde. Vemos, por exemplo, muitos casos de idosos querendo manter a rotina de antes, sair de casa, ignorando ser o grupo de risco, mais sensível ao contágio;
  6. Raiva: muitas pessoas apresentam esta emoção mais a flor da pele, evidenciando seja por comportamentos mais agressivos verbais, intelorência, impaciência, explosividade. A Raiva também revela uma não aceitação do contexto e uma luta consciente ou não para fazer algo para solucionar ou mesmo resgatar o status quo anterior a tudo isso. É uma enervia de luta, sobrevivência, proteção à flor da pele que se evidencia através da raiva de formas diversas;
  7. Tristeza: há pessoas que já se conectaram mais com esta emoção pelo sentimento de impotência, de não sentir seu poder de ação frente ao contexto, de não saber lidar com as incertezas, e por se conectarem com a dor do outro, a dor do mundo, de toda a humanidade.
  8. Oscilação de humor: muitas pessoas ao longo de um dia podem apresentar neste período de isolamento bastante oscilação de humor (alegria, tédio, raiva, tristeza, etc). Isso por conta do processo de mudança de rotina forçada, restrição de liberdade de trânsito, limitação do espaço e restrição da socialização. O fato é que o isolamento nos coloca de frente com várias porções nossas que no dia a dia por estarmos ocupados(as) não prestamos atenção e/ou nos distraímos de dores e medos que não queremos sentir, mas que agora temos tempo e espaço para acessar tudo isso;
  9. Mudanças no apetite: pela mudança de rotina, ficar em casa e muitas vezes não saber o que fazer para ocupar o tempo e seu mental, você pode sentir mais ou menos vontade de comer. É preciso ficar atento para não gerar problemas de saúde e mesmo tornar uma compulsão;
  10. Confusão mental: algumas pessoas podem apresentar este comportamento fruto da exposição demorada aos fatores estressores, mas o que vemos de mais imediato é a alta exposição a avalanche de notícias e fake News, tirando delas o senso de precisão x realidade, perda da confiança nas fontes de informação, confusão e em casos mais graves pode levar à perda de noção da realidade;
  11. Perda da noção de tempo: algumas pessoas com o passar dos dias podem se sentir perdidas em relação a dia da semana, horários, trocar turnos por conta da quebra de rotina e isolamento forçados. Isto demanda atenção para não gerar processos de desconexão mais graves e mesmo dissociativos;

ESTRATÉGIAS DE BEM ESTAR, PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE

Agora que já sabemos o que pode acontecer quando temos nossa socialização reduzida e somos submetidos a um período longo de isolamento social, como o que estamos vivendo de quarentena, podemos sim pensar em como trabalhar para manter nossa sanidade mental, nossa saúde psicoemocional. Sim é possível e devemos totalmente focar em estratégias de promoção de saúde e prevenção frente a todo este contexto incerto e estressor. Confira abaixo que podemos fazer para cuidar da sua saúde mental e psicoemocional neste contexto, para atravessar ele com menor impacto negativo possível:

  1. Pratique as estratégias de higienização pessoal e de ambientes, assim como de isolamento. FIQUE EM CASA;
  2. Resiliência: praticar a resiliência é trazer o olhar de curiosidade, do que se pode aprender com tudo isso que estamos vivendo, com todos os desafios diários físicos, psicoemocionais, materiais, etc. Ser resiliente é acolher o contexto que estamos vivendo, olhar para o que pode ser feito no momento, com os recursos disponíveis e promover a fé, a confiança de que tudo passará, aceitando o momento como eles se apresenta de forma ativa;
  3. Praticar atividade física: fazer exercícios em casa é muito importante para movimentar nosso corpo, trabalhar toda nossa química cerebral e ativar todos os processos fisiológicos. É uma atividade de alto impacto na promoção de bem estar e redução do estresse mental e físico, para combater a letargia que podemos sentir neste período de isolamento;
  4. Estruture uma nova rotina: procure manter seus horários de refeição, sono como antes, estabeleça um horário para seu trabalho remoto, estabeleça até 5 ações/tarefas para seu dia de modo a dar foco. Faça isso tanto para você como para seus familiares e filhos. Isto ajuda e muito a diminuir a sensação de incerteza, de estar perdido ou à deriva, de confusão mental com o passar dos dias de isolamento, por manter seu relógio biológico minimamente orientado;
  5. Restrinja o volume de informações: especialmente quanto ao que você assiste nos noticiários de tv, internet, redes sociais, e ao que recebe de parentes e amigos. Evite esta avalanche de noticias e escolha 1 canal oficial para informar-se apenas 1 vez ao dia. Isto ajuda a diminuir a ansiedade, a perda de confiança pela imprecisão das informações e a prevenir confusão mental e desconexão da realidade. Lembre-se que você se manter 24h ligado e informado não vai fazer você resolver ou sair da situação mais rapidamente. Só contribuirá para sua exposição a mais fatores estressores;
  6. Desligue o celular e todas as notificações de texto e sonoras: fazer isto contribui e muito para a redução de hiper vigilância, estado de alerta por esperar novas notícias, comunicações, e eleva sua presença e seu foco ao se concentrar no que você pode fazer no aqui e agora, sozinho ou com familiares;
  7. Conecte-se e consuma conteúdos positivos: leituras, vídeos, filmes, desenhos animados, músicas, podcasts, séries que nos façam desfrutar da melhor forma nosso tempo, com sentido, nos fazendo sentir que valeu a pena dedicar nosso tempo à aquela atividade e nos preencheu de sensações e informações boas, produtivas, tornando nossa experiência de isolamento mais leve. Foque em conteúdos que proporcione bem estar físico, mental, psicoemocional, espiritual;
  8. Pratique atividades manuais, artesanatos e arterapia: praticar atividades manuais é uma excelente estratégia de meditação ativa, ou seja, de fazer você direcionar seu tempo, energia e foco em algo produtivo e que faz você estar presente, com sua atenção focada, combatendo ansiedades, pensamentos negativos, pessimistas e fazendo bom uso do seu tempo de isolamento;
  9. Conecte-se!: o isolamento social forçado é apenas presencial, não total! Você pode e deve se manter conectado com familiares, amigos, utilizando plataformas e apps de vídeo (whatsapp, Skype, zoom, hangout), fazer lives nas redes sociais(instagram, facebook) para se conectar com as pessoas, compartilhar e receber algo de positivo desta experiência (boa música, orações, meditações, atividades físicas, dançar, mensagens reflexivas positivas, etc). Você pode e deve se manter conectado online para manter este senso de pertencimento e partilha com todos;
  10. Organização com sentido: se for para colocar em prática seu senso de limpeza e organização, então procure um motivo positivo para fazer, como mudar disposição de móveis e objetos de lugar, separar o que doar e o que descartar, dar novos sentidos aos objetivos ou mesmo customizá-los para novos usos. Enfim, faça isso como uma estratégia de promoção de bem estar, prazer, ressignificação, e não para potencializar seus medos e obsessões;
  11. Aprenda e desenvolva-se: aproveite este tempo para aprender novas técnicas, conhecimentos e desenvolver novas habilidades a partir de cursos onlines gratuitos ou não disponíveis pela internet. É uma estratégia também de bom uso do tempo, assim como manter seu cérebro em atividade e com foco;
  12. Peça ajuda: ao invés de se arriscar saindo para comprar o que precisa, peça ajuda a parentes e amigos; Este recado é especialmente para os idosos e grupo de risco mais sensível ao contágio. Se expor não vai resolver seu problema, só piorar. Quebre este automatismo de querer resolver tudo por conta própria e sozinho(a). Tem várias pessoas que estão aí para ajudar você, mas é preciso você querer e permitir-se se ajudado. Isto vale também para buscar ajuda profissional, por exemplo, buscar a psicoterapia online neste período como medida preventiva e de promoção de saúde mental e psicoemocional para atravessar este momento. Permita-se ser ajudado;
  13. Foque em atividades prazerosas: elas ajudam a promover maior bem estar, tornar mais leve seu período de isolamento, liberando hormônios do prazer no seus sistema;
  14. Ajude o próximo: isso você pode fazer de várias formas, seja se colocando disponível para comprar itens de necessidade pessoal e levar até sua porta, escutar o outro genuinamente, de forma empática e ativa, dar palavras de incentivo, manter-se emocionalmente e virtualmente conectado com ele(a) exercitando o apego, pertencimento, afeto, conexão de forma genuína, compartilhando de forma positiva esta temporada de quarentena. Ajudar o outro e ser ajudado gera um grande bem estar físico e psicológico;
  15. Seja criativo!: coloque sua criatividade em ação para pensar em diferentes atividades, criar brincadeiras, novos objetos, produzir artisticamente (escrever, compor, pintar, esculpir, encenar, etc) para fazer bom uso do seu tempo e promover muito bem estar físico e psicológico.

Espero que este texto possa ajudar você a atravessar de forma mais leve, presente, confiante, ativa este período de isolamento que a quarentena está nos impondo. Que você possa voltar seu olhar para o que há de positivo em tudo isso, aprendizados, oportunidades, criações, inovações, reflexões, conexões entre outros aspectos que podemos levar conosco para contar muitas histórias depois que tudo isso passar. Conte comigo e com todos à sua volta!

Para ampliar sua leitura sobre o assunto, confira os links abaixo:

https://cristianonabuco.blogosfera.uol.com.br/2020/03/24/os-impactos-psicologicos-da-quarentena-e-como-reduzi-lo/

http://www.periodicos.usp.br/reeusp/article/download/129784/126368

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-74092015000200006

https://visaemdebate.incqs.fiocruz.br/index.php/visaemdebate/article/view/266

 

COACHING FAMILIAR

COACHING FAMILIAR

Falamos em outro artigo aqui no blog sobre a existência do Coaching Integral Sistêmico, que é um processo de coaching holístico e que propõe ao coachee ampliar sua visão e promover mudanças, melhorias, transformações de forma integral na sua vida, entendendo que mexendo em uma esfera o impacto será no seu sistema como um todo.

Com este mesmo olhar, podemos entender o Coaching Familiar, ou seja, como uma proposta de coaching integral sistêmico, de modo a ajudar uma família a promover melhorias, mudanças e transformação de forma holística, envolvendo todos os membros como partes importantes, como agentes corresponsáveis pelo alcance das melhoras pretendidas para o grupo familiar.

O Coaching Familiar é um tipo de life coaching, ou seja, focado em melhorias com foco em bem estar, qualidade de vida, melhoria na qualidade dos relacionamentos, da comunicação entre membros da família, aprendizado de habilidades sociais em comunidade, entendendo que a família é um sistema que tem dinâmicas próprias, e que inclui as dinâmicas individuais dos participantes.

Por este motivo fica claro ser ele uma proposta de trabalho de desenvolvimento humano, através da metodologia do coaching, em grupo, com um coach ajudando este grupo familiar a alcançar algum objetivo ou resultado específico.

Para ficar mais claro, vamos trabalhar um exemplo específico: digamos que uma família esteja com dificuldades financeiras e isto impacta em menos lazer, menos diversão, maior privação de viagens e aquisição de bens, assim como não conseguem guardar uma reserva para emergência muito menos investir. Emocionalmente, todos se encontram mais estressados, desmotivados, irritadiços, sendo estas emoções servindo de gatilhos para discussões e desentendimentos, o que só pioram o quadro relacional e não resolve o ponto específico, melhor gestão das finanças para promover mais lazer, diversão, viagens, aquisição de bens e investimentos. Este é o estado atual do sistema familiar, com impacto negativo direto (incômodos) em todos os membros.

Este coach atua junto ao grupo familiar provocando os mesmos entenderem sua participação e corresponsabilidades na geração deste estado atual (dificuldade financeira, menos diversão, sem investimentos). Ele auxilia os membros a estruturarem uma meta específica em comum (ex: reduzir gastos e melhorar a gestão financeira para proporcionar mais lazer, diversão, viagens e investimentos até 31/12/20) e, a partir desta, definem papéis, uma missão para cada alinhada com o objetivo do grupo, distribuindo tarefas/ações para cada 1 em formato de rota de ação construída com eles.

A ideia é provocar todos os familiares se sentirem diretamente responsável por gerar resultados que acelerem/aproximem todos do alcance deste objetivo, cada um fazendo sua parte, sem pesar para ninguém.

Os benefícios deste tipo de coaching são:

  • Melhoria nas relações entre membros;
  • Melhoria na comunicação e expressão de necessidades, direitos, emoções, opiniões;
  • Maior cooperativismo;
  • Empatia, paciência, tolerância, compaixão;
  • Maior engajamento;
  • Aprendizado e melhoria nas habilidades de negociação e tomada de decisão;
  • Ampliação de visão e mudança de mindset dos membros: eles passam a enxergar a família como um sistema gerador de benefícios e bem estar para todos, sendo todos responsáveis por isto, e que não se trata de uma reunião de pessoas com interesses e objetivos individuais que compartilham o mesmo teto.
FELICIDADE COMO CAMINHO: conheça suas preferências e essência

FELICIDADE COMO CAMINHO: conheça suas preferências e essência

Num outro artigo que escrevi aqui no blog comentei o quanto este tema da felicidade desperta interesse de pessoas em rodas de conversas, redes sociais, livros diversos, assim como de áreas do conhecimento como filosofia, psicologia, espiritualidade. Hoje vamos falar sobre a felicidade como caminho e sobre a importância do autoconhecimento neste processo.

Quando falamos do termo felicidade, podemos encontrar diversas definições estruturadas por filósofos e autores que despertam a reflexão sobre sentido da vida, por que vivemos e fazemos o que fazemos, motivações para a existência, sobre o que realmente importa para entendermos que a vida que vivemos está valendo a pena e possui sentido.

E isso provoca emoções positivas, que nos fazem nomear alguns eventos da nossa jornada como felizes, em que nos sentimos plenos, realizados, preenchidos por sensações agradáveis como alegria, paz, plenitude, como por exemplo o nascer de uma criança, quando ela dar seus primeiros passos e palavras, quando passamos num vestibular, concurso público, quando conseguimos aquele trabalho que tanto queríamos, quando vivemos relacionamentos agradáveis com familiares amigos, quando fazemos uma viagem dos sonhos, quando realizamos um projeto, um casamento, quando encontramos alguém que amamos e que estava distante fisicamente há anos, entre outros tantos belos momentos de vida.

A verdade é que a felicidade não está nestas situações em si, mas sim no como vemos e nos relacionamos com estes momentos ao longo da nossa vida, com o que eles significam para nós. E isto fala muito mais de nós mesmos do que dos fatos que acontecem.

AUTOCONHECIMENTO X FELICIDADE

Para termos clareza do que é felicidade para nós, é preciso ter clareza do que nos faz feliz. E para isto é preciso se conhecer, percorrer a jornada do autoconhecimento para que possamos acessar nossa essência, nossos valores, interesses, gostos, preferências e experienciar situações que nos provocam alegria, realização, paz, plenitude alinhadas a estes pontos.

Mas, muitas vezes, podemos começar a entender o que é felicidade a partir de eventos e situações trágicas ou ruins, como perdas, falecimentos, separações, conflitos, enfermidades, pois elas também nos colocam em direto contato com o que nos falta, com nossas dores, nossos motivos de infelicidade e que nos provocam a mudar de rota, ajustar planos, ressignificar relações e vida como um todo, rumo a viver com mais sentido.

Por estes pontos é que dizemos que felicidade é um caminho. E que para seguir nele é preciso entrarmos em contato com nossa essência e preferências. Momentos em que nos percebemos fazendo o que gostamos, seja profissionalmente ou não, agindo coerente com valores que tomamos como referenciais da nossa existência, tomando decisões e fazendo escolhas também alinhadas a eles e as sensações agradáveis de alegria, paz, plenitude certamente nos ajudam a entender o que é felicidade para nós e servem de referenciais para buscar cada vez mais momentos como estes em nossa vida, assim como superar desafios e momentos difíceis, promover mudanças, seja no nosso jeito de ser, no nosso estilo de vida, relacionamentos, hábitos, ações sociais, trabalho, entre outros aspectos.

E com objetivo de ajudar você na sua jornada de busca da felicidade, deixo aqui algumas perguntas para que possa fazer a si mesmo sobre o assunto:

  • Quem é você? Qual a sua essência?
  • O que move você?
  • O que faz você acordar e viver seus dias?
  • Por que você vive, para que você vive? Como você vive?
  • Por que você faz o que faz? Para que você faz o que faz? Como você faz o que faz?
  • Quais seus interesses, gostos e preferências?
  • Quais seus valores?
  • Qual seu propósito?
  • Quais pessoas são referências positivas para você? Por quê?
  • Quais os momentos mais felizes que viveu até aqui? O que aconteceu que deixou você feliz nestas situações?
  • Quais piores momentos que viveu até aqui? O que aconteceu? O que faltou nestas situações?
  • O que você faz hoje que deixa você feliz, pleno, em paz e realizado?
  • Em quais situações você se sente completo? Como?
  • O que realmente importa para você?
  • Felicidade para você é… (complete a frase)

Espero que você faça este exercício e que esta pequena reflexão ajude você a ampliar sua visão sobre se mesmo, os outros e o mundo, sobre o que é felicidade para você e de modo que possa realizar ajustes e melhorias na sua jornada de autoconhecimento e realização.

Para saber mais:

https://mamtra.com.br/felicidade-o-que-te-faz-feliz/

O que é Coaching Ontológico?

O que é COACHING CRIACIONAL?

O que é COACHING CRIACIONAL?

O Coaching Criacional é uma metodologia de coaching estruturada por Gerônimo Theml, fundador do IGT (Instituto Gerônimo Theml). É um processo que convida você despertar o seu potencial infinito, ajudando-o a quebrar e libertá-lo de crenças limitadoras que o distanciam de ser na sua melhor versão.

São utilizados referenciais teóricos da neurociências, especificamente da física quântica, programação neurolinguística, psicologia positiva, com técnicas e ferramentas direcionadas a despertar seu olhar para sentidos das experiências que vivencia. Ajuda você a se conectar com aprendizados que adquire a partir dos desafios diários, desenvolver habilidades tanto técnicas como comportamentais para entrar em ação assertivamente, utilizando seus recursos internos e externos para viver uma vida com sentido e gerar mais e melhores resultados.

É um processo que chama o você a reconhecer e colocar em prática suas potencialidades de forma criativa e com sentido. A ideia é que você se aproprie do que tem e pode fazer de melhor gerando contribuições diretas na sua vida, na das pessoas à sua volta assim como na comunidade que você faz parte, no mundo.

Neste processo, temas como sentido da vida, consciência sistêmica, autorresponsabilidade, bem como comprometimento e engajamento são abordados ajudando você entrar em contato com seu propósito e poder de criação de sua realidade, de mobilização de recursos e esforços para entrar em ação e realizar o que deseja.

COACHING DE EMAGRECIMENTO: benefícios, vantagens e desafios

COACHING DE EMAGRECIMENTO: benefícios, vantagens e desafios

Todo fim de ano, encontramos muitas pessoas engajadas no chamado “projeto verão”, buscando resultados de emagrecimento e definição muscular num curtíssimo intervalo de tempo. Mas aí vem a pergunta: até que ponto este resultado é sustentável. Pensando em ampliar nossa conversa sobre coaching de emagrecimento, hoje vamos falar sobre benefícios, vantagens e desafios deste processo.

BENEFÍCIOS

Como abordei noutro artigo aqui no blog, o coaching de emagrecimento é um dos tipos de health coaching, ou seja, processo de coaching voltado a mudança de estilo de vida e promoção de saúde integral.

Como principais benefícios deste processo de transformação temos:

  • Mudança de hábitos alimentares;
  • Eliminação de sedentarismo;
  • Inclusão de atividade física na rotina semanal;
  • Promoção de autocompromisso, disciplina, limites realistas;
  • Aumento de autoestima;
  • Aumento da autoconfiança, segurança;
  • Promoção de inteligência emocional x hábitos alimentares;
  • Viver com maior bem estar e qualidade de vida

VANTAGENS

Como vantagens do processo de coaching de emagrecimento, temos:

  • Orientação profissional para sua mudança de mentalidade e comportamental;
  • Apoio e fortalecimento constante da sua motivação
  • Identificação gatilhos de maus hábitos e compulsões;
  • Promover mudanças saudáveis e positivas na relação autoimagem x comida x emoções x autossabotagem;
  • Auxílio no planejamento de rotina alimentar, de treinos e de enfrentamento de situações desafiantes (festas, viagens, confraternizações, etc);
  • Promover mudança sustentável em estilo de vida;
  • Promoção de saúde integral;
  • Mudança na relação consigo mesmo e com a comida;Maior foco e direção para sua mudança e como colocar em prática seu poder de ação x emagrecimento.

DESAFIOS

No coaching de emagrecimento, temos como foco principal metas ligadas a emagrecimento, perda de peso. Mas para que isso aconteça de forma saudável, sustentável e integral, é fundamental que iniciemos o trabalho com a mudança de mentalidade, ou mudança de mindset.

Sempre falo sobre a importância do ciclo da realidade, porque ele nada mais é do que uma metáfora dos nossos esquemas emocionais, incluindo nossa tríade cognitiva. Ou seja, o ciclo da realidade revela como nossa visão de nós mesmos, dos outros, do mundo, nossas “lentes emocionais”, assim como estabelecemos relacionamento nestes 3 níveis (eu x eu; eu x outro; eu x mundo).

O principal desafio do coaching de emagrecimento é exatamente trabalhar a mudança de mentalidade. Como muitas pessoas querem resultados o quanto antes, de forma acelerada, elas esquecem ou mesmo não estão conscientes de que nosso comportamento é reflexo do que pensamos e sentimos.

Outro desafio recorrente no processo de coaching de emagrecimento, também relacionado a mentalidade, é o processo de autossabotagem. Ele pode acontecer de diferentes formas, seja fazendo você sair da sua rota de emagrecimento (burlando cardápio, deixando de fazer os treinos, cometer exageros), seja fazendo você não dar continuidade as ações de melhorias implementadas na sua rota de ação, ou fazendo você não retomar sua rota de ação (cardápio da dieta, treinos) após uma “escorregada”.

Mas eles têm 2 pontos em comum: falta de autocompromisso e falta de confiança em si. Observe, todo processo de sabotagem em processos de emagrecimento envolve estes 2 pontos, seja porque a pessoa não acredita em em si mesma e que tem poder de tornar realidade seu resultado desejado, seja porque ela espera que outro faça as mudanças nela, na sua vida, nos seus resultados, isto é, ela delega a terceiros a responsabilidade pela sua mudança. Isto simplesmente inviabiliza o processo.

Outros desafios que costumam aparecer no processo de coaching de emagrecimento são:

  • Baixa disposição física e cansaço recorrente que dificultam a motivação e iniciativa de iniciar a jornada;
  • Falta ou pouca prática no dia a dia de ações de autocuidado;
  • Recaídas x “fome emocional”: associando comida a alívio de situações estressoras, frustrações, compensações por resultados alcançados, busca de completude de vazios existenciais, etc.
  • Oscilações de humor, ansiedade ou mesmo humor deprimido por falta de nutrientes necessários a produção de hormônios ligados ao bem estar psicoemocional que terminam potencializando a falta de engajamento, desmotivação e autossabotagem.

Daí que, para termos resultados sustentáveis de emagrecimento, o ponto de partida está em tornar consciente esta mentalidade, este estado atual de como você pensa sobre você mesmo, sobre a comida, sobre sua autoimagem, seu peso, seu corpo, sua autoestima, quais emoções, estes pensamentos provocam, o quanto você se incomoda com a visão e opinião dos outros sobre você e quais comportamentos associados a ele você executa no dia a dia. Isto quer dizer tornar consciente o estado atual de sua mentalidade e comportamentos associados para que possa identificar quais pontos de ajustes a serem trabalhados durante o processo.

PLANO DE VIDA X PLANO DE CARREIRA: como conciliar

PLANO DE VIDA X PLANO DE CARREIRA: como conciliar

Cada vez mais ouvimos as pessoas e empresas falando sobre a importância do trabalho com significado, do propósito, de gerar impactos e contribuições através do trabalho, projetos que fazemos parte. Mas o que isso de fato quer nos chamar a reflexão? Vamos falar sobre isto e especialmente sobre como conciliar plano de vida e plano de carreira.

TRABALHO FAZ PARTE DA VIDA

Um primeiro ponto que é fundamental lembrarmos é que o trabalho é uma dimensão da nossa vida. Vida e trabalho não são coisas separadas. Você não é mais de uma pessoa. Você é um ser único, que vive dimensões de vida e existência de forma integrada, sendo o trabalho uma destas dimensões.

Porém vivemos numa sociedade que supervaloriza o foco no trabalho, na performance, nos resultados através do trabalho, de que pessoas de sucesso necessariamente trabalho 12h ou mais horas por dia e que focam somente nesta esfera de vida.

Mas isto é uma distorção, totalmente disfuncional, que vem adoecendo física e psicoemocionalmente milhares de pessoas, já que somos seres que temos múltiplas dimensões e necessidades.

Veja nesta imagem que mostra as 5 dimensões do ser que precisamos promover e fazer florescer na nossa jornada:

 

“QUANDO EU …AÍ EU PODEREI…”

Se o trabalho é uma dimensão da nossa vida, então, como podemos estruturar um plano de carreira conciliando com o plano de vida? Esta pergunta surge exatamente porque não estamos habituados a pensar nossa vida como um todo, e para muitas pessoas simplesmente parece estranho pensar nesta pergunta. Porque estão automatizadas a focar no trabalho, a priorizar o trabalho e aquele velho pensamento “quando eu me aposentar”, ou “quando eu conseguir meu primeiro milhão”, ou mesmo “quando eu for reconhecido profissionalmente” ou “quando eu comprar meu apartamento e meu carro…, aí eu poderei focar na vida pessoal”.

Como podemos ver, estes pensamentos simplesmente fazem a gente viver focado numa perspectiva de trabalhar, direcionar esforços, para algo que está no nível das idéias, de hipóteses futuras que poderão se concretizar ou não, afinal, é simplesmente irreal a ideia de que podemos controlar todas as variáveis da nossa vida e que os planos sempre podem sair como os imaginamos.

Este movimento seriamente contribui para os altos índices de pessoas com sérias dificuldades de lidar com frustrações, dificuldades de regulação emocional, índices cada vez mais alarmantes de quadros de depressão, burnout, ansiedade e suicídio. Isto porque tal mentalidade estimula a criação de muitas expectativas, que poderão ou não serem concretizadas (o famoso meme “expectativa x realidade” representa bem isto) e dificulta o experienciar do presente, do aqui e agora, do como a vida real se mostra a cada instante.

CICLO DA REALIDADE

O fato é que é preciso lembrar do conceito de ciclo da realidade. Este conceito nos faz refletir que, antes de fazermos, de entrarmos em ação, é preciso termos clareza de quem queremos SER. Veja a imagem abaixo sobre como se estrutura o ciclo da realidade:

Quando primeiro pensamos o que queremos SER, estamos direcionando o nosso mental a pensar num senso de IDENTIDADE e numa VIDA COM SENTIDO. E naturalmente começamos a estruturar pensamentos que geram motivos para estruturarmos objetivos, metas, para entrarmos em ação, ou seja, uma congruência cognitiva e comportamental, isto é, pensamento congruente com atitude direcionado ao que se estruturou de mentalidade, de sentido de vida. Isto faz toda a diferença na estruturação de um plano de vida e de carreira bem alinhados, conciliados, contribuindo fortemente para melhor lidar com eventuais mudanças de rotas e frustrações.

CLAREZA PARA SER>>FAZER>>TER>>REALIZAR

Em suma, é preciso termos clareza do que queremos SER, para podermos FAZER ações congruentes com este sentido de existência, de viver. Daí ao entrarmos em ação, ao fazer o que precisa ser feito, nós chegamos no TER, ou seja, nos retornos e resultados das ações que fizemos e por fim alcançamos o REALIZAR, que é o senso de realização com o que desejamos ser, com o que fizemos ao longo da jornada, com as conquistas e resultados, tudo isso alinhado, congruente, contribuindo para a sensação de felicidade, plenitude, vida com sentido.

PROPÓSITO E CONTRIBUIÇÃO

E a história de que começamos falando sobre trabalho com sentido, propósito, contribuição?  Exatamente entra nesta mesma lógica. Quando falamos sobre trabalho com sentido estamos trazendo esta lógica de criar uma congruência entre o trabalho, o negócio e quem faz ele acontecer. Naturalmente o propósito vem como o sentido que se espera deste trabalho, o por quê trabalhar e para quê trabalhar, o por quê e o para quê de um negócio existir, gerar serviços, produtos. E a contribuição por trás de tudo isso se conectar com o incluir as pessoas, a comunidade, o meio ambiente, ou seja, qual impacto positivo e responsabilidade social se deseja gerar para construir um mundo melhor para se viver, preservar os recursos que hoje e contribuir com inovações para as gerações futuras.

E para concluir nossa reflexão de hoje, convido você a pensar o que você quer ser neste novo ano que está chegando. Procure visualizar a pessoa que você quer ser, como estará, quais sensações, emoções quer sentir, quais relações quer viver, construir, fortalecer, seja com você com outras pessoas, com os grupos e comunidades que você faz parte. Visualize o que você fará para estar alinhado com quem você quer ser, em todas as esferas de vida, incluindo seu trabalho, seu negócio.

A partir daí construa e/ou atualize o seu plano de carreira a partir desta ótica de quem você quer ser. E vá construindo uma rota do que você precisa fazer nos próximos 12 meses, 2 anos, 5 anos, 10 anos, 15 anos, 20 anos na sua jornada profissional para ser quem você quer ser e gerar as contribuições e impactos positivos no seu raio de ação a partir do seu trabalho. Fazendo isso você construirá um plano de carreira alinhado com sua vida, seu sendo de identidade, seus valores, seu propósito. Experimente fazer diferente neste novo ano que está se aproximando.

 

PS: Se precisar de ajuda, é só entrar em contato que fazemos esta rota de ação juntos em sessão.

COACHING DE VIDA: Seja protagonista da sua vida

COACHING DE VIDA: Seja protagonista da sua vida

Vivenciar um processo de coaching de vida, ou life coaching, é uma experiência riquíssima de autoconhecimento, aprendizado, busca de melhoria contínua, mas especialmente, você é chamado a tornar-se protagonista da sua vida.

Ser protagonista da própria vida é exercer um papel ativo, assumir a responsabilidade sobre o que acontece na sua vida, autocomprometimento em ser, fazer, ter e realizar aquilo que se propõe, entendendo ser de sua responsabilidade os resultados, mudanças, transformações a serem realizados.

O coaching de vida provoca reflexões neste sentido, de provocar você empoderar-se de suas forças pessoais, habilidades, competências, valores, virtudes, ter um sentido claro para sua existência que o motive a entrar em ação e apropriar-se da sua própria vida.

Além disso,  as reflexões ao longo do coaching de vida leva você a tomar consciência que ser protagonista na vida é perceber e tomar para si as oportunidades de agir e promover contribuição social no seu raio de ação, no microcosmo, ou seja, fazendo a sua parte com as pessoas à sua volta, na sua comunidade, empresa, projeto, entendendo o seu papel ativo na transformação de vidas e do mundo.

No coaching de vida, são trabalhadas ferramentas de autoconhecimento sistêmico (Roda da Vida, Roda da Abundância, Ciclo da Realidade, etc), de análise de cenário interno e externo (SWOT), avaliação de perdas e ganhos, vantagens e desvantagens, fortalecimento e prática de princípios e estratégias de autocuidado, autorrespeito, autocompaixão, autocompromisso, autorresponsabilidade, poder de ação, sendo você o tempo todo convidado a avaliar o que está a seu alcance em suas mãos para promover a mudança que deseja na sua vida.

Pontos que você é convidado a tomar consciência e mudar de mentalidade e atitudes:

  • Vitimismo,
  • Autocritica e culpa excessivas e paralisantes,
  • Terceirização de responsabilidade da sua vida e de coisas que lhe acontece a outras pessoas à sua volta (familiares, chefias, colegas, empresas, amigos, comunidade, sociedade, etc),
  • Crenças limitantes sobre você mesmo, os outros e o mundo que desqualificam, minam o seu poder de ação ou faz você assumir uma postura completamente resignada da vida, entendendo como se não houvesse nada a ser feito.

Convido você a experimentar esta metodologia de ação e resultado e assumir o autocompromisso de ser protagonista da sua vida, das suas conquistas, das suas realizações e viver uma vida com sentido. Experimente e veja você mesmo o quanto vale a pena!

FELICIDADE: como identificar o que te faz feliz

FELICIDADE: como identificar o que te faz feliz

O que é felicidade? Você sabe o que faz você feliz? Pois bem, estas perguntas constantemente são temas de conversas prolongadas, em qualquer lugar, inclusive nas redes sociais. São perguntas que provocam a gente entrar em contato com o sentido de nossa vida, nossas escolhas, o que somos, o que fazemos, por que somos e fazemos o que fazemos, para quê, para quem. Pensando em contribuir com mais uma reflexão sobre vida e plenitude, hoje vamos falar sobre como identificar fatores que promovam felicidade na sua jornada.

FELICIDADE: o que é?

Primeiro ponto importante a ressaltar é que não existem um conceito único sobre o que é felicidade. Se pararmos para considerar os grandes pensadores e filósofos, de cara já encontraremos diferentes definições sobre este conceito. Eis abaixo algumas que mais me chamam a atenção e gostaria de compartilhar com você:

“Só há um caminho para a felicidade. Não nos preocuparmos com coisas que ultrapassam o poder da nossa vontade” (Epicuro : 341 a.C. – 271d.C.)

“A felicidade é o sentido e o propósito da vida, o único objetivo e a finalidade da existência humana.” (Aristóteles: 384 a.C.–322 a.C)

“A felicidade é frágil e volátil, pois só é possível senti-la em certos momentos. Na verdade, se pudéssemos vivenciá-la de forma ininterrupta, ela perderia o valor, uma vez que só percebemos que somos felizes por comparação” (Friedrich Nietszche: 1844–1900)

“Felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia.” (Mahatma Gandhi: 1869–1948)

“Todo mundo quer a felicidade sem qualquer dor, mas você não pode ter o arco-íris sem um pouco de chuva.” (Bob Marley: 1945–1981)

“Somos o resultado das circunstâncias da existência. Não só da genética que herdamos, como do processo intrauterino, quanto ao processo de nascimento e das experiências que passamos. Se quisermos um estado de bem-estar, que o budismo chama de nirvana, não significa a ausência de dores e insatisfações, elas existem.” (Monja Coen: 1947- )

“Felicidade é um bom projeto de vida. E não perca tempo com bobagens.” (Leandro Karnal: 1963 – )

Fiz questão de compartilhar definições de felicidade por diferentes autores, de diferentes momentos históricos, desde antes de Cristo até os que ainda são vivos hoje. Isto porque de cara já nos faz perceber que este conceito não é único e quebrar o mito de busca da felicidade sob um “formato X”, “modelo y”, que infelizmente muitas pessoas ainda têm em mente nos dias atuais, em pleno século XXI.

O fato é que, como ponto comum a todas as definições, estamos falando de como as pessoas vivem, de busca de sentido da vida, isto é, a percepção de felicidade está relacionada a uma visão de mundo e valores norteadores de forma de pensar, sentir e agir no mundo.

WHP e o FIB

A psicologia positiva é um campo recente da ciência do comportamento humano. A partir da década de 1990, estudos foram estruturados e pesquisas feitas em diversos países por pesquisadores das universidades de Harvard, Yale, Pensilvania, Michigan, buscando entender o que levariam o ser humano à felicidade, se existiriam fatores de felicidade e quais seriam eles.

O resultado de décadas de pesquisa, levaram a estruturação de um ranking mundial dos países mais felizes do mundo, atualizado anualmente desde 2016, em 156 diferentes países, o  World Happiness Report (WHP) , com dados da ONU e da Consultoria Gallup, que monitoram o estado de felicidade nos países pesquisados.

Em 1972, o rei do Butão estruturou 9 indicadores de felicidade, como forma de indicar o crescimento do país sem considerar o aspecto econômico, mas sim, psicológico, espiritual, cultural, ambiental. Daí estruturou-se o índice FIB (Felicidade Interna Bruta), tomado pela ONU como referência nas pesquisas sobre felicidade mundo. São eles:

  1. Bem-estar psicológico: Mede o otimismo que cada cidadão tem em relação a sua vida, relativo à autoestima, nível de stress e espiritualidade;
  2. Saúde: Avalia medidas de saúde implantadas pelo governo (exercícios físicos, nutrição e autoavaliação da saúde);
  3. Uso do tempo: Tempo que o cidadão perde no trânsito, carga horário de trabalho, divisão de horas entre o trabalho, descanso, lazer e estudos;
  4. Vitalidade comunitária: Relacionamento e das interações entre as comunidades. Analisa a segurança dentro da comunidade, assim como sensação de pertencimento e ações de voluntariado;
  5. Educação: Verificação de itens como participação na educação informal e formal, valores educacionais, educação no que se refere ao meio ambiente e competências.
  6. Cultura: Análise de tradições culturais locais, festejos tradicionais, práticas culturais, desenvolvimento de capacidades artísticas e discriminação de raça, cor, ou gênero.
  7. Meio ambiente: Relação entre os cidadãos e os meios naturais como solo, ar e água. Estuda a acessibilidade para áreas verdes, sistemas para coletar o lixo e biodiversidades da comunidade.
  8. Governança: Estuda a maneira da relação entre a população e a mídia, poder judiciário, sistemas de eleições e segurança.
  9. Padrão de vida: Análise da renda familiar e individual, seguridade nas finanças, dívidas e qualidade habitacional.

Entrar em contato com o ranking WHP e o índice FIB também é uma evidência que o conceito de felicidade não é único e que a sua percepção varia nas diferentes culturas e economias, assim como é fundamental incluir fatores subjetivos como a espiritualidade, a cultura, interações sociais, saúde física e psico-emocional, valores, comportamentos como constituidores do que é felicidade para cada pessoa, cada povo.

COMO IDENTIFICAR O QUE TE FAZ FELIZ

Agora que já percebemos que felicidade não é única para todos, e que vivenciá-la é uma percepção e experiência particular para cada ser humano, vamos então ao objetivo principal da nossa reflexão de hoje: como identificar fatores que fazem você feliz.

Ao trazer as diversas definições de felicidades dos pensadores e filósofos de diferentes períodos históricos, percebemos que falar de felicidade inclui valores e o sentido da vida. E isso é algo bem variado, particular para cada pessoa, comunidade, povo.

Mas é possível aqui elencar algumas estratégias que contribuem para você se conectar com o sentido da sua vida, seus valores, senso de pertencimento, identidade, necessidades emocionais, necessidades materiais e direitos:

  1. Leituras e Filmes: que proponham reflexões sobre sentido da vida, felicidade, autoconhecimento, o que realmente é importante para você e te gera um senso de realização e plenitude;
  2. Socialização: como oportunidade de compartilhar, ouvir, ser ouvido, relacionar-se, comunicar-se a partir de relações saudáveis e que te gere sendo de pertencimento e identidade. Ex: encontros familiares, encontros com amigos, coletivos de identidade social, de gênero, de empreendedorismo, artísticos, espirituais, etc;
  3. Voluntariado: como estratégia de você ajudar o outro, contribuir diretamente para o bem estar do outro, seja ele psicoemocional, físico, material, saúde, educação, moradia, alimento, escuta ativa, roupas, etc. Isto gera sentimento de ser parte de um todo maior, autorresponsabilidade, contribuição social, empatia, gratidão;
  4. Psicoterapia: que pode ser individual ou em grupo. Uma estratégia de autoconhecimento, aprendizado de habilidades sociais, enfrentamento de medos, dilemas, perdas, superações, que gera muitos aprendizados consigo mesmo e na interação com os outros parte do grupo;
  5. Coaching Ontológico: um processo de life coaching que faz você refletir sobre o que realmente importa para sua vida, valores, senso de identidade, pertencimento, contribuição social e gerar uma rota de ação com o que você está disposto a entrar em ação para viver uma vida com sentido, alinhado a tudo isso;
  6. Atividades Culturais e Esportivas: como forma de desenvolver habilidades criativas, físicas, mentais, autoconhecimento, visão de mundo, identidade, expressão, pertencimento e contribuição social.

Convido você a começar agora mesmo a investir no seu processo de autoconhecimento, seja ele qual for, para entrar em contato com o sentido da sua vida, seus valores, o que realmente importa para você, para que possa dar novos passos para viver uma vida com sentido, realização, plenitude, uma vida feliz.

Para saber mais:

https://mamtra.com.br/o-que-e-coaching-ontologico/

https://mamtra.com.br/o-que-e-coaching-criacional/

https://exame.abril.com.br/mundo/estes-sao-os-paises-mais-felizes-do-mundo-em-2019/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Relat%C3%B3rio_Mundial_da_Felicidade

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/fibfelicidade-interna-bruta.htm

EDUCAÇÃO EMOCIONAL: o que é e por que praticar

EDUCAÇÃO EMOCIONAL: o que é e por que praticar

Em tempos em que temos acompanhado tantas notícias difíceis, comportamentos e discursos bélicos, intolerância, preconceitos os mais diversos, além do aumento e casos de suicídio em todas as idades, bem como as estatísticas de adoecimento psico-emocional, em especial depressão, quadros de ansiedade, pânico, adicções, compulsões, falar sobre educação emocional torna-se fundamental. Hoje neste artigo vamos falar o que é e por que é importantíssimo praticar a educação emocional.

EDUCAÇÃO EMOCIONAL: O QUE É?

Educação emocional, como o nome em si já nos sinaliza, é um processo educativo direcionado a conhecer, nomear as emoções, reconhecer a presença delas, seus gatilhos, prestar atenção no que elas falam sobre nós, o que elas querem transmitir de informação. Como pode perceber, são várias ações envolvidas no processo, e isso não nascemos sabendo, é um processo que aprendemos ao longo do nosso desenvolvimento.

Nossas primeiras referências de como reconhecer e acessar emoções são os nossos cuidadores, isto é, pais, familiares, professores, sendo lá na infância nossas primeiras “aulas” de educação emocional feitas por eles de forma consciente e intencional ou não.

Antigamente não se falava muito sobre este assunto. Porém hoje, cada vez mais, se torna de suma importância falar sobre as emoções, educação, regulação e processamento emocional, como etapas e estratégias de saúde mental, treino e desenvolvimento de comunicação e expressão assertiva.

Todas estas ferramentas impactam nas relações que estabelecemos, e é melhor que aprendamos para fazer o impacto ser positivo, estabelecermos relações saudáveis e possamos conhecer mais sobre nós mesmos, os outros e o mundo que vivemos

REGULAÇÃO EMOCIONAL

A regulação emocional é uma estratégia que também aprendemos como parte da educação emocional. Consta de ferramentas práticas como exercícios respiratórios, de atenção plena, focalização, técnicas cognitivas e vivenciais, que nos ajudam a perceber nosso estado emocional e, mais do que isso, nos ajuda a despotencializar e regular emoções muito intensas.

Na regulação emocional, a proposta é perceber a presença da emoção, assessá-las e regulá-las, sem sucumbir a elas, entendendo que as emoções fazem parte de nossa experiência psico-emocional, de que não somos as emoções em si, mas que muito temos de aprender com elas. E para isso é preciso aceitar a presença delas, abrir-se e permitir-se senti-las.

Vivenciar processos emocionais são também estratégias de autoconhecimento e aprendizagem, mas que não passam pelas articulações racionais, lógicas, cognitivas. Aqui o aprendizado se dá através do sentir, do perceber.

POR QUE PRATICAR A EDUCAÇÃO EMOCIONAL?

Praticar a educação emocional é uma importantíssima estratégia de prevenção e promoção de saúde mental. Aprender a reconhecer e nomear as emoções abre portas para um aprendizado através do sentir, que muito contribui também para processos cognitivos e executivos, como a tomada de decisão, resolução de problemas, mediação de conflitos.

Incluir o aprendizado através das emoções como parceiro de processos executivos é de grande riqueza, pois as emoções ajudam a reconhecer sensorialmente o que nos faz bem e o que não nos faz bem.

É muito recorrente ouvir no consultório pessoas que sinalizam não conseguirem entrar em ação ou tomar uma decisão, por conta de um medo muito grande, uma vergonha, uma insegurança, um desamparo e falta de apoio. Quando elas começam a reconhecer as próprias emoções, isso abre portas para elas conhecerem as necessidades emocionais que desejam e precisam buscar suprir.

A partir daí poderão direcionar sua atenção para estratégias assertivas de comunicação interpessoal, ou seja, de modo a pedir o que precisa, quebrar possíveis distorções cognitivas (pensamentos disfuncionais automáticos, crenças limitantes) que a impedem de ser em sua plenitude.

Sendo assim, praticar a educação emocional proporciona alguns destes benefícios:

  • AUTOCONHECIMENTO
  • ATENÇÃO PLENA
  • AUTOPERCEPÇÃO
  • APRENDIZADOS através do SENTIR
  • AUTORRESPEITO
  • AUTOCUIDADO
  • REGULAÇÃO EMOCIONAL
  • EQUILÍBRIO
  • ASSERTIVIDADE na COMUNICAÇÃO e RELAÇÕES

COMO PRATICAR A EDUCAÇÃO EMOCIONAL

O processo de educação emocional envolver várias etapas e muita, muita prática. Mas para ficar mais claro e resumido o que aprendemos ao desenvolver estratégia, segue o abaixo etapas do processo:

  1. Conhecer e nomear as emoções;
  2. Aprender a reconhecê-las;
  3. Aprender que todas as emoções são importantes para nosso autoconhecimento, tanto as agradáveis como as desagradáveis, e que todas elas nos ensinal algo importante sobre nós;
  4. Identificar gatilhos que sirvam de precipitantes das emoções. Podem ser situações estressoras, conversas difíceis, relações, pessoas, perdas, avaliações, julgamentos, emoções, fatos, acontecimentos que nos sintamos impactados, afetados, emocionados a partir deles;
  5. Aprender a prestar atenção às emoções, estar presente, em estado de atenção plena, e aceitar a presença delas, assim como prestar ação ao que elas sinalizam sobre nós mesmos;
  6. Identificar quais automatismos reproduzimos com frequência, tanto de pensamento quanto de comportamento, e a quais emoções eles se conectam;
  7. Regular a intensidade, quebrar distorções de pensamentos associados;
  8. Propor novas e diferentes ações das que seu sistema já está habituado a fazer de forma automatizada, mas nem sempre deixa você bem, pleno, saudável e com plenas condições de lidar com os desafios cotidianos;
  9. Treinar e aprender com os resultados gerados;
  10. Persistir e voltar para sua rota a cada recaída.
  11. Desenvolver a continuidade;
  12. Fortalecer e firmar estes novos hábitos de prevenção e promoção de saúde.

Este aprendizado pode acontecer por diferentes estratégias, seguem algumas delas que deixo aqui para você como sugestão de práticas:

  • Terapia individual
  • Terapia em Grupo
  • Técnicas de meditação e mindfullness (atenção plena)
  • Life Coaching
  • Palestras psicoeducativas sobre educação emocional ou inteligência emocional;
  • Palestras sobre prevenção e promoção em saúde mental;
  • Palestras e workshops sobre regulação emocional;
  • Técnicas cognitivas (TCC);
  • Técnicas vivenciais (Terapia do esquema, TCC, TFE);
  • Técnicas de autocompaixão, perdão e compromisso (ACT);
  • Atividades físicas, especialmente que exigem atenção plena(ex. yoga);
  • Atividades artísticas que ajudam a trabalhar expressão através do corpo e voz (ex. teatro, dança, canto, etc);

Estas são algumas sugestões, mas é enorme o número de técnicas e possibilidade de praticar a educação emocional por conta própria, promover na sua empresa, na sua escola, faculdade, universidade. O fato é que quando aprendemos e praticamos a educação emocional, todos saem ganhando, pois amplia o autoconhecimento, melhora a comunicação e expressão de desejos, necessidades, direitos, consequentemente melhorando a qualidade das relações,  posicionamento, ações, tomadas de decisões, escolhas, contribuições no mundo.

Experimente, faça, aprenda muito com esta estratégia de autoconhecimento, convide e incentive as pessoas que ama e que estão à sua volta, promova na sua empresa, organização. Você mesmo verá na prática melhorias significativas na prevenção e promoção de saúde mental, processos decisórios, participação e engajamento, melhoria em comunicação, assertividade, qualidade, resultados, proporcionando mais equilíbrio, inteligência ao lidar com as emoções e desafios do dia a dia.

E para quem quer saber mais, ficam abaixo estas dicas de leitura e filme: