O QUE SUSTENTA AS CRENÇAS

O QUE SUSTENTA AS CRENÇAS

Crenças são pensamentos absolutistas, ou seja, pensamentos que têm peso de verdade e que norteiam nossa percepção de nós mesmos, dos outros, da realidade, do mundo. Também são norteadoras de escolhas, decisões, ações, realizações, senso de felicidade e sentido de vida.

Desenvolvemos crenças por diferentes caminhos de aprendizado:

  • CRENÇAS FAMILIARES: aquelas falas e pensamentos parte do nosso contexto familiar, que aprendemos valores e comportamentos a partir da modelagem de nossos pais, cuidadores, familiares;
  • CRENÇAS SOCIAIS ou CULTURAIS: são aquelas falas, pensamentos que norteiam comportamentos de grupo cultural, que ouvimos e aprendemos nas interações sociais;
  • CRENÇAS PESSOAIS: são aquelas que estruturamos a partir da nossa experiência individual.

Ou seja, desenvolvemos crenças a partir do que ouvimos, observamos, percebemos, sentimos, experienciamos na nossa jornada pessoal e social, ao longo de toda a nossa vida.

CRENÇAS LIMITANTES

Quando falamos de crenças limitantes, estamos nos referindo a pensamentos absolutistas que nos limitam, nos desqualificam, nos paralisam diante do que nos propomos ser, fazer, realizar. Aprendemos elas em ambientes invalidantes, parcial ou integralmente, e que não nos respeitam em nossas necessidades emocionais e direitos.

Estas verdades orientadoras dos nossos comportamentos de forma negativa costumam ter uma sustentação irracional, fantasiosa, ou mesmo se tratar de vozes, falas, pensamentos de outras pessoas que ouvimos e incorporamos. Exemplos de crenças limitantes:

  • “Eu sou incompetente”
  • “Eu sou infeliz”
  • “Você nunca consegue nada”
  • “Sou muito velho para começar uma coisa nova”
  • “Você é um fracasso”
  • “Ninguém me ama”
  • “Sempre tem alguém que me engana e quer se aproveitar de mim”
  • “Não sou suficientemente bom para essa posição, não vou dar conta dele”

Enfim, a lista seria enorme de pensamentos para exemplificar as crenças limitantes. O fato é que as crenças limitantes, como o nome já diz, limitam o nosso poder de ação, minam nossa autoestima nos desqualificando, e nos paralisam ou mesmo nos fazem esquivar de objetivos, metas que desejamos, porém alimentam nossos processos de autossabotagem.

CRENÇAS FORTALECEDORAS

Por outro lado, crenças fortalecedoras se tratam de pensamentos que potencializam a nossa autoestima, fortalecem nossa auto aceitação, autorrespeito, promovem  poder de ação, e nos fazem entrar em ação.

Normalmente aprendemos elas em contextos familiares e sociais validantes, estimulantes em que nos sentimos amados, aceitos, acolhidos, respeitados, orientados, aceitos do jeito que somos.

Quando trabalhamos em coaching ou em psicoterapia a mudança de mentalidade, ou seja a construção de repertório de pensamentos e comportamentos saudáveis, procuramos provocar o cliente a entrar em contato com suas evidências de realidade para que possa estruturar pensamentos realistas saudáveis. Alguns exemplos de crenças fortalecedoras:

  • “Eu consigo, é uma questão de treino”
  • “Tudo bem não estar bem”
  • “Desconectar para reconectar. Após descanso e diversão, retorno às atividades produtivas de forma muito mais criativa.”
  • “Tempo é valioso, é prioridade”
  • “Eu mereço”
  • “Eu sou digno(a)”
  • “Eu sou capaz”

E para fechar esta reflexão hoje, vou deixar uma dica para você colocar em prática e reconhecer suas crenças:

  1. Observe-se no seu dia a dia e comece a registrar os seus pensamentos e o que eles falam de você e como interferem no seu comportamento;
  2. Quais emoções eles ativam em você?
  3. Como você age a partir destes pensamentos e emoções?
  4. Estes pensamentos são seus ou você incorporou de outras pessoas?
  5. Quais experiências podem ter contribuído para estas crenças limitantes que reconheceu?
  6. Quais evidências você encontra na realidade de que são realistas estas crenças?
  7. Quais pensamentos alternativos saudáveis e realistas você consegue estruturar para despotencializar suas crenças limitantes.

Pratique e sentira você mesmo os resultados que este pequeno exercício proporcionará na sua mudança de mentalidade sobre você, as outras pessoas, sobre o contexto e sobre seu poder de ação.

Confinamento e seus efeitos no corpo, mente e alma

Confinamento e seus efeitos no corpo, mente e alma

Já estamos há 126 dias em quarentena, promovendo distanciamento social no enfrentamento da propagação do COVID-19.Mas também há um exército de profissionais das mais diversas áreas dos serviços essenciais que há este mesmo tempo (ou maior) está na linha de frente, vivenciando de perto todos os desafios e impactos negativos que esta pandemia tem gerado.

Vivenciamos, desde março, diversas mudanças de rotina: de higiene e autocuidado, pessoal, familiar, profissional, alimentar, relacionamento e socialização virtual a maior parte do tempo, e ainda um contexto sócio-político-econômico e de saúde pública repleto de incertezas, fatores estressores, em âmbito mundial.

Todo este cenário acima descrito passou a ser a nossa nova rotina, o que muitos tentando de alguma forma encontrar e criar novas referências, têm chamado de “novo normal”. Mas o fato é que passamos a viver sob estresse crônico, diário, há mais de 120 dias, e isto promove uma série de impactos no nosso corpo, mente e alma.

ESTRESSE

O estresse é uma experiência que nosso organismo vivencia quando nos sentimos ameaçados, como resposta a algum perigo real ou imaginário. Diante de fatores estressores, nosso organismo entra em estado de alerta, liberando descarga de hormônios cortisol e adrenalina no nosso organismo, ativando nosso sistema de luta-fuga e nos preparando para lutar, fugir ou paralisar.

A ansiedade frente a um perigo em si não é algo ruim. Aliás sempre foi um fator de proteção e sobrevivência, mas que, com o passar dos séculos, do nosso processo de evolução tecnológica e mudanças de estilo de vida, desenvolvemos também uma série de medos e ameaças subjetivas, imaginárias, que do mesmo modo ativam esta descarga hormonal.

A diferença é que, no tempo das cavernas, nossos ancestrais de fato liberavam estes hormônios na caça e combate com predadores, lidavam com ameaças reais. Mas hoje, vivenciamos todo este processo do estresse e não liberamos efetivamente isso, percorrendo tais hormônios na nossa corrente sanguínea, deixando-nos em alerta constante, e que, a longo prazo, trazem grandes impactos na nossa saúde geral e sistema imunológico.

EFEITOS NO CORPO

Quando estamos sob estresse crônico, como no contexto atual de confinamento, grandes incertezas, mudanças drásticas de rotina, perdas de entes queridos, perdas materiais, nosso corpo apresenta uma série de sintomas de estresse:

  • Aumento de pressão arterial e batimentos cardíacos;
  • Aumento da atividade cerebral, hipervigilância, estado de alerta;
  • Pupilas dilatadas;
  • Vasoconstricção e aumento de coagulação sanguínea;
  • Aumento na acidez e inflamação no organismo, especialmente aparelho gástrico;
  • Dores musculares por conta de tensão, dores articulares;
  • Aumento nos índices de açúlcar;
  • Diminuição da libido;
  • Perda ou aumento de apetite;
  • Cansaço, indisposição, lentificação, letargia;
  • Problemas de sono: insônia ou hipersonia;
  • Compulsões como estratégia para aliviar anestesiar, esquecer, compensar sofrimentos e incertezas;

EFEITOS NA MENTE

Também experienciamos sintomas psicoemocionais e comportamentais frente ao contexto estressor crônico da pandemia:

  • medo do contágio do vírus (ser contaminado ou transmitir para alguém), medo de adoecer, medo de morrer, medo de perder trabalho, clientes, medo de fechar negócio, medo de falir, medo das incertezas, medo de perder o controle, medo de não dar conta, medo de enlouquecer, etc.
  • ANSIEDADE: que pode ser percebida no corpo (falta de ar, aceleração de batimentos cardíacos, agitação física, estado constante de alerta, insônia, e outros sintomas acima descritos), como na mente (pensamentos acelerados, pensamentos intrusivos, preocupação constante com segurança, sobrevivência, saúde, higiene, contas a pagar, inseguranças, etc);
  • NEGAÇÃO: dificuldades para aceitar o contexto, seus riscos envolvidos, a possibilidade real de adoecimento grave, finitude, enfim de morte. Dentro disso, é muito comum comportamentos de evitativos como não ficar em casa, não seguir as orientações de higienização e desinfecção constantes (lavar a mão, não misturar nem usar utensílios de uso pessoal, evitar aglomerações, usar máscaras e luvas), como que fingindo para si mesmo que nada de grave estivesse acontecendo. Este mecanismo trás à tona a dificuldade que temos de acessar nossas vulnerabilidades, dores, nossa incompetência e impotência frente ao cenário;
  • RAIVA: esta emoção surge neste contexto como uma expressão também de não aceitação do contexto, incertezas, impotência, não saber, perda de referências de rotina, controle, planejamento. Ela pode ser expressa como irritabilidade, impaciência, agitação psicoemocional, agitação motora, aumento da ansiedade, pânico, bem como explosividade e acessos de fúria, variando de pessoa para pessoa;
  • TRISTEZA: esta emoção revela nossa dor frente ao contexto, riscos e ameaças envolvidos, nosso sentimento de impotência, de não saber, nossa fragilidade. Revela nossa empatia em sentir não só a nossa dor, mas a dor dos que estão à nossa volta, nos conectando pelas nossas vulnerabilidades. Ela revela nossas dores frente às perdas envolvidas, pessoais, materiais, de pessoas queridas, faltas concretas e subjetivas que experimentamos diariamente, falta do contato social, de estar próximos das pessoas que amamos, saudades, e outras experiências psicoemocionais;
  • INSTABILIDADE EMOCIONAL: alterações constantes de humor e estados emocionais;
  • CONFORMISMO: alguns podem estar se conformando com o contexto, ficando em casa, tomando todos os devidos cuidados e precauções, mas ainda assim experienciando todas estas emoções anteriormente citadas, expressão a não aceitação efetiva do contexto e seus inúmeros impactos. O conformismo costuma nos levar a comportamentos de lentificação, passividade, resignação, vitimismo, evitativos como a procrastinação, a preguiça, queda de produtividade, dificuldades de atenção e memória;
  • PROCRASTINAÇÃO: algumas pessoas relatam estarem adiando, procrastinando algumas atividades, seja por falta de motivação, energia, concentração, seja por falta de sentido para se manterem engajados nelas;
  • MEMÓRIA: alguns relatam dificuldades de memória e para se concentrar em atividades, manter-se focados por conta do estresse gerado pelo confinamento prolongado;
  • CONFUSÃO MENTAL: algumas relatam sentir perda da noção dos dias, por conta do isolamento e dificuldade em diferenciá-los, estabelecer uma rotina minimamente estruturada, além das informações confusas, imprecisas veiculadas nos meios de comunicação;

EFEITOS NA ALMA

Aqui falamos de alguns efeitos relacionados à nossa dimensão espiritual:

  • LUTO: vivenciamos neste período da pandemia os 5 estágios do luto (negação, raiva, barganha, depressão, aceitação) pelos diferentes tipos de perdas que vivenciamos neste momento (perdas de pessoas queridas, perdas materiais, perdas ou interrupção súbita de planos, sonhos e projetos pessoais, profissionais, etc);
  • PERDA DE SENTIDO DA VIDA, em virtude de tudo ter parado, não haver prazos para tudo isso passar, sonhos e projetos cancelados e/ou adiados sem previsão, sensação de viver em suspensão, sem saber o que será, como será e o que virá;
  • NEGATIVISMO: pessoas se sentindo reféns do contexto, resignadas, impotentes, sem perspectivas frentes à tantas incertezas, descrentes;
  • PESSIMISMO, DESESPERANÇA: Pode levar pessoas a se sentirem desesperadas, desesperançosas, sem fé, perda da confiança em si, nos outros e no contexto, assim como perder sentido de sua existência. Em caso mais graves, podem levar a ideação suicida ou mesmo a tentativas de suicídio.
  • REFLEXÃO, RESSIGNIFICAÇÃO: há também quem esteja encarando este momento como um “freio de arrumação” para refletir e entrar em contato com o presente, com o que realmente importa, dores, necessidades emocionais, de mudanças, ajustes de rota, bem como mudança de planos, de como se relacionar, como trabalhar, de estilo de vida, revendo hátibos, em como a construção de novos sonhos e transformações, abrindo-se para aprofundar o autoconhecimento e ressignificar a vida.

Como podemos ver, são inúmeros impactos que o confinamento provoca no nosso corpo mente e alma. A proposta deste artigo é ajudar na reflexão, abertura para acolher como estamos vivendo, sentido, pensando, o que podemos aprender com tudo isso, como podemos atravessar toda esta jornada de inúmeras mudanças da melhor forma, a partir dos recursos disponíveis e ao nosso alcance.

Não está sendo fácil para ninguém, mas com certeza podemos nos ajudar uns aos outros a enfrentar os desafios que estão diante de nós, visíveis ou invisíveis, com maior escuta, compaixão, acolhimento, não julgamento, respeito, empatia, apoio, cuidado, afeto, solidariedade, cada um fazendo sua parte, utilizando seus talentos, fazendo o que é possível ser feito, olhando não só para si, mas para as necessidades e adversidades do coletivo.

Para saber mais, confira:

https://www.youtube.com/watch?v=lBkzdaulobA

https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2016/08/08/o-que-o-estresse-causa-no-corpo.htm

https://www.vittude.com/blog/estresse-saiba-como-ele-afeta-sua-saude/

https://mamtra.com.br/socializacao-x-isolamento-social/

http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/597292-a-dimensao-espiritual-da-crise-do-coronavirus

https://brasil.elpais.com/mamas_papas/2020-06-06/os-efeitos-do-confinamento-na-saude-mental-de-criancas-e-adolescentes.html

https://www.estadao.com.br/infograficos/saude,pausa-para-se-reconectar-com-quem-somos-e-com-nossos-sonhos,1089380

 

DESEMPENHO: como medir o seu

DESEMPENHO: como medir o seu

Você costuma avaliar seu desempenho? Este processo pode ser feito de diversas formas. Mas antes de falarmos sobre o “como”, é importante ter em mente que para avaliar desempenho é preciso considerar alguns pontos importantes: produtividade, assertividade, entrega, resultado.

PRODUTIVIDADE

Ouvimos tanto esta palavra cotidianamente, coaches e especialistas em desenvolvimento de pessoas chamando nossa atenção e importância em sermos produtivos e buscar melhorias na nossa produtividade, mas o que de fato é isso?

Podemos definir produtividade como nossa capacidade de gerar produtos, serviços, resultados a partir de nossas ações, isto é, nossa capacidade de gerar valor, qualidade, concretizar ideias, com agilidade e qualidade. Quando falamos que uma pessoa é produtiva, estamos falando que ela maximiza o uso do seu tempo, gerando os melhores resultados. É a velha história do “menos é mais”, ou seja, em menor tempo, entrega o melhor resultado, utilizando o menor número de recursos.

ASSERTIVIDADE

Já o conceito de assertividade diz respeito à nossa segurança ao agir, confiança, objetividade para atingir um objetivo específico. Uma pessoa assertiva age de modo confiante, demonstrando firmeza e clareza, direcionada para resolução de problemas e tomada de decisão, focada em atender da melhor forma necessidades e interesses de todos os envolvidos.

ENTREGA

Outra palavra que muito ouvimos. Entrega diz respeito ao que geramos como parte das nossas ações, do nosso trabalho e demandas as quais somos solicitados. Pode se tratar de uma etapa de um processo, um projeto, tarefas específicas, etc. Quando falamos que uma pessoa costuma ter uma boa entrega, sinalizamos que se trata de uma pessoa com boa acabativa, ou seja, de alguém que inicia e conclui o que se propõe fazer e atende às solicitações, demandas e desafios em prazos que lhe são propostos.

RESULTADOS

Os resultados normalmente são entendidos como sinônimos de entregas. Eles podem ser parciais como totais. Mas eu gosto muito de pensar nos resultados como fruto de conjunto de ações que geram contribuições, mudanças e transformações, seja para uma pessoa, um projeto, um grupo, uma empresa, uma comunidade.

Pois bem, depois de considerarmos estas 4 definições, vamos falar efetivamente no como avaliar o desempenho.

CRITÉRIOS

Primeiro ponto é perceber que para avaliar seu desempenho é preciso que você estruture critérios de avaliação. E eu coloquei propositalmente estes 4 acima como exemplo de critérios que você pode levar em conta para avaliar seu desempenho.

Se pensarmos numa empresa, logo vamos lembrar do processo de avaliação de desempenho. Neste tipo de avaliação, cada empresa estrutura uma série de critérios (KPI’s) que servirão de norte para avaliar o desempenho dos colaboradores. E você pode tomar para si esta visão para estruturar sua própria avaliação de desempenho, mas buscando clareza do que você quer avaliar e o que significa um desempenho de excelência dentro do que você faz.

TEMPO

Avaliar desempenho envolve considerar um intervalo de tempo para que esta avaliação ocorra periodicamente e possa gerar estratégias de monitoramento para melhoria contínua do seu progresso. Você pode fazer isto ao final do seu dia, de uma semana, mês, bimestre, trimestre, semestral e/ou mesmo anual.

O fator tempo é importante para que possa ter espaço temporal para colocar-se em ação, gerar as entregas e resultados que se propõe de acordo com objetivo específico e daí você ter condições de avaliar-se parcial ao longo de um projeto, e de modo integral ao final dele.

COMPORTAMENTOS

A partir dos critério a serem avaliados (aqui no nosso exemplo estamos considerando: produtividade, assertividade, entrega, resultados), é fundamental ter clareza sobre quais comportamentos são fundamentais para reconhecer este desempenho de excelência. Cito aqui como exemplos mais recorrentes: habilidade de resolução de problemas, comunicação interpessoal, negociação, tomada de decisão, planejamento, gestão do tempo, gestão emocional, gestão de conflitos.

FEEDBACK

Esta é uma das inúmeras ferramentas de avaliação de desempenho. Traduzindo o termo, feedback significa retroalimentar um processo, retorno da informação. Ou seja, é o efeito retroativo da informação emitida a partir da reação do receptor, servindo para avaliar os resultados alcançados.

A partir disso, é possível entender o processo de feedback como a busca de retorno por parte de pessoas com as quais direta ou indiretamente você trabalha, realiza suas entregas e gera seus resultados. Você pode buscar este feedback com seus clientes, seu líder, seus colegas, seus fornecedores (se houver), seus parceiros. Ao receber estes feedbacks, procure identificar pontos de melhoria para aprimorar seu desempenho daqui para frente, mas também procure comemorar os pontos positivos que surgirem para fortalecer sua automotivação. E não esqueça de exercitar o seu autofeedback, você com você mesmo, sendo o mais franco, honesto.

Uma dica que deixo é: peça feedback periódico do seu desempenho a seu líder, pares, clientes e fornecedores de modo a alinhar percepções, expectativas, produção e entregas x metas. Mínimo a cada 90 dias, Recomendável 1x ao mês.

Enfim, avaliar seu desempenho pode ser feito de inúmeras formas. Mas sem dúvida fazer isto, periodicamente, é uma forte estratégia de autodesenvolvimento pessoal, profissional e de promoção de melhoria contínua na sua vida e carreira.

 

Para saber mais:

https://mamtra.com.br/gestao-por-competencias/

https://mamtra.com.br/coaching-empresarial-avaliacao-de-desempenho/

https://conceito.de/produtividade

Assertividade: 11 dicas para ser mais assertivo

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/esporte/tipos-de-feedback/28860

 

 

 

 

IMPREVISTOS: você tem espaço para lidar com eles?

IMPREVISTOS: você tem espaço para lidar com eles?

Vivemos neste momento um contexto com um dos maiores imprevistos da história da humanidade: a pandemia do coronavírus.  E isso no trouxe a reflexão sobre como lidamos com os imprevistos, as incertezas, aquilo que não podemos controlar no nosso dia a dia.

Estes pontos têm sido fator fortíssimo de geração de ansiedade, desconforto, medo, sofrimento para muitas pessoas: o lidar com as incertezas. Mas cada pessoa apresenta comportamentos e reações diversas frente ao contexto.

O fato é que o isolamento social, estratégia de prevenção da propagação do COVID-19, fez fechar temporariamente ou mesmo definitivamente muitas empresas, suspender contratos de trabalho de milhares de pessoas ou mesmo levou a demissão de muitas outras. Isso nos leva a refletir se de fato incluímos espaço na nossa agenda para lida com os imprevistos, se praticamos estratégias preventivas frente a riscos previsíveis ou não. A princípio, parece estranho falar disso, mas no atual contexto se tornou uma questão de sobrevivência.

IMPREVISTOS

Imprevistos são situações que normalmente consideramos como fatores de risco. Alguns podem ser visualizados, mitigados, e outros não. Mas o fato é que se temos um comportamento de tratar e gerenciar riscos previsíveis, temos sim a prática da precaução, do planejamento, da prevenção, e do incluir espaço em nossas agendas e planos financeiros para eventuais imprevistos. Certamente este comportamento contribui e muito positivamente para lidar com momentos de transição, crises, perdas, tanto no aspecto de redução de danos materiais, financeiros, quanto na gestão emocional de perceber que se tem uma reserva de emergência estruturada.

Mas é importante lembrar que os imprevistos também são janelas de oportunidades. Não precisamos ir muito longe para identificar empresas, empreendedores que aumentaram sua margem de lucro e demanda frente a este contexto (apps de delivery, aumento de vagas na área de TI, EAD, entre outros exemplos). Ou seja, o que podemos perceber diante disso é que não são os fatos em si que se mostram como ameaças, mas sim como percebemos e lidamos com eles.

E VOCÊ? TEM ESPAÇO NA SUA AGENDA PARA LIDAR COM IMPREVISTOS?

Esta é a pergunta inicial desta reflexão de hoje, provocar você a pensar em como lida com imprevistos e se você, no seu dia a dia, costuma incluir eles como parte da sua agenda ou se você vive no limite, no fio da navalha, assumindo todos os riscos sem qualquer precaução.

O fato é que a forma como você percebe os imprevistos direciona seus comportamentos em como lidar com ele. Pessoas que focam no curto prazo, em satisfação imediata de necessidades e desejos, normalmente não incluem os imprevistos em suas agendas, porque estão focadas em ser feliz no hoje e ter prazeres imediatos. Com isto, costumam não estruturar reservas financeiras, gastando tudo o que entra. Sendo assim, ficam mais vulneráveis a qualquer imprevisto que surja, também vivenciando impactos imediatos.

Já outras pessoas entendem que imprevistos podem sim gerar prejuízos materiais, financeiros, além de afetar sua saúde emocional. Por conta disso, elas estruturam e fortalecem o hábito de poupar, alimentar uma reserva financeira mínima de 3 a 12 meses de “colchão”, guardar em investimentos de médio e longo prazo, ou seja, não somente pensando no hoje, mas em sonhos que desejam realizar, bem como criar condições de sobrevivência para atravessar momentos de crise. Isto certamente contribui para lidar com eles de forma menos estressora e aberto a oportunidades.

O fato é que não se trata de julgar, avaliar o quanto é certo ou errado um destes caminhos, mas sim você refletir qual deles tem tomado, quais riscos você está disposto(a) a enfrentar, quais perdas e ganhos envolvidas e qual deles faz mais sentido para você.

Como vimos, imprevistos em si não são ruins, depende de como nos relacionamos com eles e das nossas escolhas e hábitos até aqui estruturados. Eles podem sim nos levar a crises, como também gerar oportunidades, a depender exatamente de como caminhamos e nos relacionamos com eles. Enfim, podemos aprender sempre com eles, seja desfrutando destas oportunidades, seja com os prejuízos, impactos e sofrimentos vivenciados a partir deles.

Se até aqui você não considerava nem se relacionava com os imprevistos, o que você está disposto fazer daqui para frente? Quais seus aprendizados frente a este contexto de pandemia que você já teve até aqui e quer levar consigo daqui para frente?

O QUE VOCÊ DECLARA?

O QUE VOCÊ DECLARA?

Você costuma prestar atenção ao que você declara? Costuma prestar atenção ao que você comunica para você mesmo, para os outros e para o mundo? As declarações, afirmações, que você costuma fazer no seu dia a dia? Já prestou atenção o quanto elas interferem no seu comportamento, percepção de si, dos outros e visão de mundo?

Se de repente você não costuma estar atento(a) a isso, vamos fazer juntos este exercício agora. Complete as frases abaixo com o que vier primeiro na sua mente, sem julgamento ou avaliação do que pensar:

  1. “EU SOU________________________”
  2. “AS PESSOAS SÃO_____________________”
  3. “O MUNDO É_____________________”

São 3 perguntinhas simples, mas que muito falam sobre nossa percepção, crenças, visão de mundo, sobre a nossa tríade cognitiva, que são nossos 3 níveis de relacionamento e percepção. Veja:

Estas perguntas também falam do CICLO DA REALIDADE que estruturamos a partir desta tríade cognitiva, dos nossos esquemas emocionais. Nosso cérebro é composto por 100 bilhões de neurônios, mas destes somente 1 bilhão tem função de armazenamento de memórias. Já de cara dá para notar que não é possível armazenar 100% dos inputs de informações que recebemos do meio.

Nós selecionamos as informações que dão concretude à nossa realidade, a partir dos nossos esquemas emocionais que envolvem um conjunto de comportamentos, cognições, emoções, que geram verdadeiros “filtros” do que enxergamos e nomeamos como realidade.

Mas e o que tem a ver o que declaramos com isso? Simplesmente TUDO! O que enunciamos, manifestamos, afirmamos, declaramos, serve para nosso cérebro como comando. Se uma pessoa fala “nossa, eu sou burra, não sou suficientemente boa, não sou competente”, ela dará este comendo ao seu cérebro de modo que ele busque fatos, situações, relações, experiências que confirmem esta crença limitante, ou seja, que confirme esta verdade. Isso significa que o mental desta pessoa estará a todo momento registrando experiências em que ela se perceba assim, confirmando seu ciclo de realidade.

A boa notícia é que podemos modificar esta percepção, transformar nosso ciclo da realidade, a partir de novos comandos, novas declarações que emitimos para nosso sistema, confrontando as antigas percepções, e buscando novas evidências congruentes com esta nova visão que estamos buscando consolidar no nosso sistema. O fato é que quando declaramos algo, seja negativo ou positivo, o nosso sistema buscará congruência com o que entendemos ser verdade, validando elas a partir dos fatos, experiências e emoções que vivemos. Isso é o que entendemos ser a nossa realidade.

Enfim, podemos reprogramar nossas crenças, encontrar novos sentidos, estruturar novas verdades para nosso sistema, e, com isso, alterar nossa percepção a nosso respeito, dos outros, do mundo, da realidade. Isto nós podemos fazer praticando técnicas da PNL (programação neurolinguística) e da TCC (terapia cognitivo comportamental).

No mais, convido você estar mais atento(a) ao que você DECLARA. Perceba o quanto que isso que manifesta como verdade faz você olhar para si, para os outros e para o mundo com lentes “coloridas” ou com lentes “preto/branco”. Perceba que você tem o poder de alterar tudo isso. Não tenha receio de buscar ajuda profissional para trabalhar com você nesta sua transformação. Pedir ajuda é o maior gesto de coragem que você pode ter.

Para ampliar sua leitura e reflexão, deixo estas dicas de links:

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/04/150408_vert_fut_capacidade_cerebro_ml

https://www.tecmundo.com.br/ciencia/16846-cerebro-humano-x-pc-como-eles-se-comparam-.htm#:~:text=Se%20cada%20um%20desses%20neur%C3%B4nios,(1%20milh%C3%A3o%20de%20gigabytes).

https://epocanegocios.globo.com/Caminhos-para-o-futuro/Saude/noticia/2016/09/45-fatos-curiosos-sobre-o-cerebro.html

https://www.researchgate.net/profile/Carlos_Manoel_Lopes_Rodrigues/publication/319617817_Perspectivas_do_estudo_da_mente_da_psicologia_cognitiva_as_neurociencias/links/59b4c0500f7e9b3743524b9a/Perspectivas-do-estudo-da-mente-da-psicologia-cognitiva-as-neurociencias.pdf

ATENDIMENTO ONLINE: principais pontos de adaptação dos profissionais

ATENDIMENTO ONLINE: principais pontos de adaptação dos profissionais

Em meio ao contexto de pandemia do coronavírus, o atendimento psicológico online se tornou realidade para terapeutas e clientes, como uma estratégia de assegurar o distanciamento social preventivo contra o contágio do COVID-19 e dar seguimento nos processos de psicoterapia.

Além disso, muitas pessoas que antes não faziam terapia, por conta do contexto pandêmico, entraram em contato com diversas emoções, questões existenciais, assim como o desafio de viver temporariamente, mas sem prazo, em confinamento, seja sozinho, seja com seus familiares,  deparando-se com conflitos até então não existentes ou que foram potencializados neste momento. Isto tem levado cada vez mais pessoas buscar psicólogos para fazer terapia online como estratégia de saúde mental, promoção de bem estar, qualidade de vida e gestão de conflitos.

DESAFIOS

O fato é que a maior parte dos psicólogos não atendiam online até então, e neste momento foram inclusive orientados pelo CPF (Conselho Regional de Psicologia), em virtude da portaria n°639/2020 do Ministério da Saúde de 31/03/2020, a fazerem os atendimentos online, seguindo os critérios da resolução CFP N°11/2018,  que estabelece regras para o atendimento psicológico mediado por tecnologia.

Daí que uma série de desafios para adaptação dos terapeutas e pacientes se deram a partir desta realidade e aqui vamos listar alguns principais pontos de adaptação para os profissionais:

  1. Cadastro E-PSI: ainda que neste período de pandemia o CFP tenha flexibilizado a obrigatoriedade do cadastro do profissional na plataforma e-psi para monitoramento e fiscalização, é fundamental psicólogos deixarem seu cadastro em dia, já que não temos previsão de quando nem como será o contexto de atendimentos pós quarentena;
  2. Assegurar o sigilo: estamos trabalhando nos atendimentos online, mas continuamos seguindo o código de ética da nossa profissão. É fundamental garantir o sigilo, confidencialidade e proteção das informações do paciente, assim como fazíamos nos atendimentos presenciais. Muito importante que o psicólogo não compartilhe seu computador e outros dispositivos com terceiros, continue gerando pronturários e seguindo protocolos das suas respectivas abordagens, assim como esclarecer clientes sobre seus recursos tecnológicos a serem utilizados para garantir tal segurança de sigilo dos dados;
  3. Setting Terapêutico: isto diz respeito ao ambiente físico e subjetivo da escuta terapêutica. Antes o setting era presencial, com recursos e ferramentas de intervenção presenciais, e que agora precisam ser adaptados pelo terapeuta para assegurar eficácia do seu atendimento. Muito importante ter um espaço privativo reservado aos atendimentos, assim como orientar os clientes também neste sentido: buscar espaço sem interrupções, sem distrações, que se sinta plenamente à vontade para falar sobre suas questões. Se você psicólogo tiver possibilidade de manter alguns elementos do setting presencial no seu setting online de atendimento, ajudará no sentimento de conforto e segurança para o seu paciente;
  4. Campo de Visão: Outro ponto que se perde no atendimento online é a visão em 3D, a presença efetiva do outro, perceber as reações fisiológicas (olhar, temperatura, cheiro, sudorese, velocidade da respiração, agitação motora, e outras informações não verbais e corporais). Sendo assim, vale investir num ambiente privativo sem outros estímulos, que permita escuta ativa, diretiva, e atenta ao que é sinalizado pelo cliente na tela do dispositivo utilizado. Como o campo visual fica ainda mais restrito, preste bastante atenção tanto na sua expressão verbal e não verbal como na do seu cliente;
  5. Agenda: apesar de estar em casa, é preciso manter a mesma rotina de dias/horários marcados, tempo de sessão. Isto contribui para o senso de rotina, mantendo as mesmas regras de funcionamento do presencial no formato remoto. Isto ajuda a diminuir o senso de incerteza e instabilidade;
  6. Qualidade dos dispositivos e conexão: este é um desafio tanto para psicólogos quanto para os clientes. Quanto melhor o sinal e a velocidade de transmissão de dados da internet disponível, mais estável e sem interrupções de conectividade será o atendimento, contribuindo para manter o fluxo do atendimento sem interrupções de ordem técnica. Importante também combinar e orientar o paciente qual ferramenta ele melhor se adapta, como utilizar, como assegurar seu sigilo e privacidade;
  7. Atendimento a crianças: são ainda mais desafiante para o terapeuta, além de exigir o consentimento expresso dos responsáveis legais delas. Além disso, a depender da idade da criança, a participação de pelo menos 1 dos cuidadores pode ser essencial para que a sessão aconteça.
  8. Cuidar de si para cuidar dos outros: é bem importante estar a tento que nós terapeutas estamos vivenciando o mesmo contexto pandêmico que nossos clientes. Somos humanos e também temos nossas vulnerabilidades. Então é fundamental que você procure colocar em prática estratégias de autocuidado e saúde integral, não superlotar sua agenda de atendimentos online, colocar intervalos entre os clientes para fazer pausas e ter tempo de recuperação de um cliente para outro. Procure manter uma rede de apoio e troca ativa com seus colegas, compartilhar ferramentas e técnicas que sejam úteis para todos, pedir ajuda a colegas de sua confiança, fazer terapia, fazer supervisão.

São muitos desafios para nós psicólogos em assegurar para o cliente uma sessão de qualidade e eficácia terapêutica. Porém, diante do contexto, é muito melhor assegurar os atendimentos ainda que de forma remota e adaptada, do que suspendê-los. Estamos num contexto de muitas incertezas, riscos reais, e que provocam inúmeras emoções e sentimentos como o desamparo.

Para o paciente, saber que pode contar com seu terapeuta ao longo deste processo e ter a possibilidade de fazer suas sessões online, fará toda a diferença no sentir-se amparado, apoiado, acolhido, com escuta ativa e poderá pensar e praticar as estratégias de promoção de bem estar e qualidade de vida que estiver ao seu alcance.

Para saber mais:

http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-639-de-31-de-marco-de-2020-250847738

Resolução CFP Nº 11/2018

https://br.noticias.yahoo.com/terapia-%C3%A0-dist%C3%A2ncia-psic%C3%B3logos-e-073012246.html

https://blogdodunker.blogosfera.uol.com.br/2020/03/27/sofrimento-como-ter-atendimento-psicologico-online-em-epoca-de-coronavirus/

CONFLITO: como fazer gestão de conflitos

CONFLITO: como fazer gestão de conflitos

Gestão de conflitos é um daqueles assuntos que interessa a todos exatamente porque  todos nós vivenciamos. Imaginar ou desejar uma vida sem conflitos é simplesmente irreal, ilusão. E como estamos em tempos de pandemia, resolvi escrever sobre este assunto: em casa ou no trabalho, como fazer gestão de conflitos?

O QUE É CONFLITO?

Segundo Berg (2012), a palavra conflito vem do latim conflictus, que significa choque entre duas coisas, embate de pessoas, ou grupos opostos que lutam entre si, ou seja, é um embate entre duas forças contrárias.

Quando falamos de conflito, ou estamos vivenciando ele, percebemos, assim, que existem dimensões antagônicas que o configuram. Sejam antagonismos internos (EU X EU), sejam antagonismos externos (EU X OUTRO ou EU X MUNDO).

Estes antagonismos geram tensão porque eles se contrapõem e criam uma situação dilemática, ou seja, um ponto de estresse, desacordo, discordância, divergência, em que interesses, necessidades e/ou direitos se apresentam desrespeitados, desconsiderados e/ou ameaçados.

MAPEANDO CONFLITOS

Por exemplo: quando vivenciamos um conflito interno (EU X EU), podemos experienciar uma vontade de mudar algo em nós, transformar, realizar algo diferente que se contrapõe ao movimento interno de resistência em permanecer na zona de conforto, no que já é conhecido para nós, no que já sabemos lidar até aqui. O conflito, neste caso, se dá na tensão entre mudar X permanecer, ou seja, direcionar forças para fazer diferente, ou continuar no automatismo, no estático, no que já é conhecido.

Agora vamos pensar num exemplo EU X OUTRO, que muitos devem estar vivenciando neste momento de distanciamento social, por não estarmos acostumados a ficar 24hs com nossos familiares, parceiros, filhos, colegas de moradia, bem como muitos também não estavam acostumados ao home-office (teletrabalho). Foque neste momento em alguma situação de conflito com 1 pessoa que você tenha vivenciado ao longo desta quarentena ou esteja vivenciando neste momento com alguém, seja em casa ou parte da sua equipe no seu trabalho.

Faça-se as seguintes perguntas:

  • Qual foi o estopim da situação? O que exatamente deflagrou o conflito?
  • Qual ou quais pontos estavam sendo reivindicados por você e pelo outro? O que se mostra divergente entre estas reivindicações?
  • Alguém cedeu ou está disposto a ceder, flexibilizar?
  • O que significa ceder / flexibilizar para você? E para o outro?
  • Qual ou quais motivos estão por trás da manutenção do conflito? E da busca de resolução?
  • O que preciso aceitar para seguir rumo à resolução? E o outro?
  • Quero resolver efetivamente ou quero ganhar nesta situação X o outro?

Talvez neste exato momento você esteja pensando “mas Lilah, sinceramente, na hora que a coisa está pegando fogo eu não penso nestas perguntas!”. Sim, super acredito. Mas a questão é: e quando você se distancia momentaneamente minimamente do conflito? E quando você consegue estar presente e prestar atenção efetiva no que está acontecendo, mesmo que o outro não esteja fazendo isso? O que você faz com tudo isso?

Estas perguntas propostas acima são exatamente para serem praticadas neste momento de distanciamento momentâneo ou suspensão temporária do conflito, ou seja, nos momentos que o conflito ainda não foi resolvido, gerando espaço de reflexão e busca de soluções.

Agora pensando numa situação exemplo EU x MUNDO, ou seja você na comunidade, você parte do mundo x problema real (exemplo: pandemia COVID-19). Como que você poderia trazer estas perguntas para gerenciar o conflito seu X contexto? Confira algumas possibilidades abaixo:

  • Qual foi o estopim da situação? O que de fato está acontecendo e gerando o conflito?
  • Qual ou quais pessoas estão envolvidas no conflito/situação?
  • Qual ou quais pontos estão sendo reivindicados? O que se mostra divergente entre estas reivindicações x contexto/situação?
  • Você tem poder de ação frente ao contexto? O que você pode fazer para gerenciar este conflito/situação da melhor forma?
  • Quais vantagens e desvantagens em resistir, negar, contrariar o contexto?
  • Quais vantagens e desvantagens em ceder, flexibilizar, aceitar o contexto?
  • Qual ou quais alternativas envolvem mais vantagens e benefícios a todos os envolvidos x contexto/situação?
  • O que preciso aceitar para seguir rumo à resolução? E os outros?

GESTÃO DE CONFLITOS

A questão é que ouvimos muito a seguinte frase: “odeio deixar as coisas em aberto, odeio esperar, odeio deixar um problema sem solução.” De fato, quando temos um conflito em andamento, ou uma questão em aberto, vivenciamos emoções as mais diversas, inclusive desagradáveis. Mas estamos acostumados e somos incentivados por nossa sociedade a sermos resolutos, a entender que tomar decisões precisam ser rápidas e de preferência imediatas. Porém esquecemos que quando fazemos isso o tempo todo, deixarmos de prestar atenção noutras possibilidades, nas reais necessidades envolvidas em cada situação dilemática, e que tomadas de decisões e solução de problemas podem ser construídas ao longo do processo.

A proposta deste artigo de hoje foi ampliar nossa reflexão sobre gestão de conflitos. De lembrar-nos que solucionar ou gerenciar conflitos vai muito além de evitar novos, ou de solucioná-lo rapidamente, muitas vezes buscando apenas “nos livrar” dele.

Gerenciar conflitos envolve:

  • Entrar em contato com os interesses, necessidades, direitos dos envolvidos;
  • Questionar se o conflito em questão é relevante e qual grau de impacto;
  • Identificar oportunidades e ameaças que a situação apresenta;
  • Identificar e reconhecer o grau de poder de ação dos envolvidos x contexto (“o que está ao meu alcance para agir, fazer, resolver e superar este problema?”)
  • Aguçar a curiosidade e pensar criativamente;
  • Construir alternativas para a resolução do conflito, de preferência contemplando máximo benefício e menor impacto a todos envolvidos;
  • Lembrar que mudanças e transformações são impulsionadas pelos conflitos e sempre promovem aprendizados a todos os envolvidos que estejam abertos para eles.

Para saber mais:

BERG, Ernesto Artur. Administração de conflitos: abordagens práticas para o dia a dia. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2012.

https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/conflitos-transformando-em-oportunidades/

TRABALHO E FAMÍLIA: como conciliar em tempos de pandemia

TRABALHO E FAMÍLIA: como conciliar em tempos de pandemia

Todos fomos levados a colocar em prática o distanciamento social como uma das estratégias de combate ao corona vírus, de conter a curva de propagação do vírus, proteger-nos e proteger nossos familiares, assim como não colapsar o sistema de saúde. Todos tivemos de ficar em casa sem previsão, e com isto vieram muitos desafios , dentre eles o conciliar do trabalho com os cuidados com a família. Para ajudar neste desafio, deixo aqui 4 dicas para você:

  • TAREFAS DOMÉSTICAS: procure envolver todos os familiares que estejam em plenas condições de saúde nos cuidados com a casa e tarefas domésticas. Quando fazemos juntos, dividindo as tarefas, dedicamos menor tempo e ninguém fica sobrecarregado sozinho. As crianças também podem ajudar em algumas tarefas apropriadas para sua faixa etária, é uma forma de educa-las sobre a importância da organização, responsabilidades, e elas se sentirem participantes ativas;
  • TRABALHO: exigir-se ter a mesma rotina que você tinha quando no escritório, empresa, ou outro trabalho que você fazia antes fora de casa é simplesmente irreal. O contexto mudou, a rotina é outra, os recursos não são os mesmos. Então procure dividir sem tempo entendendo que o trabalho é parte do seu dia e não a única e mais importante atividade a dedicar seu tempo. Cuidar de si e da sua família é muito importante e demanda tempo. Procure distribuir suas atividades profissionais ao longo da semana e combine com eles qual horário você focará nele e que não poderá ser interrompido com distrações;
  • ROTINA PARA TODOS: procure negociar com todos os envolvidos como será a rotina da família, bem como as individuais, incluindo as crianças. Quais tarefas precisam ser cumpridas, horário das refeições, quem sairá se necessário for, horários para dormir, refeições, atividade física e incluir tempo para lazer, descanso, diversão juntos. É preciso manter corpo, mente e espírito saudáveis para atravessar esta jornada da melhor forma possível;
  • APOIO, ESCUTA, ACOLHIMENTO, COMPAIXÃO: todos neste contexto estão expostos a alto grau de estresse com as mudanças de rotina, preocupação extrema com a saúde e preservação, o que nos faz vivenciar muitas experiências psicoemocionais, mudanças de humor súbitas, mudanças comportamentais. É preciso que todos se apoiem, compartilhem as vulnerabilidades, peçam e ofereçam ajuda e acolham os momentos de fragilidade uns dos outros. Apoio, escuta e pertencimento é fundamental para fortalecer a resiliência individual e do núcleo familiar.

Estas dicas foram pensadas para otimizar o dia a dia da família como um todo, entendendo que todos são corresponsáveis pelo lar, pelo bem estar e qualidade de vida do coletivo em domicílio. É fundamental aceitar o contexto que estamos vivendo e nos colocarmos abertos a buscar as melhores soluções ao alcance, ainda que temporárias frente ao contexto maior de incertezas.

Agora é hora mais do que nunca de pensarmos no todo, no que é melhor considerando todos os envolvidos e não focar nos interesses individuais para não sobrecarregar ninguém, muito menos gerar conflitos familiares desnecessários, quando já estamos diante de tantos outros problemas tão mais relevantes que nos exigem diariamente muita energia, discernimento, disciplina e aceitação para encarar o contexto macro. Vamos focar no que realmente importa neste momento. Desejo boa sorte e sabedoria a você e sua família para colocar em prática estas dicas e promoverem juntos um ambiente mais saudável e colaborativo para atravessar esta pandemia com os menores impactos.

MECANISMOS DE ENFRENTAMENTO

MECANISMOS DE ENFRENTAMENTO

Neste contexto de isolamento social, é fato que todos estão sentindo diversas emoções, pensamentos e comportamentos, conhecidos ou desconhecidos até então, fruto de uma mudança busca de rotina, limitação de liberdade de ir e vir, assim como de suspensão temporária do contato social presencial. Daí vem a pergunta: mas de onde surge tudo isso? Por este motivo, vamos falar hoje sobre mecanismos de enfrentamento.

CONTEXTO

Estamos num contexto com diversos elementos estressores. Temos que ficar em casa para nos protegermos frente a uma ameaça real que impacta diariamente no mundo inteiro: a possibilidade de ser infectado pelo COVID-19, de enfrentar uma síndrome respiratória aguda de alto impacto no organismo, rápida evolução e que tem levado milhares de pessoas ao adoecimento e à morte.

Deparamo-nos diariamente com este fato. Ainda que conhecida desde sempre, a perspectiva da morte, até esta mudança abrupta e ameaçadora de contexto, talvez muitos de nós não lidávamos com esta perspectiva de forma tão próxima e tão presente no cotidiano.

Este fato revela o quanto nós seres humanos temos dificuldade de lidar com a finitude, e com isso muitos comportamentos, emoções e pensamentos os mais variados são ativados, de forma particular em cada um, em diferentes dias, em diferentes momentos do nosso isolamento social.

Além deste primeiro ponto abordado, uma enxurrada de informações 24 horas por dia são veiculadas nos telejornais, na internet, nas redes sociais, veiculando notícias sobre a velocidade de ação da pandemia do COVID-19 no mundo inteiro, revelando incertezas, o não saber lidar com este contexto em escala global, o não conhecimento prévio científico, coletivo e individual para lidar com tamanha ameaça a vida, a não existência prévia de uma vacina, de um tratamento para combater o coronavirus, trazendo à tona a vulnerabilidade de nossa condição humana em escala global.

Vemos diariamente lideranças e cientistas sinalizando estas vulnerabilidades, buscando utilizar os mais diversos recursos para o quanto antes chegar a produção de uma vacina, de medicações para o tratamento, mas sempre pontuando que se trata de  uma produção de conhecimento, soluções e práticas frente à crise construídos dentro dela, ou seja, à medida em que enfrentamos, buscamos soluções em escala global para combater este real problema de alto impacto.

Além disso, nosso contexto conta ainda, infelizmente, com produção de conteúdos falsos, as famosas “fake News”, bem como posicionamento de algumas lideranças negando o contexto, o que gera confusão mental, indignação, raiva, potencializando sensação de estar perdido em cada cidadão frente à tantas incertezas, vulnerabilidades e limitações.

MECANISMOS DE ENFRENTAMENTO

Frente a tudo isso, muitos comportamentos, emoções, pensamentos são esperados, mas nem por isso fáceis de lidar, por nos encontrarmos imersos a este contexto de inúmeros fatores estressores. Quais são eles? Confira abaixo os mais recorrentes e que pode estar acontecendo neste exato momento com você ou algum familiar, amigo, colega ao seu lado:

  • MEDO: contextos estressores ativam nosso sistema repitiliano, nosso sistema mais primitivo, onde se encontram nosso sistema de busca por sobrevivência e preservação da espécie, ativando comportamentos ligados à luta e fuga, em busca de proteção, sobrevivência de si e da espécie como um todo. O medo entra como emoção mais relevante neste processo, ativando a amídala, uma glândula que sinaliza alerta, “pane” ao nosso organismo, liberando hormônio do estresse, o cortisol;
  • NEGAÇÃO: este é um enfrentamento que muitas pessoas apresentam por dificuldade em aceitar o contexto, seus riscos envolvidos, a possibilidade real de adoecimento grave, finitude, enfim de morte. Dentro disso, é muito comum comportamentos de evitativos como não ficar em casa, não seguir as orientações de higienização e desinfecção constantes (lavar a mão, não misturar nem usar utensílios de uso pessoal, evitar aglomerações, usar máscaras e luvas), como que fingindo para si mesmo que nada de grave estivesse acontecendo. Este mecanismo trás à tona a dificuldade que temos de acessar nossas vulnerabilidades, dores, nossa incompetência e impotência frente ao cenário;
  • RAIVA: esta emoção surge neste contexto como uma expressão também de não aceitação do contexto, incertezas, impotência, não saber, perda de referências de rotina, controle, planejamento. É uma emoção que revela muito nosso desejo de continuidade da vida, muito ligada ao nosso mecanismo de luta, de ataque frente a ameças. Revela ainda nosso desejo de que tudo fosse diferente e tivesse outro desfecho, que não o que estamos vivenciando. Sinaliza nossa energia de busca por soluções, saídas, continuidade, enfrentamento, mas também a não aceitação e a sensação de sermos obrigados a nos deparar com o real perigo, ameaça, incertezas, dores, impotência frente aos acontecimentos. Ela pode ser expressa como irritabilidade, impaciência, agitação psicoemocional, agitação motora, aumento da ansiedade, pânico, bem como explosividade e acessos de fúria, variando de pessoa para pessoa;
  • BARGANHA: aqui observamos muito nas nossas tentativas de negociar prazos de quando poderemos voltar à “normalidade”, como se fosse possível de fato voltarmos ao que era antes. Entram também nossas buscas constantes de soluções parciais, paliativas, temporárias, que de fato não resolvem o contexto, mas nos ajudam a “ganhar tempo” até que outras soluções eficazes surjam. É a nossa ação utilizando todas as armas e recursos disponíveis para o enfrentar da situação, porém ela continua nos colocando em contato com nosso risco e ameaça real, perigo, vulnerabilidade, impotência e finitude;
  • TRISTEZA: esta emoção revela nossa dor frente ao contexto, riscos e ameaças envolvidos, nosso sentimento de impotência, de não saber. Revela nossa empatia em sentir não só a nossa dor, mas a dor dos que estão à nossa volta, nos conectando pelas nossas vulnerabilidades. Ela revela nossas dores frente às perdas envolvidas, pessoais, materiais, de pessoas queridas, faltas concretas e subjetivas que experimentamos diariamente, falta do contato social, de estar próximos das pessoas que amamos, saudades, e outras experiências psicoemocionais;
  • CONFORMISMO: alguns podem estar se conformando com o contexto, ficando em casa, tomando todos os devidos cuidados e precauções, mas ainda assim experienciando todas estas emoções anteriormente citadas, expressão a não aceitação efetiva do contexto e seus inúmeros impactos. O conformismo costuma nos levar a comportamentos de lentificação, passividade, resignação, vitimismo, evitativos como a procrastinação, a preguiça, queda de produtividade, dificuldades de atenção e memória;
  • COMPULSÃO: este é um comportamento que revela estratégia compensatória frente aos acontecimentos. Alguns de nós começam a comer mais, trabalhar mais, beber mais, fumar mais, usar mais medicações, comprar mais, usar mais substâncias ilícitas, como estratégias de alívio e compensação frente às faltas, dores, vulnerabilidades que o contexto nos faz acessar;
  • ANEDONIA: muitas pessoas podem apresentar dificuldade, redução ou perda da capacidade de sentir e buscar prazer por se encontrarem neste contexto estressor;
  • CONFUSÃO MENTAL: algumas relatam sentir perda da noção dos dias, por conta do isolamento e dificuldade em diferenciá-los, estabelecer uma rotina minimamente estruturada, além das informações confusas, imprecisas veiculadas nos meios de comunicação;
  • INSÔNIA: o sono pode ser prejudicado em virtude do organismo se encontrar com o sistema de luta e fuga ativado, ou seja, permanecendo em alerta a maior parte do tempo. Isto pode levar pessoas a terem dificuldade de iniciar o sono, ter o sono interrompido, dormir menos horas ou despertar mais cedo que o de costume;
  • LENTIFICAÇÃO: podemos apresentar comportamentos de lentificação do organismo, preguiça, tédio, hipersonia também como estratégia de enfrentamento ao contexto estressor e isolamento social;
  • NEGATIVISMO: manifestado por muitas pessoas por se sentirem reféns do contexto, impotentes, sem perspectivas frentes à tantas incertezas, ou mesmo descrentes. Pode levar pessoas a se sentirem desesperadas, desesperançosas, perder sentido de sua existência e em caso mais graves a tentativas de suicídio.

Todos estes pontos acima citados são experiências emocionais, cognitivas, comportamentais que podemos apresentar como mecanismos de enfrentamento frente ao contexto de pandemia do COVID-19 que estamos vivenciando. Isso significa a importância de perceber o que é congruente com o contexto e o que não é incongruente, de forma inclusive a buscar ajuda profissional (médica, psicoterapia) e mesmo não intensificar estes processos, levando a instalação de transtornos mais graves (violência doméstica, abusos, homicídios, depressão, TEPT, TOC, pensamentos ou tentativas suicidas, transtorno do pânico, TAG, transtornos de ansiedade específicos, fobias, ou mesmo quadros de despersonalização, desrealização, psicose).

PROMOÇÃO DE SAÚDE, PREVENÇÃO E BEM ESTAR

Aproveito e deixo abaixo dicas de como você pode colocar em prática estratégias de enfrentamento focando no seu bem estar, prevenção, saúde física, mental, espiritual para atravessar da melhor forma possível toda esta jornada:

  • ROTINA: procure estruturar uma agenda, seja para seu dia, seja para sua semana. Inclua horários para se alimentar, cuidar de si, de seus familiares, atividades prazerosas, além de trabalho. Procure dormir no mesmo horário. Isto ajudará a diminuir a sensação de incerteza, imprevisibilidade, ainda que sua agenda seja menos intensa que antes;
  • BEM ESTAR: busque atividades prazerosas e diversão. Promova qualidade de vida na sua rotina pessoal, familiar e profissional de modo a lidar com os desafios do contexto de forma mais leve. Inclua filmes, séries leves, bem humoradas, músicas, podcasts, lives de shows e espetáculos além de atividades práticas e lúdicas;
  • ACT: pratique a autoaceitação e compromisso. Gerar autocobrança excessiva, regras muito rígidas para si mesmo e para os outros do seu convívio será mais fatores de tensão e estresse que só potencializarão emoções desagradáveis e conflitos. Negocie com você mesmo e com as pessoas com quem mora o que será bom para todos, respeitando ao máximo as necessidades e direitos dos envolvidos. Assuma compromissos com você mesmo e com os outros para tornar esta jornada mais leve e respeitosa;
  • MEDITAÇÃO E MINDFULLNESS: pratique exercícios de presença, atenção plena, foco na respiração, meditações guiadas que promovem bem estar imediato, promovem autoconhecimento, melhoria na percepção de necessidades físicas, emocionais, relacionais e do que realmente importa;
  • ATIVIDADE FÍSICA: pratique como estratégia de promoção de bem estar físico, mental, já que exercícios físicos liberam hormônios de prazer como as serotoninas. Foque em estar bem, corpo, mente e espírito;
  • CONEXÃO AFETIVA VIRTUAL: o distanciamento é apenas físico. Busque alternativas de se fazer presente na vida de quem ama e elas na sua, utilizando os recursos tecnológicos (videoconferências, telefonemas, whatsapp, etc). Mantenha os vínculos afetivos ativos e presentes na sua vida;
  • APRENDIZADO DE NOVOS CONHECIMENTOS E HABILIDADES: pesquise e coloque em prática novos conhecimentos. Aprenda novas habilidades, faça cursos online, pesquise novos temas e conteúdos que quebrem seu foco nas notícias trágicas, imprecisas. Foque em manter-se ativo e gerando aprendizado e melhoria contínua, isto ajuda seu cérebro perceber um senso de continuidade;
  • CURIOSIDADE: troque o medo pela curiosidade frente ao novo, frente às incertezas. Excercite sua criatividade de diferentes formas, brinque, jogue, dançe, cante, interprete, escreva, recite, descubra, inove;
  • FÉ, ESPERANÇA, CONFIANÇA: cultive práticas que potencializem pensamentos positivos, fortaleça sua confiança tanto em si mesmo para superar o contexto, como na perspectiva de continuidade e ressignificação da vida como um todo. Fé e esperança impactam diretamente de forma positiva no sistema imunológico, no enfrentamento de desafios, na busca de soluções e na capacidade de superação, ou seja, potencializam sua resiliência;
  • CAPACIDADE DE SONHAR: exercite sua capacidade de sonhar, visualizar novos projetos e sonhos de longo alcance. Imaginar o que você quer ser, fazer, realizar a longo prazo, após o pior passar e que daqui até lá você possa se concentrar em construir este plano, identificar recursos necessários, tornar claro o que de fato você quer para você e sua família;
  • SOLIDARIEDADE: pratique ações solidárias diretas ou indiretas, ajude quem estiver ao seu alcance, não importa o tamanho da ação. Sinta-se contribuindo para melhorar nem que seja minimamente a sobrevivência e bem estar de outras pessoas. Seja solidário, cooperativo, foque no bem estar e saúde do coletivo. Todos são importantes.

Estas são dicas de promoção de qualidade de vida, bem estar e saúde integral, cruciais para que todos nós possamos atravessar esta pandemia da melhor forma que estiver ao alcance de cada um de nós, utilizando os recursos que temos, internos e externos, materiais e subjetivos. Temos muito a aprender com todo este contexto, individualmente e em coletivo. Temos muito a construir mais adiante, de forma diferente, levando todos estes aprendizados do processo.

TIPOS DE COACHING

TIPOS DE COACHING

Hoje vamos falar sobre os tipos de coaching. Pensei neste tema por ser um momento muito sensível e ao mesmo tempo repleto de oportunidades, ainda que sob uma névoa bem difícil do coronavírus. O fato é que muitas pessoas estão buscando novas formas de aprender, trabalhar e se desenvolver online como forma de lidar, enfrentar, atravessar e superar este contexto pandêmico.

Os tipos de coaching se diferenciam e são categorizados a partir dos objetivos a serem alcançados, bem como os nichos de mercados, ou seja, público alvo a ser direcionado. A ideia com este artigo de hoje é convidar você a conhecer a abrangência do coaching e suas múltiplas possibilidades.

TIPOS DE COACHING

Abaixo seguem os tipos de coaching que são mais conhecidos no mercado. Procurei sinalizar qual demanda de processo cada um costuma trabalhar.

LIFE COACHING

Em português chama-se coaching de vida. É um tipo de coaching que trabalha mudanças, transformações e alinhamentos relacionados à vida e suas diversas dimensões, com um olhar holístico, integral. O coach ajuda o coachee a se conhecer, tomar consciência de suas potencialidades, desenvolver inteligência emocional, consciência do que deseja mudar e da vida que quer viver. A partir disto, o coachee é convidado a ativar seu poder de ação para concretizar a mudança que busca para viver com sentido, propósito, felicidade, plenitude e senso de realização.

Dentro deste tipo, existem nichos específicos como coaching de bem estar, coaching de transformação, coaching de emagrecimento, coaching de relacionamentos, coaching financeiro, coaching de família, kids coaching, coaching para adolescentes,  coaching ontológico, coaching integral sistêmico, coaching criacional.

HEALTH COACHING

Bastante conhecido como coaching de bem estar. É um nicho do life coaching, onde o cliente é convidado a promover mudança em seu estilo de vida, para viver de forma mais saudável, com qualidade de vida, bem estar e saúde integral.

COACHING DE CARREIRA

Neste tipo de coaching, são trabalhadas questões relacionadas à vida profissional, plano de carreira, mudança e transição. O coach ajuda o coachee a tomar consciência de seu estado atual, sua zona de conforto e insatisfações, reconhecer o que precisa ser aprimorado para chegar onde ele visualiza como seu estado desejado de carreira.

Podem ser trabalhadas questões de desenvolvimento de habilidades de comunicação, liderança, vocacional para 1ª, 2ª, 3ª, 4ª escolha profissional, estruturação de plano de carreira, preparação para aposentadoria, mudança de atuação CLT para tornar-se empreendedor / PJ.

EXECUTIVE COACHING

Neste tipo de coaching, o foco é desenvolvimento de CEO’s, CFO’s, diretores, presidentes de empresas, ou seja, focado no desenvolvimento de habilidades comportamentais, liderança e gestão destes executivos.

Contribui para o executivo tomar consciência do seu papel, responsabilidade e impacto sobre a organização como um todo, entendendo que ele aprimorando seu autoconhecimento e habilidades comportamentais e técnicas contribuirá diretamente na transmissão de conhecimento, alinhamento entre liderança e equipe, bem como construção legado com propósito.

COACHING EMPRESARIAL/ DE NEGÓCIO

Neste tipo de coaching, o foco é desenvolvimento de empresas, seus colaboradores, lideranças, processos, melhorias de performance, melhorias de processos entre outros objetivos relacionados ao mundo corporativo.

O coach normalmente é contratado pela empresa para trabalhar um destes focos, promovendo alinhamento entre pessoas, valores individuais x valores da organização, desenvolvimento de habilidades, preparação para movimentações internas e processos sucessórios, alinhamento entre pessoas x objetivos da organização.

O foco principal é trabalhar a melhoria de performance do negócio, plano de negócios com sentido, propósito, gerando clareza de estratégia e atuação com maior assertividade no alcance dos objetivos organizacionais.

COACHING EM GRUPO

Neste tipo de coaching, o trabalho é feito em grupo, sendo 1 tema/resultado chave para a formação do grupo e engajamento dos participantes. Por exemplo, podemos estruturar um processo de coaching de vendas em grupo, focado em melhoria de performance de vendas, aprimoramento de estratégias, desenvolvimento de habilidade de comunicação com o cliente, sendo que os participantes tem este ponto de interesse em comum para fazer parte do processo, mas podem vir de diferentes realidades de negócio ou mesmo buscando este aprimoramento enquanto profissional autônomo.

É um processo muito rico por trazer as dimensões do aprendizado e desenvolvimento individual e coletivo simultaneamente, ou seja, cada participante experimenta na prática aprendizados a partir do compartilhar com o coach e com os participantes do grupo, assim como contribui com seus colegas trazendo e dividindo suas experiências e aprendizados de jornada.

Além disso, o fato de trabalhar em grupo é um fator bastante positivo quanto a motivação, validação e empoderamento. O coaching em grupo fortalece os participantes tanto individualmente quanto em coletivo, uns ajudando os outros quando caem, compartilhando vulnerabilidades, motivos para permanecer na caminhada e validação de pensamentos, emoções, estratégias.

COACHING DE PERFORMANCE

Como o próprio nome já sinaliza, este tipo de coaching tem um foco em melhorar o desempenho, produtividade, performance, seja individualmente, seja em coletivo. Como exemplo temos: coaching esportivo, coaching de negócios, coaching de vendas, coaching de liderança, entre outros.

Caso tenha interesse em conhecer mais sobre o coaching e seus nichos, deixarei abaixo links de outros artigos para rápido acesso e leitura:

https://mamtra.com.br/o-que-e-coaching/

https://mamtra.com.br/quanto-tempo-dura-o-processo-de-coaching/

https://mamtra.com.br/coaching-de-vida-seja-protagonista-da-sua-vida/

https://mamtra.com.br/aplicacoes-do-coaching-de-vida-life-coaching/

https://mamtra.com.br/coaching-online-como-estruturar-o-processo-nao-presencial/

https://mamtra.com.br/o-que-e-coaching-criacional/

https://mamtra.com.br/o-que-e-coaching-ontologico/

https://mamtra.com.br/coaching-individual-x-coaching-em-grupo/

https://mamtra.com.br/coaching-de-carreira-o-que-e/

https://mamtra.com.br/o-que-e-coaching-vocacional/

https://mamtra.com.br/coaching-de-emagrecimento/

https://mamtra.com.br/coaching-para-empresas/

https://mamtra.com.br/coaching-executivo/

https://mamtra.com.br/coaching-empresarial-avaliacao-de-desempenho/

https://mamtra.com.br/coaching-educacional-e-seus-beneficios/

https://mamtra.com.br/coaching-integral-sistemico-o-que-e/

https://mamtra.com.br/o-que-e-coaching-holistico/

https://mamtra.com.br/coaching-ericksoniano-o-que-e/

https://mamtra.com.br/coaching-familiar/

https://mamtra.com.br/coaching-para-criancas-e-possivel-fazer/

https://mamtra.com.br/coaching-x-desenvolvimento-humano/

https://mamtra.com.br/coaching-e-mindfulness-quais-beneficios/

https://mamtra.com.br/coaching-e-psicoterapia-juntos-mudam-sua-vida/

https://mamtra.com.br/coaching-x-aconselhamento/